Iniciarei o argumento com uma historia besta (mas o argumento e serio)
Era uma vez uma loteria, a maior loteria do universo e num belo dia ensolarado
no planeta XxTroXz seria sorteado o maior premio ja visto.
4.000.000 de trilhoes de quintilhoes de seres de toda a galaxia apostaram no premio
e a loteria era organizada de uma tal forma que haveria um e apenas um ganhador
e total impossibilidade de erros e falcatruas.
O felizardo foi um certo mtzschsarhh#1@ de um planetinha de 5a categoria localizado
na periferia da galaxia IC 1101.
A bufunfa era tanta que mtzschsarhh#1@ pode comprar todos os planetas do aglomerado
de galaxias de Hercules, aluga-los por uma imobiliaria Vogon e viver de renda o resto do
seus 98659065756 anos de vida.
Estatisticamente qual era a probabilidade de mtzschsarhh#1@ ganhar o premio?
Infima, mas certamente a mesma probabilidade de todos os outros apostadores e alguem
teria que ganhar de qualquer forma e ocorre que este alguem foi mtzschsarhh#1@.
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Num dado momento a vida surgiu no terceiro planeta de uma estrela comum em uma galaxia
mais comum ainda em algum canto do universo. Diante de todas as sequenciasde eventos e causa
efeito que poderiam ter acontecido e criado uma não-vida em lugar da vida, eis que a dita surge,
e justo da forma como nos conhecemos. Qual era a probabilidade que dentre todos aqueles eventos
ocorresse um que tornasse possivel a vida? Infima, mas algum resultado haveria de acontecer
e calhou de ser este, que tornou possivel que este forista teclasse estas coisas, caso contrario
nao haveria nem Fenrir, nem RV e sim outra coisa qualquer que nao posso conceber.
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Seria tao idiota atribuir o premio de mtzschsarhh#1@ a benevolencia de uma entidade qualquer
quanto é idiota atribuir o surgimento da vida a um designer. A estatistica, nao importa o quao
baixa seja é para nós neutra, fria, caga e anda para que a humanidade pensa sobre associar
probabilidades pequenas a eventos grandiosos e designers antropomorficos.
Fenrir, seu imbecil, este exemplo e ridiculo porque foi contruido em cima de uma historia
idiota e irreal que jamais ocorreria de fato. Sim, a estoria e idiota, mas a estatistica nao,
poderia eu ter usado um exemplo real e daria na mesma.
Se nao consegue enxergar a logica por tras da historia, o problema é seu, nao meu.
Argumento contra o DI
Argumento contra o DI
Editado pela última vez por Fenrir em 14 Ago 2008, 21:58, em um total de 1 vez.
"Man is the measure of all gods"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)
"The things are what they are and are not what they are not"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)
"As mentes mentem"
(Fenrir, o mentiroso)
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)
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(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)
"As mentes mentem"
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- Fernando Silva
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Re: Argumento contra o DI
A possibilidade de uma determinada sequência de números ser sorteada na loteria é ínfima, mas não é zero, portanto é possível. É a mesma possibilidade que tinha o número que foi sorteado.
O problema com estatísticas aplicadas ao surgimento da vida é que os crentes calculam como se fossem várias tentativas sucessivas até dar certo de repente.
Na verdade, a coisa funciona mais como o jogo da forca: a cada letra que se acerta, há menos lacunas para se preencher. Os acertos são mantidos, facilitando os próximos acertos.
Não é como se, diante de 8 espaços a preencher, a gente tivesse que ficar imaginando palavras completas de 8 letras até acertar. E só tivesse, digamos, 5 chances.
As chances de que um livro surja da explosão de uma gráfica são mínimas, já que as propriedades da matéria não levam a isto, mas há grandes chances de que levem a um universo como o nosso.
Se jogarmos um monte de objetos para cima, qual a chance de todos caírem? Muito grande, já que a força da gravidade leva a isto. Estranho seria se flutuassem ou saíssem voando em todas as direções.
O universo é assim porque há várias propriedades da matéria que o levam a ser assim.
E por que ele é assim? Não sei. Ponto final. Não vou inventar um deus para preencher as lacunas no meu conhecimento, muito menos definir como é este deus e quais são seus mandamentos e punições.
O problema com estatísticas aplicadas ao surgimento da vida é que os crentes calculam como se fossem várias tentativas sucessivas até dar certo de repente.
Na verdade, a coisa funciona mais como o jogo da forca: a cada letra que se acerta, há menos lacunas para se preencher. Os acertos são mantidos, facilitando os próximos acertos.
Não é como se, diante de 8 espaços a preencher, a gente tivesse que ficar imaginando palavras completas de 8 letras até acertar. E só tivesse, digamos, 5 chances.
As chances de que um livro surja da explosão de uma gráfica são mínimas, já que as propriedades da matéria não levam a isto, mas há grandes chances de que levem a um universo como o nosso.
Se jogarmos um monte de objetos para cima, qual a chance de todos caírem? Muito grande, já que a força da gravidade leva a isto. Estranho seria se flutuassem ou saíssem voando em todas as direções.
O universo é assim porque há várias propriedades da matéria que o levam a ser assim.
E por que ele é assim? Não sei. Ponto final. Não vou inventar um deus para preencher as lacunas no meu conhecimento, muito menos definir como é este deus e quais são seus mandamentos e punições.
Re: Argumento contra o DI
Isso é um contra-argumento ao argumento de que a evolução é improvável e, por isso, não deve ter ocorrido.
Não é então um argumento contra a DI em si.
Se formos falar sobre "possibilidades", quase tudo é possível, inclusive o DI é uma possibilidade e a teoria da evolução é outra. Entre as possibilidade gostamos de escolher as mais prováveis, ou ao menos, as que nos "parecem" mais prováveis, mas isso já é outra história.
Não é então um argumento contra a DI em si.
Se formos falar sobre "possibilidades", quase tudo é possível, inclusive o DI é uma possibilidade e a teoria da evolução é outra. Entre as possibilidade gostamos de escolher as mais prováveis, ou ao menos, as que nos "parecem" mais prováveis, mas isso já é outra história.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".