20/03/2008
Com o apoio do BNDES e dos fundos de pensão, o grupo JBS-Friboi vive um espetacular processo de crescimento e se transforma na maior empresa de carne bovina do mundo
Por Daniella Camargos
exame
O empresário goiano Joesley Batista, presidente do frigorífico JBS-Friboi, foge do estereótipo de qualquer CEO de multinacional. Aos 35 anos, não tem curso superior nem especialização em gestão de empresas -- Joesley abandonou a escola durante o Ensino Médio e o maior destaque de seu currículo acadêmico é um curso de inglês. O jeito retraído e as frases pontuadas pelo forte sotaque goiano, muitas vezes, passam uma imagem de ingenuidade. Mas a maneira com que vem conduzindo os negócios do JBS-Friboi, porém, revela uma surpreendente agressividade. Ao assumir, no fim de 2006, o comando da empresa fundada em 1953 pelo pai, José Batista Sobrinho, Joesley deu início ao que seria o grande salto do JBS-Friboi rumo à globalização. Em maio do ano passado, Joesley arquitetou a oferta pública de ações da companhia e, logo em seguida, comprou a americana Swift, por 1,4 bilhão de dólares. A aquisição surpreendeu investidores. De uma só vez, ele desbancou as gigantes americanas do setor, Tyson Foods e Cargill, e tornou o Friboi a maior empresa de carne bovina do mundo. Há três semanas, Joesley deu outro passo para a expansão internacional e mais uma vez surpreendeu o mercado. Arrematou, por 1,7 bilhão de dólares, mais três frigoríficos: o australiano Tasman e os americanos National Beef e Smithfield Beef. Com as aquisições, a receita do Friboi chegou à casa dos 21 bilhões de dólares, o que o colocaria na terceira posição entre as maiores empresas brasileiras no ranking relativo a 2006 feito por Melhores e Maiores, de EXAME. "O Joesley é muito ambicioso. Quer ganhar cada vez mais escala e, claro, dinheiro", afirma um empresário do setor de carnes.
Não é apenas a ambição que explica a ascensão de um pequeno açougue de Anápolis, no interior de Goiás, a uma das empresas mais poderosas e globalizadas do país. Por trás desse crescimento vertiginoso está um providencial apoio do governo e dos fundos de pensão das empresas estatais. Boa parte da expansão do Friboi pode ser creditada à participação do BNDESpar, o braço de participações em empresas do BNDES. Desde o IPO na bolsa de valores, em junho de 2007, quando a empresa captou 1,4 bilhão de reais, a instituição vem desempenhando papel decisivo no financiamento do Friboi. Depois da abertura de capital, o BNDESpar arrematou o equivalente a 1,13 bilhão de reais em ações do frigorífico numa operação realizada no segundo semestre de 2007 -- dinheiro que foi utilizado para a aquisição da americana Swift. Agora, para realizar as últimas três compras, o Friboi fará um aumento de capital de 2,2 bilhões de reais e contará novamente com os velhos companheiros do BNESpar, além do Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, e do Funcef, o similar da Caixa Econômica Federal. A tríade formará um fundo de investimento que arcará com dois terços da operação. "Temos análises independentes demonstrando que o mercado de carne tem um potencial de crescimento muito relevante nos próximos anos. Com a taxa de juro em queda, temos de buscar investimentos com alto potencial de retorno", diz Guilherme Lacerda, presidente do Funcef.
FONTE: Exame
- É um integrante desse povinho vagabundo que, como de costume, abandonou a escola e nunca mais quis saber de estudar, esses tipinhos não deveriam fazer parte nossa elite empresarial, nós aqui formados e pós graduados ficamos na merda enquanto analfabetos se tornam grandes empresários e presidendes, que merda né?
Abraços,
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Re: A saga global dos caubóis de Anápolis
É claro, como não odiamos os mais ricos, você cria uma guerra imaginária entre classes sociais para nos horrorizar. Stalin usou uma estratégia semelhante para subir ao poder.Abmael escreveu:- É um integrante desse povinho vagabundo que, como de costume, abandonou a escola e nunca mais quis saber de estudar, esses tipinhos não deveriam fazer parte nossa elite empresarial, nós aqui formados e pós graduados ficamos na merda enquanto analfabetos se tornam grandes empresários e presidendes, que merda né?