Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Segundo uma teoria em voga (acho que o Sam Harris foi o primeiro a divulgar) a moderação religiosa é a porta de entrada do fanatismo.
Blablablabla... vamos ao que interessa.
Se isto é verdade, então não há saída. O religioso moderado, decente ao ponto de manter a crença para si mesmo... que não diaboliza ninguém, etc, é culpado pelo fanatismo do mundo. Reduzindo a questão ao absurdo:
Um certo Cristão moderado e decente da Suazilandia tem parte da culpa pela existência de fanáticos como Michael Phelps.
Eu fiz uma pergunta destas numa discução no site do Richard Dawkins. Perguntei se há alguma hipotese de uma pessoa ser religiosa sem ser culpada de nada? Um lá disse que não. Depois sugeri que alguém deve ter problemas de bebida. Ainda não responderam.
Onde termina a moderação e começa o fanatismo? É um linha tênue...
Levar um bebê à missa, mesmo com frio e sono, porque é assim na cultura daquela sociedade, é moderação ou fanatismo? Acontece que uma coisa precede ou sucede a outra: afinal, por que diabos um bebezinho precisa ser batizado ou circuncisado?
Mas a pergunta inicial é: você está lá trabalhando, amando, brincando, comendo, enfrentando, desistindo, trocando, aprendendo, sofrendo e vivendo todos os momentos que a vida demanda e/ou propicia. ok
Onde diabos entra a necessidade de religião aqui? Prá quê????
Se está com alguma coisa lhe perturbando, é bom cair a ficha que coisas perturbam o ser humano desde sempre. Faça o que for prático fazer, dentro das suas possibilidades e o resto acontecerá como tiver que ser. Chore, ria ou se mate se der ou não certo ( dentro das suas expectativas).
Ninguém vai passar por aqui sendo "protegido" mediante manipulação metafísica. O ser humano sofre de alguma disfunção que o deixa vulnerável demais e respostas prontas e soluções vindas do além todo-poderoso. Precisam eternamente do chicote pendurado atrás da porta, só assim se sentem "amados" e "protegidos". Mas alguns ainda se auto-proclamam "libertos". Estão mais presos do que imaginam...
Levar um bebê à missa, mesmo com frio e sono, porque é assim na cultura daquela sociedade, é moderação ou fanatismo?
hã??? Suponho que para o bébé seja igual a ser levado para a creche numa manhã fria de inverno...
Miguel, não se irrite por pouco. Citei a missa, mas me refiro à coisas desnecessárias. É diferente de ir a uma consulta médica ou para a creche, quando no há quem fique com o bebê. Mas estou falando da consciência dos pais em querer levar a criança para alguma coisa que seja imposição cultural, sem propósito algum que vá melhorar a vida da criança e ainda trazer compromissos futuros, como a confissão a um padre tarado, POR EXEMPLO.
Quanto ao resto... já mostra a sua resposta. Obrigado Zencen...
mig.... escreveu:Segundo uma teoria em voga (acho que o Sam Harris foi o primeiro a divulgar) a moderação religiosa é a porta de entrada do fanatismo.
Poderia conceder mais informações sobre tal teoria?
Ela realmente não parece fazer muito sentido, dessa maneira como está sendo proposta. Se a moderação religiosa é fatalmente a porta de entrada para o fanatismo, não teríamos comunidades inteiras de pessoas seguindo tradições religiosas por diversas gerações, sem nunca ter cruzado a linha em direção ao fanatismo. Também existem muitos novos convertidos em igrejas neopentecostais que se tornam fanáticos sem nunca terem sido religiosos, assim como muitas pessoas convertidas ao islamismo que abraçam os seus costumes controversos sem nunca ter sido algo semelhante a um "muçulmano moderado", se existir tal coisa.
Acredito que certos religiosos moderados de determinados grupos podem ter uma certa tendência a seguir o fundamentalismo, como os católicos carismáticos, mas cada caso seria um caso, sem uma generalização apressada.
"Temos uma coisa muito mais extraordinária: não só se consegue que uma mesa se mova magnetizando-a, como também que fale. Interrogada, ela responde."