
O Partido da Causa Operária (PCO) organiza uma festa de fim de ano que custa R$ 130 por pessoa. No cardápio tem coxinha, peru, uísque importado e champanhe. O preço da entrada não deixa a desejar para festas como a do promoter Helio Calfat, na Daslu: ele cobrará R$ 120 das mulheres e R$ 150 dos homens. O ingresso do baile de máscaras do Clube A Hebraica custará R$ 200. Anaí Caproni, que disputou o governo de São Paulo pelo partido em 2006, conversou com a coluna.
FOLHA - O valor de R$ 130 não é muito alto para os bolsos dos militantes da causa operária?
ANAÍ CAPRONI - Não. O valor é até bastante baixo se comparado ao de festas de Réveillon que acontecem por aí. E, para os operários que têm menos condições, a gente envia um carnê antes, no meio do ano. Assim a pessoa vai pagando parcelado.
FOLHA - Não fica gente de fora?
ANAÍ - Só quem deixar para a última hora. Mas a gente também facilita [a compra]. Aceitamos cheque pré-datado.
FOLHA - Vocês não doam convites para quem não tem condições de comprar?
ANAÍ - Nós não somos como partidos grandes que têm verbas públicas para fazer doações. Nem fazemos festas alternativas, como muitos partidos de esquerda. Nós procuramos fazer uma festa familiar, para atender a todos.
FOLHA - O que são festas "alternativas"?
ANAÍ - Que não representam o gosto de todo mundo. Muitas drogas... essas coisas.