PT confirma relações com as FARC
- RicardoVitor
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PT confirma relações com as FARC
PT confirma relações com as FARC
Petistas confirmam relações com grupo
FÁBIO SCHAFFNER E LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA
A vitória do PT nas eleições de 2002 entusiasmou os principais dirigentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Com a chegada ao poder de um partido que simpatizava com as causas do movimento, líderes da guerrilha tentaram angariar apoio político à resistência na selva colombiana.
- Em vários momentos fomos procurados por representantes das Farc com pedidos de ajuda. Às vezes eles sequer se identificavam como integrantes da guerrilha, mas a posição do PT sempre foi de absoluta divergência com os métodos praticados pelo grupo. Nunca houve cooperação - afirma o tesoureiro nacional do PT e ex-secretário de Relações Institucionais do partido, o gaúcho Paulo Ferreira.
A suposta resistência do partido, contudo, não impediu o governo brasileiro de atuar em favor da guerrilha. No final de 2005, o também gaúcho Selvino Heck foi procurado por interlocutores das Farc. Assessor especial da Presidência da República, Heck recebeu de pessoas ligadas a movimentos de defesa dos direitos humanos um pedido de ajuda para o padre Olivério Medina, representante dos narcoguerrilheiros no Brasil. Preso pela Polícia Federal a pedido do governo da Colômbia, Medina estaria recolhido em condições insalubres no Presídio da Papuda, em Brasília.
- Me disseram que ele estava correndo risco de vida. Comuniquei o caso ao Gilberto Carvalho (chefe de gabinete do presidente Lula) e à Secretaria de Direitos Humanos. Essa foi minha única participação no episódio - resume Heck.
Um e-mail encontrado pelo exército colombiano na caixa postal do computador de Reyes relata o auxílio de Heck. Na correspondência, com data de 23 de dezembro de 2006, Medina diz a Reyes que enviou como retribuição ao gaúcho e a Carvalho um cartaz das Farc. Medina comenta ainda um possível encontro com Heck. "É possível que me visite um assessor especial de Lula chamado Selvino Heck, que junto com Gilberto Carvalho tem sido outro que tem nos ajudado bastante", registra o e-mail.
Pedido de investigação da Colômbia foi ignorado
Após o pedido de Heck, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos enviou um emissário à Papuda, onde Medina estaria doente e sem direito a banho de sol. O órgão, contudo, não elaborou um relatório da visita, como exige a prática da secretaria, sob alegação de que um advogado havia conseguido soltar Medina. Num e-mail anterior, de 25 de setembro de 2006, Medina cita uma suposta comemoração de Lula pela liberdade adquirida pelo guerrilheiro.
Segundo Medina, Lula teria telefonado para o advogado Ulises Riedel e "lhe felicitara pelo êxito jurídico em sua brilhante defesa em favor de meu refúgio". Medina se referia à decisão judicial que havia transferido o guerrilheiro para prisão domiciliar, à espera de uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o pedido de extradição impetrado pelo governo boliviano.
Além da ajuda jurídica, o PT também teria conseguido um emprego para a mulher de Medina, a pedagoga paranaense Angela Maria Slongo. Funcionária de carreira da Secretaria de Educação do Paraná, Angela foi contratada pelo Ministério da Pesca em 29 de dezembro de 2006. Ocupando o posto de oficial de gabinete II, Angela recebe cerca de R$ 1,5 mil mensais e coordena programas de alfabetização de pescadores do ministério. Sua transferência para o governo federal foi solicitada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao governador Roberto Requião.
- Esse pedido da ministra é uma imposição da burocracia. É a Casa Civil quem pede as cedências. Angela foi contratada por causa do excelente currículo que apresentou, e não houve qualquer pistolão ou carteiraço - afirma o ex-secretário executivo do Ministério da Pesca Dirceu Lopes, responsável pela contratação de Angela.
O governo colombiano pediu ao governo brasileiro, um mês e meio atrás, que investigasse as relações perigosas entre as Farc e autoridades de alto escalão no Brasil. O pedido foi em vão e frustrou autoridades do país vizinho, segundo relatou ontem o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez a rádios do país vizinho.
Alguns citados
Celso Amorim
É ministro das Relações Exteriores desde 2003.
Erika Kokay
Petista ligada à CUT, elegeu-se deputada distrital em 2002.
Gilberto Carvalho
Considerado o embaixador de Lula junto à Igreja Católica, o petista é chefe do gabinete presidencial.
José Dirceu
Foi ministro-chefe da Casa Civil de 2003 a 2005. Acusado de ser um dos comandantes do mensalão, deixou o cargo e foi cassado como deputado em 2005.
Marco Aurélio Garcia
É assessor para Assuntos Internacionais da Presidência.
Paulo Vannucchi
É ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Perly Cipriano
Fundador do PT no Espírito Santo, trabalha como subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Presidência.
Petistas confirmam relações com grupo
FÁBIO SCHAFFNER E LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA
A vitória do PT nas eleições de 2002 entusiasmou os principais dirigentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Com a chegada ao poder de um partido que simpatizava com as causas do movimento, líderes da guerrilha tentaram angariar apoio político à resistência na selva colombiana.
- Em vários momentos fomos procurados por representantes das Farc com pedidos de ajuda. Às vezes eles sequer se identificavam como integrantes da guerrilha, mas a posição do PT sempre foi de absoluta divergência com os métodos praticados pelo grupo. Nunca houve cooperação - afirma o tesoureiro nacional do PT e ex-secretário de Relações Institucionais do partido, o gaúcho Paulo Ferreira.
A suposta resistência do partido, contudo, não impediu o governo brasileiro de atuar em favor da guerrilha. No final de 2005, o também gaúcho Selvino Heck foi procurado por interlocutores das Farc. Assessor especial da Presidência da República, Heck recebeu de pessoas ligadas a movimentos de defesa dos direitos humanos um pedido de ajuda para o padre Olivério Medina, representante dos narcoguerrilheiros no Brasil. Preso pela Polícia Federal a pedido do governo da Colômbia, Medina estaria recolhido em condições insalubres no Presídio da Papuda, em Brasília.
- Me disseram que ele estava correndo risco de vida. Comuniquei o caso ao Gilberto Carvalho (chefe de gabinete do presidente Lula) e à Secretaria de Direitos Humanos. Essa foi minha única participação no episódio - resume Heck.
Um e-mail encontrado pelo exército colombiano na caixa postal do computador de Reyes relata o auxílio de Heck. Na correspondência, com data de 23 de dezembro de 2006, Medina diz a Reyes que enviou como retribuição ao gaúcho e a Carvalho um cartaz das Farc. Medina comenta ainda um possível encontro com Heck. "É possível que me visite um assessor especial de Lula chamado Selvino Heck, que junto com Gilberto Carvalho tem sido outro que tem nos ajudado bastante", registra o e-mail.
Pedido de investigação da Colômbia foi ignorado
Após o pedido de Heck, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos enviou um emissário à Papuda, onde Medina estaria doente e sem direito a banho de sol. O órgão, contudo, não elaborou um relatório da visita, como exige a prática da secretaria, sob alegação de que um advogado havia conseguido soltar Medina. Num e-mail anterior, de 25 de setembro de 2006, Medina cita uma suposta comemoração de Lula pela liberdade adquirida pelo guerrilheiro.
Segundo Medina, Lula teria telefonado para o advogado Ulises Riedel e "lhe felicitara pelo êxito jurídico em sua brilhante defesa em favor de meu refúgio". Medina se referia à decisão judicial que havia transferido o guerrilheiro para prisão domiciliar, à espera de uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o pedido de extradição impetrado pelo governo boliviano.
Além da ajuda jurídica, o PT também teria conseguido um emprego para a mulher de Medina, a pedagoga paranaense Angela Maria Slongo. Funcionária de carreira da Secretaria de Educação do Paraná, Angela foi contratada pelo Ministério da Pesca em 29 de dezembro de 2006. Ocupando o posto de oficial de gabinete II, Angela recebe cerca de R$ 1,5 mil mensais e coordena programas de alfabetização de pescadores do ministério. Sua transferência para o governo federal foi solicitada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao governador Roberto Requião.
- Esse pedido da ministra é uma imposição da burocracia. É a Casa Civil quem pede as cedências. Angela foi contratada por causa do excelente currículo que apresentou, e não houve qualquer pistolão ou carteiraço - afirma o ex-secretário executivo do Ministério da Pesca Dirceu Lopes, responsável pela contratação de Angela.
O governo colombiano pediu ao governo brasileiro, um mês e meio atrás, que investigasse as relações perigosas entre as Farc e autoridades de alto escalão no Brasil. O pedido foi em vão e frustrou autoridades do país vizinho, segundo relatou ontem o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez a rádios do país vizinho.
Alguns citados
Celso Amorim
É ministro das Relações Exteriores desde 2003.
Erika Kokay
Petista ligada à CUT, elegeu-se deputada distrital em 2002.
Gilberto Carvalho
Considerado o embaixador de Lula junto à Igreja Católica, o petista é chefe do gabinete presidencial.
José Dirceu
Foi ministro-chefe da Casa Civil de 2003 a 2005. Acusado de ser um dos comandantes do mensalão, deixou o cargo e foi cassado como deputado em 2005.
Marco Aurélio Garcia
É assessor para Assuntos Internacionais da Presidência.
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Re: PT confirma relações com as FARC
Recebi um representante das Farc no gabinete
Entrevista: Rui Portanova, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado
O desembargador gaúcho Rui Portanova, 58 anos, se define como "homem de esquerda" e se tornou conhecido como um dos expoentes da chamada Justiça Alternativa. O magistrado soube ontem por Zero Hora que mensagem das Farc o aponta como "amigo nosso" e não demonstrou surpresa.
- Mantive contato durante meses com eles, por e-mail. Tinha curiosidade por saber como vivem - justifica Portanova.
Uma resposta de acordo com a biografia de Portanova, famoso por decisões favoráveis ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Em 2003, em palestra no Fórum Social Mundial, disse que os juízes só marginalizam os movimentos sociais se quiserem, "porque não faltam leis para promover a justiça social". Em 2004, assinou um manifesto de intelectuais brasileiros intitulado "Se fôssemos venezuelanos votaríamos em Hugo Chávez". O abaixo-assinado, defendendo a reeleição do venezuelano, é endossado por líderes de esquerda como João Pedro Stédile, líder do MST.
Nesta entrevista, por telefone, o desembargador relatou como e porque se relacionou com integrantes das Farc:
Zero Hora - Como começou seu contato com as Farc?
Rui Portanova - Foi quando o governador Olívio Dutra (PT) recebeu no Palácio Piratini um representante das Farc (Hernán Ramírez, em 1999). Pediram contato com algum juiz de esquerda, sobrou para mim. (Risos.) Sempre fui conhecido como alternativo, apesar de não ter vínculos com partidos. Afinal, sou juiz. Recebi o sujeito no meu gabinete no tribunal. Perguntei a ele como estavam, como viviam na selva, se tinha como ir. Disse que conhecia bem os acampamentos do MST...
ZH - O senhor se ofereceu para conhecer os acampamentos da guerrilha?
Portanova - Sim, sim. Queria ver como sobrevivem. Como eu tinha algumas milhagens de avião sobrando, me ofereci para bancar a própria viagem. Aí mantive contatos por e-mail, durante meses. Quando estava para sair a viagem, deu um problema de data, não lembro bem. Acabei nunca indo. Fiquei com um pouco de medo, para ser sincero. O revolucionário brasileiro e gaúcho aqui, que chamam de juiz comunista, acabou se borrando todo, tchê. (Risos.)
ZH - Por quê?
Portanova - A coisa não estava boa por lá. A tal "zona liberada" tinha acabado. Aí não fui. Mais uma que perdi. Outro foi o Chávez, por quem assinei um manifesto em favor da reeleição. Ele esteve em Porto Alegre e até recebi convite para almoçar com El Gran Comandante. Mas aí estava na praia. Acabei não vendo o grande comandante.
ZH - O senhor acha normal um desembargador brasileiro manter contatos com uma guerrilha? O senhor contribuiu com dinheiro para as Farc?
Portanova - Acho normal, foi por curiosidade. Não contribuí com dinheiro, apesar de muito juiz de direita contribuir com deputados por aí.
Entrevista: Rui Portanova, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado
O desembargador gaúcho Rui Portanova, 58 anos, se define como "homem de esquerda" e se tornou conhecido como um dos expoentes da chamada Justiça Alternativa. O magistrado soube ontem por Zero Hora que mensagem das Farc o aponta como "amigo nosso" e não demonstrou surpresa.
- Mantive contato durante meses com eles, por e-mail. Tinha curiosidade por saber como vivem - justifica Portanova.
Uma resposta de acordo com a biografia de Portanova, famoso por decisões favoráveis ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Em 2003, em palestra no Fórum Social Mundial, disse que os juízes só marginalizam os movimentos sociais se quiserem, "porque não faltam leis para promover a justiça social". Em 2004, assinou um manifesto de intelectuais brasileiros intitulado "Se fôssemos venezuelanos votaríamos em Hugo Chávez". O abaixo-assinado, defendendo a reeleição do venezuelano, é endossado por líderes de esquerda como João Pedro Stédile, líder do MST.
Nesta entrevista, por telefone, o desembargador relatou como e porque se relacionou com integrantes das Farc:
Zero Hora - Como começou seu contato com as Farc?
Rui Portanova - Foi quando o governador Olívio Dutra (PT) recebeu no Palácio Piratini um representante das Farc (Hernán Ramírez, em 1999). Pediram contato com algum juiz de esquerda, sobrou para mim. (Risos.) Sempre fui conhecido como alternativo, apesar de não ter vínculos com partidos. Afinal, sou juiz. Recebi o sujeito no meu gabinete no tribunal. Perguntei a ele como estavam, como viviam na selva, se tinha como ir. Disse que conhecia bem os acampamentos do MST...
ZH - O senhor se ofereceu para conhecer os acampamentos da guerrilha?
Portanova - Sim, sim. Queria ver como sobrevivem. Como eu tinha algumas milhagens de avião sobrando, me ofereci para bancar a própria viagem. Aí mantive contatos por e-mail, durante meses. Quando estava para sair a viagem, deu um problema de data, não lembro bem. Acabei nunca indo. Fiquei com um pouco de medo, para ser sincero. O revolucionário brasileiro e gaúcho aqui, que chamam de juiz comunista, acabou se borrando todo, tchê. (Risos.)
ZH - Por quê?
Portanova - A coisa não estava boa por lá. A tal "zona liberada" tinha acabado. Aí não fui. Mais uma que perdi. Outro foi o Chávez, por quem assinei um manifesto em favor da reeleição. Ele esteve em Porto Alegre e até recebi convite para almoçar com El Gran Comandante. Mas aí estava na praia. Acabei não vendo o grande comandante.
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Re: PT confirma relações com as FARC
O flerte da guerrilha com o Planalto
HUMBERTO TREZZI
Zero Hora
Uma constelação de integrantes do governo brasileiro e do PT tem mantido diálogos freqüentes com a maior guerrilha colombiana, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Quem afirma é a revista semanal colombiana Cambio, em edição que chegou às bancas ontem. As conversas incluem promessas de intermediação para que os guerrilheiros consigam status diplomático.
Em reportagem de capa intitulada "Dossiê Brasil", o semanário Cambio divulga trechos do que seriam 85 e-mails trocados entre Raúl Reyes, ex-porta-voz internacional das Farc, e outros integrantes da guerrilha. Entre esses, Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como padre Olivério Medina ou Cura Camilo (Padre Camilo), que atua como delegado das Farc no Brasil. As conversas, supostamente encontradas num laptop pertencente a Reyes, mencionam integrantes do PT e até Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Cambio ressalva que nenhum dos funcionários brasileiros enviou mensagens a algum dos membros do grupo guerrilheiro" e considera os e-mails "apenas indícios" de um possível comprometimento do governo Lula com as Farc. Os e-mails teriam sido localizados pelos militares que mataram Reyes, membro do secretariado-geral das Farc. As mensagens foram trocadas entre fevereiro de 1999 e fevereiro de 2008.
Reyes - cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia e que foi morto por tropas colombianas em solo equatoriano, em 1º de março - menciona nos e-mails "cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro (secretário-geral de ministério), cinco deputados, um vereador e um desembargador brasileiros", contabiliza a revista.
O desembargador é o gaúcho Rui Portanova, que atua na 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. Conforme a revista, em 19 de abril de 2001 um integrante das Farc de codinome Mauricio Malverde informa, por e-mail, a Reyes que "o juiz superior Rui Portanova, amigo nosso, nos solicitou que deseja ir aos acampamentos para receber instrução e conhecer a vida das Farc. Custeia sua viagem". O desembargador confirma que se ofereceu para conhecer as Farc.
Portanova não é o único rio-grandense mencionado nos supostos e-mails. Nas mensagens, Medina afirma ter mantido contatos com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e o assessor presidencial Selvino Heck, ambos gaúchos e ligados ao PT. Sobre Garcia, um dos e-mails de Medina a Reyes, sem data conhecida, afirma: "Estive falando com a deputada federal Maria José Maninha. Acertamos que ela vai me abrir caminho rumo ao Presidente, via Marco Aurelio García".
Em outro e-mail, de 23 de fevereiro de 2007, Medina informa a Reyes: "É possível que me visite um assessor de Lula, chamado Selvino Heck, que junto com Gilberto Carvalho tem sido outro que tem nos ajudado bastante".
Medina, autor da maioria dos e-mails enviados a Reyes desde o Brasil, foi preso em São Paulo em agosto de 2005. Vivia em território brasileiro havia oito anos e foi beneficiado com uma proteção especial, por ser casado com uma brasileira. Em 2006, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu a ele o status de refugiado, decisão que pesou bastante para o Supremo Tribunal Federal (STF) negar seu pedido de extradição para a Colômbia.
Entre os interlocutores de Medina, segundo a revista Cambio, estariam o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, a deputada distrital brasiliense Erika Kokay (PT), além de Gilberto Carvalho. Também são mencionados nos e-mails o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o subsecretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano.
Assessor de Lula condenou métodos de guerrilheiros
Algumas mensagens foram escritas durante as negociações de paz, que resultaram na criação - 1998 e 2002 - de uma área de 42 mil quilômetros quadrados liberada para atuação da guerrilha, em San Vicente del Caguán. Os guerrilheiros recebiam ali simpatizantes de vários países.
Entre os que moravam na "zona liberada" estavam o líder máximo das Farc, "Manuel Marulanda" ou "Tirofijo", que foi morto em março deste ano. E o chefe militar das Farc, "Mono Jojoy", cujo nome verdadeiro é Jorge Briceños.
A reportagem diz que as mensagens "revelam a importância do Brasil na agenda externa das Farc". A revista diz que a guerrilha aproveitou a chegada de Lula e do influente PT ao poder "para alcançar as mais altas esferas do governo".
Em depoimento em abril à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, Garcia disse repudiar os métodos usados pelas Farc, como seqüestros, ataques terroristas e uso de dinheiro do narcotráfico. Garcia classificou como "fantasiosa" a reportagem, mas não negou o conteúdo das mensagens.
HUMBERTO TREZZI
Zero Hora
Uma constelação de integrantes do governo brasileiro e do PT tem mantido diálogos freqüentes com a maior guerrilha colombiana, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Quem afirma é a revista semanal colombiana Cambio, em edição que chegou às bancas ontem. As conversas incluem promessas de intermediação para que os guerrilheiros consigam status diplomático.
Em reportagem de capa intitulada "Dossiê Brasil", o semanário Cambio divulga trechos do que seriam 85 e-mails trocados entre Raúl Reyes, ex-porta-voz internacional das Farc, e outros integrantes da guerrilha. Entre esses, Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como padre Olivério Medina ou Cura Camilo (Padre Camilo), que atua como delegado das Farc no Brasil. As conversas, supostamente encontradas num laptop pertencente a Reyes, mencionam integrantes do PT e até Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Cambio ressalva que nenhum dos funcionários brasileiros enviou mensagens a algum dos membros do grupo guerrilheiro" e considera os e-mails "apenas indícios" de um possível comprometimento do governo Lula com as Farc. Os e-mails teriam sido localizados pelos militares que mataram Reyes, membro do secretariado-geral das Farc. As mensagens foram trocadas entre fevereiro de 1999 e fevereiro de 2008.
Reyes - cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia e que foi morto por tropas colombianas em solo equatoriano, em 1º de março - menciona nos e-mails "cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro (secretário-geral de ministério), cinco deputados, um vereador e um desembargador brasileiros", contabiliza a revista.
O desembargador é o gaúcho Rui Portanova, que atua na 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. Conforme a revista, em 19 de abril de 2001 um integrante das Farc de codinome Mauricio Malverde informa, por e-mail, a Reyes que "o juiz superior Rui Portanova, amigo nosso, nos solicitou que deseja ir aos acampamentos para receber instrução e conhecer a vida das Farc. Custeia sua viagem". O desembargador confirma que se ofereceu para conhecer as Farc.
Portanova não é o único rio-grandense mencionado nos supostos e-mails. Nas mensagens, Medina afirma ter mantido contatos com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e o assessor presidencial Selvino Heck, ambos gaúchos e ligados ao PT. Sobre Garcia, um dos e-mails de Medina a Reyes, sem data conhecida, afirma: "Estive falando com a deputada federal Maria José Maninha. Acertamos que ela vai me abrir caminho rumo ao Presidente, via Marco Aurelio García".
Em outro e-mail, de 23 de fevereiro de 2007, Medina informa a Reyes: "É possível que me visite um assessor de Lula, chamado Selvino Heck, que junto com Gilberto Carvalho tem sido outro que tem nos ajudado bastante".
Medina, autor da maioria dos e-mails enviados a Reyes desde o Brasil, foi preso em São Paulo em agosto de 2005. Vivia em território brasileiro havia oito anos e foi beneficiado com uma proteção especial, por ser casado com uma brasileira. Em 2006, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu a ele o status de refugiado, decisão que pesou bastante para o Supremo Tribunal Federal (STF) negar seu pedido de extradição para a Colômbia.
Entre os interlocutores de Medina, segundo a revista Cambio, estariam o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, a deputada distrital brasiliense Erika Kokay (PT), além de Gilberto Carvalho. Também são mencionados nos e-mails o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o subsecretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano.
Assessor de Lula condenou métodos de guerrilheiros
Algumas mensagens foram escritas durante as negociações de paz, que resultaram na criação - 1998 e 2002 - de uma área de 42 mil quilômetros quadrados liberada para atuação da guerrilha, em San Vicente del Caguán. Os guerrilheiros recebiam ali simpatizantes de vários países.
Entre os que moravam na "zona liberada" estavam o líder máximo das Farc, "Manuel Marulanda" ou "Tirofijo", que foi morto em março deste ano. E o chefe militar das Farc, "Mono Jojoy", cujo nome verdadeiro é Jorge Briceños.
A reportagem diz que as mensagens "revelam a importância do Brasil na agenda externa das Farc". A revista diz que a guerrilha aproveitou a chegada de Lula e do influente PT ao poder "para alcançar as mais altas esferas do governo".
Em depoimento em abril à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, Garcia disse repudiar os métodos usados pelas Farc, como seqüestros, ataques terroristas e uso de dinheiro do narcotráfico. Garcia classificou como "fantasiosa" a reportagem, mas não negou o conteúdo das mensagens.
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Re: PT confirma relações com as FARC
El 'dossier' brasileño
CAMBIO 31 Julho 2008 -BOGOTÁ Ed - 787
En el atardecer del sábado 19 de julio, en la hacienda Hatogrande, la casa presidencial al norte de Bogotá, el presidente Álvaro Uribe, sonriente y desparpajado como pocas veces, no dudó en ofrecerle a su homólogo brasileño Luis Inácio 'Lula' Da Silva, una copa de aguardiente antioqueño para mitigar el frío que calaba los huesos.
La copa selló la primera parte de la intensa jornada que había empezado el viernes 18 y que terminaría al domingo en Leticia con la celebración del Día de la Independencia. Una celebración que, como nunca, congregó a artistas de la talla de Shakira y a la cual concurrió también el presidente peruano Alan García.
La agenda 'Lula' y Uribe, alrededor de acuerdos bilaterales, fue condimentada con mutuos elogios públicos. El presidente Uribe les agradeció a su homólogo brasileño y a su gobierno seis años de relaciones dinámicas y de confianza. Sin embargo, en una reunión privada que sostuvieron ante muy pocos testigos, Uribe le hizo a 'Lula' un breve resumen sobre una serie de archivos que las autoridades colombianas encontraron en los computadores de 'Raúl Reyes' que comprometía a ciudadanos y funcionarios de su gobierno con las Farc.
Contrario a lo que pasó con la información relacionada con servidores públicos del Gobierno de Rafael Correa y ciudadanos ecuatorianos, que el Gobierno hizo pública, en el caso de Brasil las instrucciones del Presidente fueron mantenerlas en reserva y manejarlas diplomáticamente para no deteriorar las relaciones comerciales y de cooperación con el gobierno de 'Lula'.
El Gobierno colombiano ha usado en forma selectiva los archivos del PC de 'Raúl Reyes'. Mientras que con Ecuador y Venezuela fueron utilizados para poner en entredicho a Chávez y a Correa, hostiles con Uribe, con Brasil los ha manejado por debajo de la mesa para no comprometer a Lula Da Silva, quien se ha mostrado más hábil y menos pugnaz con Colombia que sus otros colegas.
Aún así, algunos medios brasileños tenían información parcial sobre unos pocos archivos y por eso el 27 de julio consultaron al ministro de Defensa Juan Manuel Santos, quien en una entrevista al diario O Estado de São Paulo confirmó que el Gobierno colombiano había informado a 'Lula' sobre el tema. "Hay una serie de informaciones de conexiones que entregamos al Gobierno brasileño para que pueda actuar como considere más apropiado", dijo Santos, pero se abstuvo de comentar sobre si había o no políticos y funcionarios oficiales con nexos con el grupo que hoy encabeza 'Alfonso Cano'.
A las declaraciones del Ministro respondió en forma inmediata Marco Aurelio García, asesor de política internacional de Brasil, quien calificó como irrelevantes los datos suministrados por Colombia.
'El Cura Camilo'
No se sabe con exactitud cuánta y qué tan detallada fue la información que el presidente Uribe le dio al presidente 'Lula', pero el que podría llamarse "el dossier brasileño" tendría implicaciones más serias que las derivadas de la información relacionada con Venezuela y Ecuador.
CAMBIO conoció 85 correos electrónicos que, entre febrero de 1999 y febrero de 2008, circularon entre 'Tirofijo', 'Raúl Reyes', 'el Mono Jojoy', 'Oliverio Medina' -delegado de las Farc en Brasil- y dos hombres identificados como 'Hermes' y 'José Luis'.
A juzgar por el contenido de los mensajes, la presencia de las Farc en Brasil llegó hasta las más altas esferas del gobierno de Lula, el Partido de los Trabajadores, PT -el partido del Presidente-, la dirigencia política y la administración de Justicia. En ellos son mencionados cinco ministros, un procurador general, un asesor especial del Presidente, un viceministro, cinco diputados, un concejal y un juez superior.
El personaje central de los correos es 'Oliverio Medina', también conocido como 'El Cura Camilo', un sacerdote que ingresó a las Farc en 1983 y quien en su rápido ascenso llegó a ser secretario de 'Tirofijo'. Llegó a Brasil como delegado especial de las Farc en 1997 y estuvo en Colombia durante el proceso del Caguán, en el que hizo de jefe de prensa del grupo.
Tras la ruptura de las conversaciones en febrero de 2002, regresó a Brasil donde continuó su misión, y su influencia llegó hasta altos niveles de la administración de 'Lula', quien asumió el cargo en enero de 2003. Pero gracias a la presión de las autoridades colombianas, fue capturado en agosto de 2005. Colombia lo pidió en extradición, pero el Tribunal Supremo de Justicia de Brasil no solo la negó el 22 de marzo de 2007, sino que le reconoció a 'Medina' la condición de refugiado político.
Hasta el 'curubito'
La cárcel no fue obstáculo para que 'El cura Camilo' suspendiera su labor proselitista y propagandística. Prueba de ello son los numerosos correos que le envió a 'Reyes' y que muestran cómo logró llegar hasta la cúpula del gobierno brasileño.
Cuatro de los correos conocidos por CAMBIO se refieren al presidente 'Lula'. En uno de ellos, fechado el 17 de julio de 2004, 'Raúl Reyes' le dice a 'Tirofijo' que el gobierno de 'Lula' ayudaría con el acuerdo humanitario: "Los curas me enviaron carta pidiendo entrevista con ellos en Brasil -escribe 'Reyes'-. Según dicen hablaron con 'Lula' y este asumió el compromiso de ayudar en lo del acuerdo humanitario, intercediendo ante Uribe para efectuar la reunión en su país".
En el segundo, fechado el 25 de septiembre de 2006, 'Oliverio Medina' le cuenta a 'Reyes': "No le he dicho que hace algunos días 'Lula' llamó al ministro Pablo Vanucchi (ministro de la Secretaría Nacional de DD.HH.), indicándole que telefoneara al abogado Ulises Riedel y lo felicitara por el éxito jurídico en su brillante defensa a favor de mi refugio".
En el tercero, con fecha 23 de diciembre de 2006, 'Medina' le informa a 'Reyes' que "a 'Lula' y dos de sus asesores que nos han ayudado les mandé el afiche de aguinaldo". Los funcionarios son Silvino Heck, asesor especial del Presidente, y Gilberto Carvalho, jefe de Gabinete, que aparecen mencionados en un correo del 23 de febrero de 2007, también dirigido a 'Reyes': "Es posible que me visite un asesor especial de 'Lula' llamado Silvino Heck, que junto con Gilberto Carvalho ha sido otro que nos ha ayudado bastante".
Entre los 85 correos conocidos por CAMBIO, hay uno sin fecha, también enviado por 'Medina' a 'Reyes', que dice: "Estuve hablando con la diputada federal María José Maninha. Quedamos en que va a abrirme camino rumbo al Presidente vía Marco Aurelio García". García es secretario de Asuntos Internacionales.
No menos comprometedores son aquellos en los que aparecen mencionados algunos ministros. En uno de ellos, dirigido a 'Reyes' el 4 de junio de 2005 por un tal 'José Luis', figura el nombre del ministro de la Presidencia José Dirceo. "Llegó un joven de unos 30 años y se presentó como Breno Altman (dirigente del PT), me dijo que venía de parte del ministro de la Presidencia José Dirceo, que por motivos de seguridad ellos habían acordado que las relaciones no pasaran por la Secretaría de Relaciones Internacionales, sino que se hicieran directamente a través del ministro con la representación de Breno".
Al final del mensaje, 'José Luis' dice que el Gobierno brasileño y el PT le darán protección a 'Medina' mientras avanza el trámite de la extradición: "Le repliqué (sic) si podíamos estar tranquilos, que no lo iban a secuestrar o a deportar a Colombia y me contestó: 'Pueden estar tranquilos' ".
En un correo del 24 de junio de 2004, 'Reyes' le comenta a 'Medina' sobre la posible salida de Dirceo del Gabinete y le dice: "De ser cierto, esta medida en provecho de los detractores de 'Lula' puede afectar la incipiente apertura de las relaciones con nosotros".
Las Farc también intentaron llegar al despacho del ministro de Relaciones Exteriores, Celso Amorín. En un correo del 22 de febrero de 2004, 'José Luis' le escribe a 'Reyes': "Por intermedio del legendario líder del PT Plinio Arruda Sampaio, le llegamos a Celso Amorín, actual ministro de Relaciones Exteriores. Plinio nos mandó a decir con Albertao (concejal de Guarulhos) que el Ministro está dispuesto a recibirnos. Que tan pronto tenga un espacio en su agenda nos recibe en Brasilia".
El Procurador y el Juez
El embajador de las Farc hizo tan bien su oficio que también logró llegar hasta el procurador Luis Francisco De Souza, quien es mencionado en un extenso correo del 22 de agosto de 2004 que 'Medina' y 'José Luis' le enviaron a 'Reyes' y a 'Rodrigo Granda': "Él dio el siguiente consejo: andar con una máquina de fotografía y en lo posible con una grabadora para en caso de volver a parar un agente de información fotografiarlo y grabarlo, teniendo cuidado de no permitirle que agarre la cámara y la grabadora. Que en relación con lo sucedido hagamos una denuncia dirigida a él como Procurador para hacerla llegar al jefe de la Policía Federal y a la Agencia Brasileña de Información".
Algunos correos fueron escritos durante el proceso del Caguán e involucran a un prestigioso juez y a un alto ex oficial de las Fuerzas Armadas brasileñas. Por ejemplo, en uno fechado el 19 de abril de 2001, 'Mauricio Malverde' le informa a 'Reyes': "El juez Rui Portanova amigo nuestro, nos planteó que quiere ir a los campamentos a recibir instrucción y conocer la vida de las Farc. Costea su viaje". Portanova era entonces juez superior de la Corte Estatal de Rio Grande Do Sul, de Portoalegre.
Tres días antes, el 16 de abril, 'Medina' le relata a 'Reyes' un encuentro de Raimundo, Pedro Enrique y Celso Brand -al parecer enlaces de las Farc en Brasil- con el brigadier del Aire Iván Flota, ex jefe de la Fuerza Aérea de Brasil. "El hombre se interesó y dijo que le gustaría tener un encuentro personal con nosotros. Dijo que están comenzando a madurar la toma de la base de Alcántara por las fuerzas nacionalistas para impedir que Estados Unidos se quede con 600 kilómetros cuadrados que están bajo su dominio".
La pequeña muestra de los 85 correos electrónicos conocidos por CAMBIO revelan la importancia de Brasil en la agenda exterior de las Farc, manejada por 'Raúl Reyes', y no cabe duda de que 'El cura Camilo', para apuntalar la estrategia continental de la guerrilla, aprovechó la coyuntura creada por el arribo al poder de 'Lula' y su influyente Partido de los Trabajadores para llegar hasta las más altas esferas del Gobierno.
Y si bien es cierto que los correos son apenas indicios de un posible compromiso del gobierno de 'Lula' con las Farc, pues ninguno de los funcionarios envió mensajes personales a alguno de los miembros del grupo guerrillero, despiertan muchos interrogantes que exigen una respuesta del Gobierno brasileño.
LOS CONTACTOS DE LAS FARC
La expansión de las Farc en América Latina no solo incluyó a funcionarios de los gobiernos de Venezuela y Ecuador, sino que también comprometió a destacados dirigentes, políticos y altos miembros del Partido de los Trabajadores, al que pertenece el presidente Luis Inácio 'Lula' Da Silva. Además el grupo guerrillero mantuvo contactos con procuradores y jueces de Brasil.
- José Dirceu, ministro de la Presidencia.
- Roberto Amaral, ex ministro de Ciencia.
- Erika Kokay, diputada.
- Gilberto Carvalho, jefe de Gabinete.
- Celso Amorín, canciller.
- Marco A. García, asesor Asuntos Internacionales.
- Perly Cipriano, subsecretario Promoción DD.HH.
- Paulo Vanucci, ministro Secretaría de DD.HH.
- Selvino Heck, asesor presidencial.
------------------------------------------
SECUESTRO DE NOVARTIS
20 de septiembre de 2001
De: Jorge Briceño 'Mono Jojoy'
A: Secretariado
Edwin, viejo conocido comandante de La Policarpo junto a Julián, se robaron medio millón de dólares por una parte y 700 millones de pesos por otra, del secuestro de Novartis. Se tiraron el negocio que estaba planeado para 10 millones de verdes. Para completar, se armó un lío con México, Suiza y Brasil porque no entregábamos a los tipos. Hablé con representantes de esos países y acordamos que nos daban medio millón de dólares más y nosotros poníamos en libertad a los dos señores. Ordené soltarlos y hasta ahora no han pagado. Si se hacen los pesados pienso asustarlos".
INVITACIÓN AL CAMPAMENTO
12 de junio de 2005
De: 'Raúl Reyes'
A: 'José Luis'
"Al vocero de Brasil hay que invitarlo a que nos visite aquí y explicarle que en función de construir definiciones se hace imprescindible su conversación con el Secretariado. Decirle que tenemos formas seguras de recibirlo en nuestros campamento sin que sea registrado por las autoridades colombianas".
APOYO FINANCIERO
6 de julio de 2005
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
"Solidaridad recibida durante el primer semestre de 2005: diputado Paulo Tadeu US$ 833,33. Sindicato de la Empresa de Energía de Brasilia US$ 666,66. Corriente Comunista Luis Carlos Prestes US$766,66. Señora Solene Bomtempo US$ 250,00. Concejal Leopoldo Paulino US$ 433,33. Sindicato de la Empresa de Acueducto de Brasilia US$ 33,33".
EXTRADICIÓN DE CAMILO'
17 de septiembre de 2005
De: 'Raúl Reyes'
A: 'Roque'
"Bastante significativa la solidaridad de los partidos comunistas de Brasil y de otros países con la lucha de las Farc en el empeño de impedir la extradición del 'cura' (Francisco Medina, 'Cura Medina'). Existe en Brasil un importante grupo de amigos solidarios con nosotros en los que hay sindicalistas, maestros, congresistas, ministros, abogados y personalidades ocupados de presionar la libertad inmediata de Camilo".
EL EMPLEO
17 de enero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
"El lunes 15 inició 'la Mona' su empleo nuevo y para asegurarla o cerrarle el paso a la derecha por si en algún momento les da por molestar, entonces la dejaron en la Secretaría de Pesca desempeñándose en lo que aquí llaman un cargo de confianza ligado a la Presidencia de la República".
GIRA POR BRASIL
15 de febrero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
Los responsables de organizar la gira del camarada Carlos Lozano son: Albertao y Pietro Lora en Guarulhos, São Pablo y Río. En Brasilia: Paulo Tadeo, Erica Kokay. Para la actividad de Río se apoyarán en el ex diputado Federal Milton Temer, del Partido Socialismo y Libertad. Y en Florianópolis un diputado estadual que ellos ayudaron y está dispuesto a ayudar".
ENCUENTRO CON MINISTROS
23 de febrero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
"La defensora pública le está organizando a 'la Mona' un encuentro con el Ministro, el Viceministro y el principal asesor de la Secretaría de Derechos Humanos vinculada a la Presidencia, en su orden Paulo Vannuchi, Perly Cipriano y Dalma de Abreu Dalasi, que es un prestigioso jurista al que el ministro relator le tiene pavor. El viceministro Perly hablará con el presidente de la Comisión de Derechos Humanos de la Cámara Federal. Serán visitadas entidades importantes que nos apoyaron, comenzando por la Comisión Brasileña de Justicia y Paz".
ACTUAR CON CAUTELA
14 de abril de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
"Debo actuar con cautela para no facilitar al enemigo argumentos que lleven a cuestionar el refugio. En ese sentido, el haber conseguido el traslado de 'la Mona' y 'la Timbica' para la capital del país, ha sido importante. Ese bajo perfil lo mantendré hasta la neutralización. Obtenida esta, tendré pasaporte brasileño y lo primero que debo pensar es en irlos a ver".
CAMBIO 31 Julho 2008 -BOGOTÁ Ed - 787
En el atardecer del sábado 19 de julio, en la hacienda Hatogrande, la casa presidencial al norte de Bogotá, el presidente Álvaro Uribe, sonriente y desparpajado como pocas veces, no dudó en ofrecerle a su homólogo brasileño Luis Inácio 'Lula' Da Silva, una copa de aguardiente antioqueño para mitigar el frío que calaba los huesos.
La copa selló la primera parte de la intensa jornada que había empezado el viernes 18 y que terminaría al domingo en Leticia con la celebración del Día de la Independencia. Una celebración que, como nunca, congregó a artistas de la talla de Shakira y a la cual concurrió también el presidente peruano Alan García.
La agenda 'Lula' y Uribe, alrededor de acuerdos bilaterales, fue condimentada con mutuos elogios públicos. El presidente Uribe les agradeció a su homólogo brasileño y a su gobierno seis años de relaciones dinámicas y de confianza. Sin embargo, en una reunión privada que sostuvieron ante muy pocos testigos, Uribe le hizo a 'Lula' un breve resumen sobre una serie de archivos que las autoridades colombianas encontraron en los computadores de 'Raúl Reyes' que comprometía a ciudadanos y funcionarios de su gobierno con las Farc.
Contrario a lo que pasó con la información relacionada con servidores públicos del Gobierno de Rafael Correa y ciudadanos ecuatorianos, que el Gobierno hizo pública, en el caso de Brasil las instrucciones del Presidente fueron mantenerlas en reserva y manejarlas diplomáticamente para no deteriorar las relaciones comerciales y de cooperación con el gobierno de 'Lula'.
El Gobierno colombiano ha usado en forma selectiva los archivos del PC de 'Raúl Reyes'. Mientras que con Ecuador y Venezuela fueron utilizados para poner en entredicho a Chávez y a Correa, hostiles con Uribe, con Brasil los ha manejado por debajo de la mesa para no comprometer a Lula Da Silva, quien se ha mostrado más hábil y menos pugnaz con Colombia que sus otros colegas.
Aún así, algunos medios brasileños tenían información parcial sobre unos pocos archivos y por eso el 27 de julio consultaron al ministro de Defensa Juan Manuel Santos, quien en una entrevista al diario O Estado de São Paulo confirmó que el Gobierno colombiano había informado a 'Lula' sobre el tema. "Hay una serie de informaciones de conexiones que entregamos al Gobierno brasileño para que pueda actuar como considere más apropiado", dijo Santos, pero se abstuvo de comentar sobre si había o no políticos y funcionarios oficiales con nexos con el grupo que hoy encabeza 'Alfonso Cano'.
A las declaraciones del Ministro respondió en forma inmediata Marco Aurelio García, asesor de política internacional de Brasil, quien calificó como irrelevantes los datos suministrados por Colombia.
'El Cura Camilo'
No se sabe con exactitud cuánta y qué tan detallada fue la información que el presidente Uribe le dio al presidente 'Lula', pero el que podría llamarse "el dossier brasileño" tendría implicaciones más serias que las derivadas de la información relacionada con Venezuela y Ecuador.
CAMBIO conoció 85 correos electrónicos que, entre febrero de 1999 y febrero de 2008, circularon entre 'Tirofijo', 'Raúl Reyes', 'el Mono Jojoy', 'Oliverio Medina' -delegado de las Farc en Brasil- y dos hombres identificados como 'Hermes' y 'José Luis'.
A juzgar por el contenido de los mensajes, la presencia de las Farc en Brasil llegó hasta las más altas esferas del gobierno de Lula, el Partido de los Trabajadores, PT -el partido del Presidente-, la dirigencia política y la administración de Justicia. En ellos son mencionados cinco ministros, un procurador general, un asesor especial del Presidente, un viceministro, cinco diputados, un concejal y un juez superior.
El personaje central de los correos es 'Oliverio Medina', también conocido como 'El Cura Camilo', un sacerdote que ingresó a las Farc en 1983 y quien en su rápido ascenso llegó a ser secretario de 'Tirofijo'. Llegó a Brasil como delegado especial de las Farc en 1997 y estuvo en Colombia durante el proceso del Caguán, en el que hizo de jefe de prensa del grupo.
Tras la ruptura de las conversaciones en febrero de 2002, regresó a Brasil donde continuó su misión, y su influencia llegó hasta altos niveles de la administración de 'Lula', quien asumió el cargo en enero de 2003. Pero gracias a la presión de las autoridades colombianas, fue capturado en agosto de 2005. Colombia lo pidió en extradición, pero el Tribunal Supremo de Justicia de Brasil no solo la negó el 22 de marzo de 2007, sino que le reconoció a 'Medina' la condición de refugiado político.
Hasta el 'curubito'
La cárcel no fue obstáculo para que 'El cura Camilo' suspendiera su labor proselitista y propagandística. Prueba de ello son los numerosos correos que le envió a 'Reyes' y que muestran cómo logró llegar hasta la cúpula del gobierno brasileño.
Cuatro de los correos conocidos por CAMBIO se refieren al presidente 'Lula'. En uno de ellos, fechado el 17 de julio de 2004, 'Raúl Reyes' le dice a 'Tirofijo' que el gobierno de 'Lula' ayudaría con el acuerdo humanitario: "Los curas me enviaron carta pidiendo entrevista con ellos en Brasil -escribe 'Reyes'-. Según dicen hablaron con 'Lula' y este asumió el compromiso de ayudar en lo del acuerdo humanitario, intercediendo ante Uribe para efectuar la reunión en su país".
En el segundo, fechado el 25 de septiembre de 2006, 'Oliverio Medina' le cuenta a 'Reyes': "No le he dicho que hace algunos días 'Lula' llamó al ministro Pablo Vanucchi (ministro de la Secretaría Nacional de DD.HH.), indicándole que telefoneara al abogado Ulises Riedel y lo felicitara por el éxito jurídico en su brillante defensa a favor de mi refugio".
En el tercero, con fecha 23 de diciembre de 2006, 'Medina' le informa a 'Reyes' que "a 'Lula' y dos de sus asesores que nos han ayudado les mandé el afiche de aguinaldo". Los funcionarios son Silvino Heck, asesor especial del Presidente, y Gilberto Carvalho, jefe de Gabinete, que aparecen mencionados en un correo del 23 de febrero de 2007, también dirigido a 'Reyes': "Es posible que me visite un asesor especial de 'Lula' llamado Silvino Heck, que junto con Gilberto Carvalho ha sido otro que nos ha ayudado bastante".
Entre los 85 correos conocidos por CAMBIO, hay uno sin fecha, también enviado por 'Medina' a 'Reyes', que dice: "Estuve hablando con la diputada federal María José Maninha. Quedamos en que va a abrirme camino rumbo al Presidente vía Marco Aurelio García". García es secretario de Asuntos Internacionales.
No menos comprometedores son aquellos en los que aparecen mencionados algunos ministros. En uno de ellos, dirigido a 'Reyes' el 4 de junio de 2005 por un tal 'José Luis', figura el nombre del ministro de la Presidencia José Dirceo. "Llegó un joven de unos 30 años y se presentó como Breno Altman (dirigente del PT), me dijo que venía de parte del ministro de la Presidencia José Dirceo, que por motivos de seguridad ellos habían acordado que las relaciones no pasaran por la Secretaría de Relaciones Internacionales, sino que se hicieran directamente a través del ministro con la representación de Breno".
Al final del mensaje, 'José Luis' dice que el Gobierno brasileño y el PT le darán protección a 'Medina' mientras avanza el trámite de la extradición: "Le repliqué (sic) si podíamos estar tranquilos, que no lo iban a secuestrar o a deportar a Colombia y me contestó: 'Pueden estar tranquilos' ".
En un correo del 24 de junio de 2004, 'Reyes' le comenta a 'Medina' sobre la posible salida de Dirceo del Gabinete y le dice: "De ser cierto, esta medida en provecho de los detractores de 'Lula' puede afectar la incipiente apertura de las relaciones con nosotros".
Las Farc también intentaron llegar al despacho del ministro de Relaciones Exteriores, Celso Amorín. En un correo del 22 de febrero de 2004, 'José Luis' le escribe a 'Reyes': "Por intermedio del legendario líder del PT Plinio Arruda Sampaio, le llegamos a Celso Amorín, actual ministro de Relaciones Exteriores. Plinio nos mandó a decir con Albertao (concejal de Guarulhos) que el Ministro está dispuesto a recibirnos. Que tan pronto tenga un espacio en su agenda nos recibe en Brasilia".
El Procurador y el Juez
El embajador de las Farc hizo tan bien su oficio que también logró llegar hasta el procurador Luis Francisco De Souza, quien es mencionado en un extenso correo del 22 de agosto de 2004 que 'Medina' y 'José Luis' le enviaron a 'Reyes' y a 'Rodrigo Granda': "Él dio el siguiente consejo: andar con una máquina de fotografía y en lo posible con una grabadora para en caso de volver a parar un agente de información fotografiarlo y grabarlo, teniendo cuidado de no permitirle que agarre la cámara y la grabadora. Que en relación con lo sucedido hagamos una denuncia dirigida a él como Procurador para hacerla llegar al jefe de la Policía Federal y a la Agencia Brasileña de Información".
Algunos correos fueron escritos durante el proceso del Caguán e involucran a un prestigioso juez y a un alto ex oficial de las Fuerzas Armadas brasileñas. Por ejemplo, en uno fechado el 19 de abril de 2001, 'Mauricio Malverde' le informa a 'Reyes': "El juez Rui Portanova amigo nuestro, nos planteó que quiere ir a los campamentos a recibir instrucción y conocer la vida de las Farc. Costea su viaje". Portanova era entonces juez superior de la Corte Estatal de Rio Grande Do Sul, de Portoalegre.
Tres días antes, el 16 de abril, 'Medina' le relata a 'Reyes' un encuentro de Raimundo, Pedro Enrique y Celso Brand -al parecer enlaces de las Farc en Brasil- con el brigadier del Aire Iván Flota, ex jefe de la Fuerza Aérea de Brasil. "El hombre se interesó y dijo que le gustaría tener un encuentro personal con nosotros. Dijo que están comenzando a madurar la toma de la base de Alcántara por las fuerzas nacionalistas para impedir que Estados Unidos se quede con 600 kilómetros cuadrados que están bajo su dominio".
La pequeña muestra de los 85 correos electrónicos conocidos por CAMBIO revelan la importancia de Brasil en la agenda exterior de las Farc, manejada por 'Raúl Reyes', y no cabe duda de que 'El cura Camilo', para apuntalar la estrategia continental de la guerrilla, aprovechó la coyuntura creada por el arribo al poder de 'Lula' y su influyente Partido de los Trabajadores para llegar hasta las más altas esferas del Gobierno.
Y si bien es cierto que los correos son apenas indicios de un posible compromiso del gobierno de 'Lula' con las Farc, pues ninguno de los funcionarios envió mensajes personales a alguno de los miembros del grupo guerrillero, despiertan muchos interrogantes que exigen una respuesta del Gobierno brasileño.
LOS CONTACTOS DE LAS FARC
La expansión de las Farc en América Latina no solo incluyó a funcionarios de los gobiernos de Venezuela y Ecuador, sino que también comprometió a destacados dirigentes, políticos y altos miembros del Partido de los Trabajadores, al que pertenece el presidente Luis Inácio 'Lula' Da Silva. Además el grupo guerrillero mantuvo contactos con procuradores y jueces de Brasil.
- José Dirceu, ministro de la Presidencia.
- Roberto Amaral, ex ministro de Ciencia.
- Erika Kokay, diputada.
- Gilberto Carvalho, jefe de Gabinete.
- Celso Amorín, canciller.
- Marco A. García, asesor Asuntos Internacionales.
- Perly Cipriano, subsecretario Promoción DD.HH.
- Paulo Vanucci, ministro Secretaría de DD.HH.
- Selvino Heck, asesor presidencial.
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SECUESTRO DE NOVARTIS
20 de septiembre de 2001
De: Jorge Briceño 'Mono Jojoy'
A: Secretariado
Edwin, viejo conocido comandante de La Policarpo junto a Julián, se robaron medio millón de dólares por una parte y 700 millones de pesos por otra, del secuestro de Novartis. Se tiraron el negocio que estaba planeado para 10 millones de verdes. Para completar, se armó un lío con México, Suiza y Brasil porque no entregábamos a los tipos. Hablé con representantes de esos países y acordamos que nos daban medio millón de dólares más y nosotros poníamos en libertad a los dos señores. Ordené soltarlos y hasta ahora no han pagado. Si se hacen los pesados pienso asustarlos".
INVITACIÓN AL CAMPAMENTO
12 de junio de 2005
De: 'Raúl Reyes'
A: 'José Luis'
"Al vocero de Brasil hay que invitarlo a que nos visite aquí y explicarle que en función de construir definiciones se hace imprescindible su conversación con el Secretariado. Decirle que tenemos formas seguras de recibirlo en nuestros campamento sin que sea registrado por las autoridades colombianas".
APOYO FINANCIERO
6 de julio de 2005
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
"Solidaridad recibida durante el primer semestre de 2005: diputado Paulo Tadeu US$ 833,33. Sindicato de la Empresa de Energía de Brasilia US$ 666,66. Corriente Comunista Luis Carlos Prestes US$766,66. Señora Solene Bomtempo US$ 250,00. Concejal Leopoldo Paulino US$ 433,33. Sindicato de la Empresa de Acueducto de Brasilia US$ 33,33".
EXTRADICIÓN DE CAMILO'
17 de septiembre de 2005
De: 'Raúl Reyes'
A: 'Roque'
"Bastante significativa la solidaridad de los partidos comunistas de Brasil y de otros países con la lucha de las Farc en el empeño de impedir la extradición del 'cura' (Francisco Medina, 'Cura Medina'). Existe en Brasil un importante grupo de amigos solidarios con nosotros en los que hay sindicalistas, maestros, congresistas, ministros, abogados y personalidades ocupados de presionar la libertad inmediata de Camilo".
EL EMPLEO
17 de enero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
"El lunes 15 inició 'la Mona' su empleo nuevo y para asegurarla o cerrarle el paso a la derecha por si en algún momento les da por molestar, entonces la dejaron en la Secretaría de Pesca desempeñándose en lo que aquí llaman un cargo de confianza ligado a la Presidencia de la República".
GIRA POR BRASIL
15 de febrero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
Los responsables de organizar la gira del camarada Carlos Lozano son: Albertao y Pietro Lora en Guarulhos, São Pablo y Río. En Brasilia: Paulo Tadeo, Erica Kokay. Para la actividad de Río se apoyarán en el ex diputado Federal Milton Temer, del Partido Socialismo y Libertad. Y en Florianópolis un diputado estadual que ellos ayudaron y está dispuesto a ayudar".
ENCUENTRO CON MINISTROS
23 de febrero de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
"La defensora pública le está organizando a 'la Mona' un encuentro con el Ministro, el Viceministro y el principal asesor de la Secretaría de Derechos Humanos vinculada a la Presidencia, en su orden Paulo Vannuchi, Perly Cipriano y Dalma de Abreu Dalasi, que es un prestigioso jurista al que el ministro relator le tiene pavor. El viceministro Perly hablará con el presidente de la Comisión de Derechos Humanos de la Cámara Federal. Serán visitadas entidades importantes que nos apoyaron, comenzando por la Comisión Brasileña de Justicia y Paz".
ACTUAR CON CAUTELA
14 de abril de 2007
De: 'Cura Camilo'
A: 'Raúl Reyes'
"Debo actuar con cautela para no facilitar al enemigo argumentos que lleven a cuestionar el refugio. En ese sentido, el haber conseguido el traslado de 'la Mona' y 'la Timbica' para la capital del país, ha sido importante. Ese bajo perfil lo mantendré hasta la neutralización. Obtenida esta, tendré pasaporte brasileño y lo primero que debo pensar es en irlos a ver".
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Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
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- RicardoVitor
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Re: PT confirma relações com as FARC
Farc estão infiltradas na alta esfera do Brasil, segundo revista colombiana

BOGOTÁ - A presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Brasil "chegou até as mais altas esferas" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao PT, aos líderes políticos brasileiros e ao Poder Judiciário, publicou hoje a revista colombiana "Cambio".
A conclusão foi tirada de supostos e-mails encontrados no computador do ex-porta-voz internacional das Farc "Raúl Reyes", afirma a última edição da revista, que entrou em circulação hoje.
O governo colombiano, no entanto, "usou seletivamente os arquivos do computador de 'Raúl Reyes'".
A publicação acrescenta que com "Equador e Venezuela, (os arquivos) foram usados para colocar em contradição (o presidente venezuelano Hugo) Chávez e (o presidente equatoriano Rafael) Correa, hostis a (o chefe de Estado colombiano Álvaro) Uribe".
Com o Brasil, "a articulação foi feita embaixo da mesa para não comprometer Lula, que se mostrou mais hábil e menos combativo com a Colômbia", destacou a revista "Cambio".
Nos e-mails de "Reyes" - cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia e que foi morto por tropas colombianas em solo equatoriano em primeiro de março - são mencionados "cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro, cinco deputados, um vereador e um juiz superior" brasileiros, acrescentou a revista.
Algumas mensagens foram escritas durante o processo de paz da Colômbia entre 1998 e 2002 em San Vicente del Caguán, durante o governo do então presidente colombiano Andrés Pastrana, "e envolvem um prestigioso juiz e um alto ex-oficial das Forças Armadas brasileiras".
A mesma reportagem diz que "a expansão das Farc na América Latina não incluiu apenas funcionários dos governos de Venezuela e Equador, mas também comprometeu importantes dirigentes, políticos e altos membros do PT".
A "Cambio" cita o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, a deputada distrital Erika Kokay e o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Também são mencionados nesses e-mails o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o assessor presidencial Selvino Heck.
A "Cambio" disse que teve acesso aos 85 e-mails de "Reyes" entre fevereiro de 1999 e fevereiro de 2008 enviados e respondidos pelo líder máximo das Farc, "Manuel Marulanda" ou "Tirofijo", cujo nome verdadeiro era Pedro Antonio Marín e que morreu este ano.
Ainda segundo a "Cambio", há mensagens de "Reyes" para o chefe militar das Farc, "Mono Jojoy" - cujo nome verdadeiro é Jorge Briceño -, e para Francisco Antonio Cadena Collazos - conhecido como padre Olivério Medina e "Cura Camilo" e que atua como delegado das Farc no Brasil - e de todos eles com dois homens identificados como "Hermes" e "José Luis".
"Cura Camilo", preso em São Paulo em agosto de 2005, vivia no Brasil há oito anos e foi beneficiado com uma proteção especial por ser casado com uma brasileira.
Em 2006, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu a "Cura Camilo" o status de refugiado, decisão que pesou bastante para o Supremo Tribunal Federal (STF) negar seu pedido de extradição para a Colômbia.
"Cura Camilo" foi "chefe de imprensa" da guerrilha colombiana no início dos frustrados diálogos de paz em San Vicente del Caguán.
O chamado "dossiê brasileiro" diz que estas mensagens "revelam a importância do Brasil na agenda externa das Farc (...) para dar suporte à estratégia continental da guerrilha".
As Farc, acrescenta a "Cambio", aproveitaram "a conjuntura criada pela chegada de Lula e do influente PT ao poder para chegar até as mais altas esferas do governo".
A "Cambio" também disse que, "apesar de os e-mails serem apenas indícios de um possível comprometimento do governo Lula com as Farc - pois nenhum dos funcionários enviou mensagens pessoais a algum dos membros do grupo guerrilheiro - despertam muitas dúvidas que exigem uma resposta do governo" brasileiro.
Em depoimento à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados em abril, Garcia disse repudiar os métodos usados pelas Farc, como seqüestros, ataques terroristas e uso de dinheiro do narcotráfico.
Naquela oportunidade, Garcia afirmou que o Brasil tem que assumir uma posição de não interferir no conflito colombiano, mas que também não pode ficar indiferente.
Recentemente, Garcia classificou como "irrelevantes" as mensagens encontradas no computador periciado pelo Governo colombiano.
Consultada pela Agência EFE, a assessoria da imprensa da Presidência da República do Brasil disse que desconhecia o conteúdo da matéria da "Cambio".
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/20 ... 85144.html

BOGOTÁ - A presença das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Brasil "chegou até as mais altas esferas" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao PT, aos líderes políticos brasileiros e ao Poder Judiciário, publicou hoje a revista colombiana "Cambio".
A conclusão foi tirada de supostos e-mails encontrados no computador do ex-porta-voz internacional das Farc "Raúl Reyes", afirma a última edição da revista, que entrou em circulação hoje.
O governo colombiano, no entanto, "usou seletivamente os arquivos do computador de 'Raúl Reyes'".
A publicação acrescenta que com "Equador e Venezuela, (os arquivos) foram usados para colocar em contradição (o presidente venezuelano Hugo) Chávez e (o presidente equatoriano Rafael) Correa, hostis a (o chefe de Estado colombiano Álvaro) Uribe".
Com o Brasil, "a articulação foi feita embaixo da mesa para não comprometer Lula, que se mostrou mais hábil e menos combativo com a Colômbia", destacou a revista "Cambio".
Nos e-mails de "Reyes" - cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia e que foi morto por tropas colombianas em solo equatoriano em primeiro de março - são mencionados "cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro, cinco deputados, um vereador e um juiz superior" brasileiros, acrescentou a revista.
Algumas mensagens foram escritas durante o processo de paz da Colômbia entre 1998 e 2002 em San Vicente del Caguán, durante o governo do então presidente colombiano Andrés Pastrana, "e envolvem um prestigioso juiz e um alto ex-oficial das Forças Armadas brasileiras".
A mesma reportagem diz que "a expansão das Farc na América Latina não incluiu apenas funcionários dos governos de Venezuela e Equador, mas também comprometeu importantes dirigentes, políticos e altos membros do PT".
A "Cambio" cita o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, a deputada distrital Erika Kokay e o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Também são mencionados nesses e-mails o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o assessor presidencial Selvino Heck.
A "Cambio" disse que teve acesso aos 85 e-mails de "Reyes" entre fevereiro de 1999 e fevereiro de 2008 enviados e respondidos pelo líder máximo das Farc, "Manuel Marulanda" ou "Tirofijo", cujo nome verdadeiro era Pedro Antonio Marín e que morreu este ano.
Ainda segundo a "Cambio", há mensagens de "Reyes" para o chefe militar das Farc, "Mono Jojoy" - cujo nome verdadeiro é Jorge Briceño -, e para Francisco Antonio Cadena Collazos - conhecido como padre Olivério Medina e "Cura Camilo" e que atua como delegado das Farc no Brasil - e de todos eles com dois homens identificados como "Hermes" e "José Luis".
"Cura Camilo", preso em São Paulo em agosto de 2005, vivia no Brasil há oito anos e foi beneficiado com uma proteção especial por ser casado com uma brasileira.
Em 2006, o Comitê Nacional para Refugiados (Conare) concedeu a "Cura Camilo" o status de refugiado, decisão que pesou bastante para o Supremo Tribunal Federal (STF) negar seu pedido de extradição para a Colômbia.
"Cura Camilo" foi "chefe de imprensa" da guerrilha colombiana no início dos frustrados diálogos de paz em San Vicente del Caguán.
O chamado "dossiê brasileiro" diz que estas mensagens "revelam a importância do Brasil na agenda externa das Farc (...) para dar suporte à estratégia continental da guerrilha".
As Farc, acrescenta a "Cambio", aproveitaram "a conjuntura criada pela chegada de Lula e do influente PT ao poder para chegar até as mais altas esferas do governo".
A "Cambio" também disse que, "apesar de os e-mails serem apenas indícios de um possível comprometimento do governo Lula com as Farc - pois nenhum dos funcionários enviou mensagens pessoais a algum dos membros do grupo guerrilheiro - despertam muitas dúvidas que exigem uma resposta do governo" brasileiro.
Em depoimento à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados em abril, Garcia disse repudiar os métodos usados pelas Farc, como seqüestros, ataques terroristas e uso de dinheiro do narcotráfico.
Naquela oportunidade, Garcia afirmou que o Brasil tem que assumir uma posição de não interferir no conflito colombiano, mas que também não pode ficar indiferente.
Recentemente, Garcia classificou como "irrelevantes" as mensagens encontradas no computador periciado pelo Governo colombiano.
Consultada pela Agência EFE, a assessoria da imprensa da Presidência da República do Brasil disse que desconhecia o conteúdo da matéria da "Cambio".
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/20 ... 85144.html
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Re: PT confirma relações com as FARC
Contato das FARC leva uma vida pacata em Brasília.
Escrito por Josias de Souza às 18h00
02/08/2008
Casado com servidora do governo ele, Olivério Medina cultiva a discrição.
O ex-padre colombiano Olivério Medina vive num modesto apartamento de classe média baixa.
Fica na Asa Norte de Brasília, na sobreloja de um prédio comercial.
Cultor da discrição, Olivério Medina como que perdeu a invisibilidade na última quinta (31/07/2008).
Foi mencionado em reportagem de uma Revista colombiana – Cambio — que teve éco instantâneo no Brasil.
Para os companheiros de armas das Farc, Olivério Medina é "Padre Camilo". Ou "Cura Camilo".
Atribui-se a ele a condição de embaixador informal dos interesses da narcoguerrilha da Colômbia no Brasil.
Alcançado pelo repórter Robson Bonin, o contato das Farc em terras brasileiras esquivou-se de recebê-lo.
Abriu a porta do apartamento e, com o corpo parcialmente recoberto, justificou-se:
"Desculpe, mas não posso falar. Sou um refugiado neste país (???). Não dou entrevistas."
Em 2005, quando já vivia no Brasil havia 8 anos, Olivério Medina foi preso em São Paulo.
O governo colombiano solicitara sua extradição. Livrou-se de ser deportado graças às boas relações que mantém com o petismo e a um detalhe: Ele é casado com uma brasileira, a gaúcha Angela Maria Slongo. (O ministro Tarso Genro é gaúcho, lembram-se?). Com ela teve uma filha, Leonarda.
De seus contatos no PT Olivério Medina obteve ajuda para ganhar o status de os refugiado.
O casamento com a brasileira, ocorrido há dez anos, serviu de argumento para sensibilizar o STF a negar o pedido de extradição para a Colômbia.
Deve-se a Angela Maria, de resto, o sustento da família. Professora, ela foi empregada, em dezembro de 2006, na secretaria da Pesca da Presidência da República.
Uma repartição que, na semana passada, foi convertida por Lula em mais um ministério.
Professora, a mulher de Olivério Medina foi acomodada num projeto de alfabetização de pescadores. Recebe R$ 1.500 por mês. Abordada pelo repórter Carlos Wagner, Angela Maria mostrou-se apreensiva com a repercussão da reportagem que deu ao marido e a ela própria súbita notoriedade.
"Tenho receio de prejudicar as pessoas que me ajudaram. E também de causar mais danos a minha própria família..." "...Fui colocada em uma posição muito incômoda pela repercussão que a reportagem publicada na Colômbia teve no Brasil". "...Posso dizer que [a reportagem] causou um enorme transtorno para nós..."
"...As coisas foram colocadas de uma maneira que causam constrangimento a todos aqueles se aproximam de nós."
Angela Maria evita mencionar os nomes das pessoas que a levaram para a folha de salários da gestão Lula.
Diz apenas que recebeu o auxílio de amigos.
Na notícia do semanário Cambio, Olivério Medina é apontado como autor de vários e-mails enviados a lideranças das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
"Um dos e-mail diz: “Na segunda-feira, dia 15, a ‘Mona’ começou em seu novo emprego e, para garanti-la ou impedir que a direita em algum momento a hostilize, a colocaram na Secretaria da Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência.”
Se isso não é uma evidência, então o que será? Mona é servidora pública do Paraná. Foi transferida por solicitação de Dilma Rousseff, que assina o ofício ao governo paranaense. Quando a revista diz que o governo Lula deve, ao menos, uma explicação, diz o óbvio. Ou não?"
Alguns dos personagens citados nas mensagens atribuídas a ele trabalham na presidência.
Entre eles estão: Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula; Paulo Vanucci, secretário de Direitos Humanos; Marco Aurélio García, assessor internacional de Lula; e Selvino Heck, assessor especial.
Os passos de Olívério Medina vêm sendo monitorados pela PF há anos. Em 2001, foi impedido de discursar numa reunião do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.
Agora, soube-se que seus contatos no Brasil serão objeto de uma investigação da Abin.
Escrito por Josias de Souza às 18h00
Escrito por Josias de Souza às 18h00
02/08/2008
Casado com servidora do governo ele, Olivério Medina cultiva a discrição.
O ex-padre colombiano Olivério Medina vive num modesto apartamento de classe média baixa.
Fica na Asa Norte de Brasília, na sobreloja de um prédio comercial.
Cultor da discrição, Olivério Medina como que perdeu a invisibilidade na última quinta (31/07/2008).
Foi mencionado em reportagem de uma Revista colombiana – Cambio — que teve éco instantâneo no Brasil.
Para os companheiros de armas das Farc, Olivério Medina é "Padre Camilo". Ou "Cura Camilo".
Atribui-se a ele a condição de embaixador informal dos interesses da narcoguerrilha da Colômbia no Brasil.
Alcançado pelo repórter Robson Bonin, o contato das Farc em terras brasileiras esquivou-se de recebê-lo.
Abriu a porta do apartamento e, com o corpo parcialmente recoberto, justificou-se:
"Desculpe, mas não posso falar. Sou um refugiado neste país (???). Não dou entrevistas."
Em 2005, quando já vivia no Brasil havia 8 anos, Olivério Medina foi preso em São Paulo.
O governo colombiano solicitara sua extradição. Livrou-se de ser deportado graças às boas relações que mantém com o petismo e a um detalhe: Ele é casado com uma brasileira, a gaúcha Angela Maria Slongo. (O ministro Tarso Genro é gaúcho, lembram-se?). Com ela teve uma filha, Leonarda.
De seus contatos no PT Olivério Medina obteve ajuda para ganhar o status de os refugiado.
O casamento com a brasileira, ocorrido há dez anos, serviu de argumento para sensibilizar o STF a negar o pedido de extradição para a Colômbia.
Deve-se a Angela Maria, de resto, o sustento da família. Professora, ela foi empregada, em dezembro de 2006, na secretaria da Pesca da Presidência da República.
Uma repartição que, na semana passada, foi convertida por Lula em mais um ministério.
Professora, a mulher de Olivério Medina foi acomodada num projeto de alfabetização de pescadores. Recebe R$ 1.500 por mês. Abordada pelo repórter Carlos Wagner, Angela Maria mostrou-se apreensiva com a repercussão da reportagem que deu ao marido e a ela própria súbita notoriedade.
"Tenho receio de prejudicar as pessoas que me ajudaram. E também de causar mais danos a minha própria família..." "...Fui colocada em uma posição muito incômoda pela repercussão que a reportagem publicada na Colômbia teve no Brasil". "...Posso dizer que [a reportagem] causou um enorme transtorno para nós..."
"...As coisas foram colocadas de uma maneira que causam constrangimento a todos aqueles se aproximam de nós."
Angela Maria evita mencionar os nomes das pessoas que a levaram para a folha de salários da gestão Lula.
Diz apenas que recebeu o auxílio de amigos.
Na notícia do semanário Cambio, Olivério Medina é apontado como autor de vários e-mails enviados a lideranças das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
"Um dos e-mail diz: “Na segunda-feira, dia 15, a ‘Mona’ começou em seu novo emprego e, para garanti-la ou impedir que a direita em algum momento a hostilize, a colocaram na Secretaria da Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência.”
Se isso não é uma evidência, então o que será? Mona é servidora pública do Paraná. Foi transferida por solicitação de Dilma Rousseff, que assina o ofício ao governo paranaense. Quando a revista diz que o governo Lula deve, ao menos, uma explicação, diz o óbvio. Ou não?"
Alguns dos personagens citados nas mensagens atribuídas a ele trabalham na presidência.
Entre eles estão: Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula; Paulo Vanucci, secretário de Direitos Humanos; Marco Aurélio García, assessor internacional de Lula; e Selvino Heck, assessor especial.
Os passos de Olívério Medina vêm sendo monitorados pela PF há anos. Em 2001, foi impedido de discursar numa reunião do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.
Agora, soube-se que seus contatos no Brasil serão objeto de uma investigação da Abin.
Escrito por Josias de Souza às 18h00
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Re: PT confirma relações com as FARC
Falando às pedras
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio (editorial), 1 de agosto de 2008
Logo após a divulgação do “dossiê Brasil” na revista colombiana Cambio, confirmando tudo aquilo que há anos venho dizendo sobre a aliança PT-Farc, o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, saiu alardeando que não tem qualquer "ligação estreita" com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que o governo brasileiro "tem zero de relação com as Farc".
Não preciso contestar a dupla mentira. Já o fiz, com muita antecedência, no artigo “Simbiose obscena”, publicado em O Globo de 7 de fevereiro de 2004, no qual remetia os leitores “ao site http://www.nodo50.org/americalibre/consejo.htm para que vejam com seus próprios olhos a obscena simbiose entre a narcoguerrilha colombiana e a farsa petista que nos governa”.
“O endereço – prosseguia o artigo – é de América Libre, versão jornalística do Foro de São Paulo, fundada por (adivinhem) Frei Betto e hoje dirigida por (já adivinharam) Emir Sader. A revista prega abertamente a guerra revolucionária, a implantação do comunismo em toda a América Latina. Seu mais recente editorial proclama: ‘O 11 de setembro dos povos será, para a confraria da América Livre, um compromisso de honra. Será um encontro com os sonhos e com o desejo.’ Da primeira à última página, a coisa respinga sangue e ódio, de mistura com a velha retórica autodignificante que faz do genocídio comunista uma apoteose do amor à humanidade, condenando como fascista quem quer que veja nele algo de ruim. Na mesa do seu Conselho Editorial, quem se senta ao lado do líder das Farc, comandante Manuel Marulanda Vélez, o famigerado ‘Tiro Fijo’? Nada menos que o chefe de gabinete do sr. Lula, Gilberto Carvalho. Está lá também o deputado Greenhalg... Se isso não é promiscuidade, se isso não é cumplicidade por baixo do pano entre o nosso governo e o crime organizado, se isso não é uma tramóia muito suja, digam-me então o que é, porque minha imaginação tem limites. Estão lá ainda o dr. Leonardo Boff, o compositor Chico Buarque de Hollanda, ... e o inefável prof. Antônio Cândido...” (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/040207globo.htm).
Era o primeiro escalão inteiro da elite intelectual petista que, ao lado do próprio chefe do gabinete presidencial, conspirava ativamente com as Farc, com o MIR chileno e com outras organizações criminosas para a implantação do regime comunista no continente. Se os políticos ditos “de oposição”, os donos de jornais e canais de TV, os líderes empresariais, eclesiásticos e militares tivessem então consentido em examinar o documento que eu lhes exibia, não seria preciso, agora, uma revista colombiana lhes esfregar a verdade na cara, tarde demais para evitar a consolidação da quadrilha petista-farqueana no poder.
Na verdade, nem precisavam das minhas advertências. Em 7 de dezembro de 2001, o Foro de São Paulo, sob a presidência do sr. Luís Inácio Lula da Silva, já havia lançado um manifesto de apoio incondicional às Farc, no qual classificava como “terrorismo de Estado” as ações militares do governo colombiano contra essa organização. A mídia inteira e todas as lideranças políticas nacionais, sem exceção visível, abafaram esse fato para não prejudicar a candidatura Lula uns meses depois. Logo após o pleito de 2002, a existência de um conluio entre o presidente eleito e a esquerda radical latino-americana já se tornara ainda mais nítida pela duplicidade de línguas com que o homem falava para o público em geral, ante as câmeras, e para seus companheiros de militância comunista. Como mais tarde anotei em artigo do Jornal do Brasil (http://www.olavodecarvalho.org/semana/060413jb.html): “Enquanto a mídia local celebrava a lisura do pleito, o vencedor confessava ao Le Monde que a eleição tinha sido ‘apenas uma farsa, necessária à tomada do poder’, sendo confirmado nisso pelo sr. Marco Aurélio Garcia em declaração ao jornal argentino La Nación de 5 de outubro de 2002.” Em qualquer país decente, confissões abertas como essas suscitariam imediatamente uma tempestade de investigações e denúncias. No Brasil, foram recebidas com uma afetação de indiferença blasée por todos aqueles a quem, no fundo, elas aterrorizavam. Poucas condutas humanas se igualam, em baixeza, à covardia que começa por se camuflar de impassibilidade olímpica e, pela persistência, acaba por se transformar em cumplicidade ativa. Mas essas criaturas haviam investido tão pesado no slogan anestésico “Lula mudou”, que, para não reconhecer o erro, preferiram dobrar, triplicar e quadruplicar a aposta na mentira, até que contestá-la se tornasse, como de fato se tornou, prova de doença mental.
Graças a essa longa e pertinaz conspiração de omissões, a esquerda revolucionária teve todo o tempo e a tranqüilidade que poderia desejar para alterar o mapa do poder político brasileiro ao ponto de torná-lo irreconhecível. Quem manda no Brasil, hoje? Um bom indício é a propriedade da terra. Seis por cento do território nacional pertencem a estrangeiros, dez por cento ao MST, outros dez a “nações indígenas” já sob controle internacional informal, quinze ou vinte são controlados pelos narcotraficantes locais aliados às Farc, mais dez ou quinze estão para ser transferidos aos “quilombolas”. Na área restante, só os imensamente ricos conseguirão cumprir a exigência de “averbar reserva legal” (leiam o odioso decreto 6.514 de 22 de julho de 2008), os demais sendo obrigados a pagar multas que em breve tempo ultrapassarão o valor das suas propriedades, as quais então serão transferidas automaticamente ao governo. O que está acontecendo neste país é a mais vasta operação de confisco territorial já observado na história humana desde a coletivização da agricultura na URSS e na China – e as chamadas “elites”, sentadas sobre esse paiol de pólvora, com um sorriso amarelo na boca, só querem dar a impressão de que a paz reina, as instituições são sólidas e São Lulinha zela pelo bem de todos.
Outro indício seguro da distribuição do poder é a capacidade de mobilização das massas. Somem os partidos de esquerda, o MST, as centrais sindicais, as “pastorais de base” e porcarias semelhantes, e verão que, no instante em que quiser, a esquerda revolucionária tem condições de espalhar nas ruas não menos de cinco milhões de militantes enfurecidos, treinados para toda sorte de agitações e depredações, sem que o outro lado possa sequer reunir cinco dezenas de gatos pingados numa cerimônia religiosa. Consolidado pela omissão pusilânime de todos os que teriam o dever de impedir que ele se consolidasse, o monopólio esquerdista dos movimentos de massa marca a distância entre onipotência absoluta e impotência total e é, por si, um retrato do que o futuro reserva ao país.
Mas as organizações de esquerda têm algo mais que isso: têm, através das centrais sindicais, dos partidos e de uma rede imensurável de organizações militantes, o controle absoluto e incontestável de todos os serviços essenciais: transportes, eletricidade, água, telefonia. A um estalar de dedos, a liderança revolucionária pode paralisar o país inteiro, sem que a polícia ou mesmo as Forças Armadas tenham sequer a condição de dizer “ai”.
Mais ainda do que sua extensão descomunal, o que é notável nesse sistema de dominação é a sua integração, a sua unidade estratégica e funcional. As Farc não estão infiltradas só nos altos escalões da República: elas dominam também os “bas-fonds” da criminalidade, através de seus contatos com o PCC e o Comando Vermelho, por sua vez estreitamente articulados com o MST e organizações congêneres. De alto a baixo, a sociedade brasileira está à mercê da subversão e do crime.
Nada disso surgiu da noite para o dia. Tudo foi preparado e montado pouco a pouco, metodicamente, desde o advento da Nova República, diante dos olhos cegos e cérebros entorpecidos da liderança “direitista”, cuja preocupação predominante ou única, ao longo da construção desse engenho macabro, foi tapar as bocas dos inconvenientes que ousassem perturbar suas boas relações com o governo.
O quadro corresponde exatamente, milimetricamente, ao esquema da “revolução passiva” propugnado por Antonio Gramsci, em que só um lado age, enquanto o outro se deixa arrastar para o abismo com docilidade abjeta. Também isso expliquei antecipadamente, no meu livro de 1993, “A Nova Era e a Revolução Cultural”, que até coloquei à disposição dos leitores, gratuitamente, no meu site da internet (http://www.olavodecarvalho.org/livros/neindex.htm). Direi que foi como falar com pedras? Não sei, nunca falei com pedras. Agora sinto-me tentado a experimentar.
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio (editorial), 1 de agosto de 2008
Logo após a divulgação do “dossiê Brasil” na revista colombiana Cambio, confirmando tudo aquilo que há anos venho dizendo sobre a aliança PT-Farc, o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, saiu alardeando que não tem qualquer "ligação estreita" com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que o governo brasileiro "tem zero de relação com as Farc".
Não preciso contestar a dupla mentira. Já o fiz, com muita antecedência, no artigo “Simbiose obscena”, publicado em O Globo de 7 de fevereiro de 2004, no qual remetia os leitores “ao site http://www.nodo50.org/americalibre/consejo.htm para que vejam com seus próprios olhos a obscena simbiose entre a narcoguerrilha colombiana e a farsa petista que nos governa”.
“O endereço – prosseguia o artigo – é de América Libre, versão jornalística do Foro de São Paulo, fundada por (adivinhem) Frei Betto e hoje dirigida por (já adivinharam) Emir Sader. A revista prega abertamente a guerra revolucionária, a implantação do comunismo em toda a América Latina. Seu mais recente editorial proclama: ‘O 11 de setembro dos povos será, para a confraria da América Livre, um compromisso de honra. Será um encontro com os sonhos e com o desejo.’ Da primeira à última página, a coisa respinga sangue e ódio, de mistura com a velha retórica autodignificante que faz do genocídio comunista uma apoteose do amor à humanidade, condenando como fascista quem quer que veja nele algo de ruim. Na mesa do seu Conselho Editorial, quem se senta ao lado do líder das Farc, comandante Manuel Marulanda Vélez, o famigerado ‘Tiro Fijo’? Nada menos que o chefe de gabinete do sr. Lula, Gilberto Carvalho. Está lá também o deputado Greenhalg... Se isso não é promiscuidade, se isso não é cumplicidade por baixo do pano entre o nosso governo e o crime organizado, se isso não é uma tramóia muito suja, digam-me então o que é, porque minha imaginação tem limites. Estão lá ainda o dr. Leonardo Boff, o compositor Chico Buarque de Hollanda, ... e o inefável prof. Antônio Cândido...” (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/040207globo.htm).
Era o primeiro escalão inteiro da elite intelectual petista que, ao lado do próprio chefe do gabinete presidencial, conspirava ativamente com as Farc, com o MIR chileno e com outras organizações criminosas para a implantação do regime comunista no continente. Se os políticos ditos “de oposição”, os donos de jornais e canais de TV, os líderes empresariais, eclesiásticos e militares tivessem então consentido em examinar o documento que eu lhes exibia, não seria preciso, agora, uma revista colombiana lhes esfregar a verdade na cara, tarde demais para evitar a consolidação da quadrilha petista-farqueana no poder.
Na verdade, nem precisavam das minhas advertências. Em 7 de dezembro de 2001, o Foro de São Paulo, sob a presidência do sr. Luís Inácio Lula da Silva, já havia lançado um manifesto de apoio incondicional às Farc, no qual classificava como “terrorismo de Estado” as ações militares do governo colombiano contra essa organização. A mídia inteira e todas as lideranças políticas nacionais, sem exceção visível, abafaram esse fato para não prejudicar a candidatura Lula uns meses depois. Logo após o pleito de 2002, a existência de um conluio entre o presidente eleito e a esquerda radical latino-americana já se tornara ainda mais nítida pela duplicidade de línguas com que o homem falava para o público em geral, ante as câmeras, e para seus companheiros de militância comunista. Como mais tarde anotei em artigo do Jornal do Brasil (http://www.olavodecarvalho.org/semana/060413jb.html): “Enquanto a mídia local celebrava a lisura do pleito, o vencedor confessava ao Le Monde que a eleição tinha sido ‘apenas uma farsa, necessária à tomada do poder’, sendo confirmado nisso pelo sr. Marco Aurélio Garcia em declaração ao jornal argentino La Nación de 5 de outubro de 2002.” Em qualquer país decente, confissões abertas como essas suscitariam imediatamente uma tempestade de investigações e denúncias. No Brasil, foram recebidas com uma afetação de indiferença blasée por todos aqueles a quem, no fundo, elas aterrorizavam. Poucas condutas humanas se igualam, em baixeza, à covardia que começa por se camuflar de impassibilidade olímpica e, pela persistência, acaba por se transformar em cumplicidade ativa. Mas essas criaturas haviam investido tão pesado no slogan anestésico “Lula mudou”, que, para não reconhecer o erro, preferiram dobrar, triplicar e quadruplicar a aposta na mentira, até que contestá-la se tornasse, como de fato se tornou, prova de doença mental.
Graças a essa longa e pertinaz conspiração de omissões, a esquerda revolucionária teve todo o tempo e a tranqüilidade que poderia desejar para alterar o mapa do poder político brasileiro ao ponto de torná-lo irreconhecível. Quem manda no Brasil, hoje? Um bom indício é a propriedade da terra. Seis por cento do território nacional pertencem a estrangeiros, dez por cento ao MST, outros dez a “nações indígenas” já sob controle internacional informal, quinze ou vinte são controlados pelos narcotraficantes locais aliados às Farc, mais dez ou quinze estão para ser transferidos aos “quilombolas”. Na área restante, só os imensamente ricos conseguirão cumprir a exigência de “averbar reserva legal” (leiam o odioso decreto 6.514 de 22 de julho de 2008), os demais sendo obrigados a pagar multas que em breve tempo ultrapassarão o valor das suas propriedades, as quais então serão transferidas automaticamente ao governo. O que está acontecendo neste país é a mais vasta operação de confisco territorial já observado na história humana desde a coletivização da agricultura na URSS e na China – e as chamadas “elites”, sentadas sobre esse paiol de pólvora, com um sorriso amarelo na boca, só querem dar a impressão de que a paz reina, as instituições são sólidas e São Lulinha zela pelo bem de todos.
Outro indício seguro da distribuição do poder é a capacidade de mobilização das massas. Somem os partidos de esquerda, o MST, as centrais sindicais, as “pastorais de base” e porcarias semelhantes, e verão que, no instante em que quiser, a esquerda revolucionária tem condições de espalhar nas ruas não menos de cinco milhões de militantes enfurecidos, treinados para toda sorte de agitações e depredações, sem que o outro lado possa sequer reunir cinco dezenas de gatos pingados numa cerimônia religiosa. Consolidado pela omissão pusilânime de todos os que teriam o dever de impedir que ele se consolidasse, o monopólio esquerdista dos movimentos de massa marca a distância entre onipotência absoluta e impotência total e é, por si, um retrato do que o futuro reserva ao país.
Mas as organizações de esquerda têm algo mais que isso: têm, através das centrais sindicais, dos partidos e de uma rede imensurável de organizações militantes, o controle absoluto e incontestável de todos os serviços essenciais: transportes, eletricidade, água, telefonia. A um estalar de dedos, a liderança revolucionária pode paralisar o país inteiro, sem que a polícia ou mesmo as Forças Armadas tenham sequer a condição de dizer “ai”.
Mais ainda do que sua extensão descomunal, o que é notável nesse sistema de dominação é a sua integração, a sua unidade estratégica e funcional. As Farc não estão infiltradas só nos altos escalões da República: elas dominam também os “bas-fonds” da criminalidade, através de seus contatos com o PCC e o Comando Vermelho, por sua vez estreitamente articulados com o MST e organizações congêneres. De alto a baixo, a sociedade brasileira está à mercê da subversão e do crime.
Nada disso surgiu da noite para o dia. Tudo foi preparado e montado pouco a pouco, metodicamente, desde o advento da Nova República, diante dos olhos cegos e cérebros entorpecidos da liderança “direitista”, cuja preocupação predominante ou única, ao longo da construção desse engenho macabro, foi tapar as bocas dos inconvenientes que ousassem perturbar suas boas relações com o governo.
O quadro corresponde exatamente, milimetricamente, ao esquema da “revolução passiva” propugnado por Antonio Gramsci, em que só um lado age, enquanto o outro se deixa arrastar para o abismo com docilidade abjeta. Também isso expliquei antecipadamente, no meu livro de 1993, “A Nova Era e a Revolução Cultural”, que até coloquei à disposição dos leitores, gratuitamente, no meu site da internet (http://www.olavodecarvalho.org/livros/neindex.htm). Direi que foi como falar com pedras? Não sei, nunca falei com pedras. Agora sinto-me tentado a experimentar.
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Re: PT confirma relações com as FARC
Consultada pela Agência EFE, a assessoria da imprensa da Presidência da República do Brasil disse que desconhecia o conteúdo da matéria da "Cambio".
E "desconhecerá" tudo a respeito. Óbvio. Como o povo que AINDA APÓIA LULA, ou é ignorante ou está de acordo com o "companherismo" entre bandidos ideológicos, vai ficar tudo na mesma...
[PETRALHA CÍNICO E MAU CARÁTER] PODEM ESPERNEAR!!!!




Re: PT confirma relações com as FARC
Agora que é só questão de semanas para que as FARC sejam totalmente dizimadas, não seria o caso de ver se o URIBE não nos quebra um galho e acaba com a petralhada?
TULIO
WE ARE ALL MONKEYS
