OCITOCINA : Hormônio feminino pode estimular a fidelidade.
O Globo Online
Se as mulheres ganharam a fama de 'nervosinhas' com a TPM, ela está prestes a desaparecer com as descobertas internacionais acerca da ocitocina, hormônio presente em níveis bem superiores ao dos homens no organismo delas.
Conhecida como o "hormônio do amor", a substância é produzida no hipotálamo, parte do cérebro que faz a ligação do sistema nervoso com o sistema endócrino. Ela está diretamente associada ao movimento de contração uterina e lactação: auxilia a saída do bebê durante o parto, a ejeção do leite no período de amamentação e é responsável por parte da sensação de bem-estar que experimentamos após o orgasmo. Isso era o que se sabia décadas atrás. Hoje, estudos internacionais apontam para novos efeitos da substância: ela pode indicar docilidade, confiança e até fidelidade seja com o parceiro ou com as amigas.
A neuroendocrinologista Sue Carter, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, descobriu, estudando a ação do hormônio no comportamento de camundongos, que outros estímulos podem elevar o nível da substância no sangue, tais como carinho, calor e experiências agradáveis. E que, nas espécies em que o cérebro respondia à ocitonina, os machos eram mais fiéis.
A experiência consistiu em realizar testes com duas espécies diferentes de camundongos comuns em solo norte-americano: o arganaz-do-campo, notoriamente monógamo e sociável - vive em colônias e prefere a companhia de conhecidos - e o arganaz-montanhês, de comportamento promíscuo. Descobriu-se que, na primeira espécie, os animais dispunham de um sistema de recompensa no cérebro que respondia à ocitocina quando o hormônio era liberado durante o orgasmo. Depois do primeiro envolvimento sexual, o casal "se apaixonava" e permanecia unido, dividindo o mesmo ninho e cuidando da prole. Já o arganaz-montanhês, que não tem esse hormônio ativado em seu sistema receptor, cultiva o costume de ter diversas parceiras e de abandonar sua prole.
Embora a experiência só tenha sido realizado com animais, acredita-se que o mesmo tipo de comportamento é reproduzido pela espécie humana. Eduardo Ferreira-Santos, psiquiatra e psicoterapeuta do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, crê que a ocitocina pode representar a causa da maior valorização do compromisso por parte da mulher.
Acredita-se que o próprio instinto materno tem relação direta com a produção de ocitocina. O toque do bebê nas glândulas mamárias e o trabalho de parto provocam uma produção maior da substância, gerando o sentimento de apego e proteção. Dessa forma, as mães protegem suas crias e asseguram sua sobrevivência.
O hormônio também é capaz de acalmar e dar prazer em outras situações, além do aleitamento.
As hipóteses são múltiplas e, certamente, têm causas culturais. Mas os altos níveis de ocitocina podem ser uma explicação científica para o fato de a mulher trair menos do que o homem.
As infiéis

Nestes quinze anos, mudou o cinema ou mudaram os casais? Segundo as estatísticas, mudaram os dois: as mulheres passaram a trair tanto quanto os homens.
Pesquisa recente dirigida por uma das mais conhecidas especialistas em separações conjugais dos Estados Unidos, Emily Brown, diretora do Key Bridge Therapy and Mediation Center em Arlington, mostrou que de 45% a 55% das americanas têm um ou mais relacionamentos extraconjugais, contra uma variação entre 55% e 65% dos homens infiéis.
Esse número se repete no Brasil, segundo o psiquiatra gaúcho Gley Costa, com uma diferença: a infidelidade clássica, na qual o cônjuge mantém um amante indefinidamente, está se reduzindo drasticamente entre nós.
Costa fez uma ampla pesquisa sobre o tema com 4.500 casais na Fundação Universitária Mário Martins, em Porto Alegre. Segundo ele, apenas 20% têm vida dupla. A esmagadora maioria dos casais enfrentou a infidelidade apenas em momentos de desajuste conjugal.
Noutras palavras: hoje, a mulher é mais infiel sim, mas mudaram também o perfil de quem trai e os motivos da traição.
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E VOCÊ? SEJA SINCERO : JÁ TRAIU ALGUMA VEZ?

Eu já!