Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
“USDIREITO” DAQUELES QUE INVADEM MORROS E MARGENS (parte I)
Revisitei a história do Brasil para tentar saber por que um cidadão invade uma área ilegal, constrói uma casa em beira de rios, córregos e morros e, diante da primeira tragédia, ele se acha no direito de reivindicar providências urgentes do governo, no sentido de solucionar o problema dele. Concluí que, enquanto o Brasil estiver dormindo no berço esplêndido da hipocrisia, da demagogia e do populismo, o futuro da nação estará, fatalmente, condenado à perpetuação da miséria. À medida em que se alimenta e se fortalece a relação simbiótica entre esse tipo espúrio de política pública X povo demente e dependente, através da indústria do “pobrismo” (termo de Reinaldo Azevedo que já expliquei aqui) cada vez mais moderna, equipada e pujante, o Brasil será sempre um país grande, mas jamais um grande país. (Obs: 1)O texto é longo, mas necessário. 2)Quando digo “povo”, refiro-me à grande maioria e quando digo política sórdida e imunda, deixo aqui ressalvadas as raríssimas exceções, se houver.3) Quem me conhece sabe que hipocrisia não é meu forte. Nunca foi. Aliás, peco sempre pelo excesso de sinceridade. Por conta disso já coleciono alguns desafetos, mas muitos admiradores também. A vida é assim. Ninguém agrada a todos, exceto o Lulla, é claro. Então, quem tiver apreço pela realidade, disposição e estômago forte, siga em frente e, boa viagem.)
O POVO NÃO PIAVA
Essa cultura de esperar que tudo venha do governo é tão velha que já virou doença crônica. Os laços entre o governo e o povo foram se estreitando de forma sutil, mas constante, desde a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel em maio de 1888, quando, dizem os historiadores, os escravos tornaram-se livres, mas foram jogados à própria sorte. Um ano e alguns meses depois, mais precisamente em 15 de novembro de 1889, instaurou-se o regime republicano, pondo fim à monarquia vigente até então. De um golpe de estado (Golpe I), gestado pelo marechal Deodoro da Fonseca, nossa República já nasceu com mau presságio. A primeira Constituição Republicana instituiu o presidencialismo, o voto aberto e universal, deixando o povo do lado de fora (foram excluídos mulheres, analfabetos que eram os mendigos e ex-escravos e militares de baixa patente). Com o voto restrito aos homens, brancos e ricos, o sistema garantia os interesses das elites agrárias do país que deu origem à política café com leite, cujos presidentes saiam da elite mineira e paulista, e o povo não piava. Fortemente inspirada na Carta Magna dos EUA, os governadores de estado tinham muito poder e o monstro denominado “é dando que se recebe” começou a mostrar os tentáculos. Presidentes apoiavam os candidatos a governadores e vice-versa. Paralelamente, no interior do país surge um outro monstro, não menos nocivo do que o anterior, denominado “coronelismo”. O coronel era um fazendeiro que utilizada seu poder econômico para garantir a eleição daqueles aos quais apoiava. Como o voto era aberto, era moleza garantir um curral eleitoral, ainda que fosse a base da violência. Para conseguir seus objetivos políticos, muitos coronéis utilizavam também outros métodos, nada republicanos, como compra de votos, votos fantasma, e apostava seu curral eleitoral no mercado do alto poder em troca de favores e privilégios. O povo, baixava a cabeça. (Só abri esse parágrafo para mostrar que esse tipo de jogo sórdido e imundo é tão persistente e tão atual que já se tornou um clássico da política nacional). Mas, continuemos, porque vale a pena...
UM LULLA DE BOMBACHAS
O sistema político era feito sob medida para manter no poder as elites cafeeiras de então. Em 1930, no combinado café-com-leite, era a vez de Minas assumir o poder, mas o partido do presidente de plantão, Washington Luis indicou, de novo, um paulista (Julio Prestes) à sucessão. O outro lado, descontente, aliou-se aos políticos da Paraíba e Rio Grande do Sul e lançam Getúlio Vargas com a promessa de voto secreto, anistia política e a criação de uma legislação trabalhista. Julio Prestes venceu a eleição (fraudada por todos os lados, dizem), mas não levou. A queda da Bolsa de NY, cafeicultores falidos, indústrias fechando, povo faminto e desempregado, mais o assassinato de João Pessoa (considerado um crime comum, ou seja, não político, daqueles tão comuns quanto o do prefeito Celso Daniel e outros), e uma revolução que já rolava no país, formataram o cenário perfeito para o Lulla de bombachas amarrar seu cavalo no obelisco do Rio de Janeiro e apear Washington Luis da cadeira. O Golpe II colocou um The End na oligarquia cafeeira.
GOVERNO PROVISÓRIO (SEI!)
Getúlio assumiu em caráter provisório, com amplos poderes. Marcos Valério e os 40 mensaleiros ainda não haviam nascido e ninguém havia inventado ainda o método, moderno e eficaz, do “mensalão”, através do qual o Poder Executivo compra o Legislativo. Sem a opção do “mensalão”, Vargas foi prático: aboliu todas as instituições legislativas (do Congresso Nacional até as Câmaras Municipais) e retirou do cargo os governadores de estado e nomeou interventores para substituí-los. Criou Ministérios, entre eles o do Trabalho e as primeiras leis trabalhistas.
marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.
“USDIREITO” DAQUELES QUE INVADEM MORROS E MARGENS (parte II)
PATRIOTISMO X PATETISMO
O que era governo provisório (sei!), foi permanecendo e a política centralizadora do Lulla de bombachas desagrada as oligarquias estaduais e São Paulo que já era o estado economicamente mais importante do país e, naquela época, tinha um povo com noção de patriotismo (e não patetismo como hoje se vê), inicia uma revolta reivindicando o fim do governo provisório com a realização de novas eleições. Pressionado, o Lulla de bombachas prepara um “cala-boca” para o povo: reconhece oficialmente os sindicados dos operários, legaliza o Partido Comunista e apóia um aumento no salário dos trabalhadores. As medidas irritam ainda mais os paulistas e, em julho de 1932 explode, em São Paulo, uma revolta contra o presidente Vargas, denominada Revolução Constitucionalista de 1932. Em maio daquele ano, durante um comício reivindicando a nova Constituição prometida na campanha de Vargas, quatro estudantes foram assassinados: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo (MMDC). Em julho as tropas rebeldes se espalham pela cidade e a imprensa paulista (ao contrário desta aparelhada, vendida e covarde como a grande maioria que existe hoje) defende a causa. Soldados partem para a luta, mas as tropas federais eram mais numerosas e bem equipadas. Outros estados engajados foram se compondo com Getúlio (que colou, no movimento, a tarja de separatista, igual o Lulla colou, no Alckmin, a tarja de privativista) e estes, caíram na arapuca e deixaram São Paulo na mão. Três meses e quase 1000 mortes depois, São Paulo se rende. A Revolução de 32 foi o maior confronto militar, no Brasil, no século XX. O maior estado do Brasil perdeu a batalha mas não a guerra. Em 1934, uma assembléia eleita pelo povo, elabora e promulga a nova Carta Magna do Brasil, ampliando os direitos políticos da população, estabelecendo o voto secreto e eleições diretas para todos os níveis. Outra mudança fundamental foi o direito de voto concedido às mulheres.
SEMPRE A LUTA EM DEFESA DO POBRISMO
Em 1935 surge a ANL – Aliança Nacional Renovadora, liderada pelo comunista Luis Carlos Prestes e composta por comunistas, católicos e liberais para combater o governo Vargas em defesa dos interesses das classes populares, contra o imperialismo e o latifúndio. (Gente! Você sabia que esse filme “A Defesas das Classes Populares”, era tão antigo? Eu já perdi a conta de quantos foram, mas acho que já virou seriado). Vargas, ameaçado, reprime os comunistas. Em 1937, o clima golpista volta a se acender e, em 10 de novembro, Vargas dá o Golpe III, apresenta uma nova Constituição e dá início ao Estado Novo. O Lulla de bombachas tal qual um Marco Aurélio Top-top Garcia e trupe de agora, via a democracia como obstáculo ao exercício do poder e não como condição básica para o desenvolvimento do país.
VOCÊ JÁ VIU ESSE FILME?
Note que não foi o Lulla que reinaugurou o “Brasil sob Nova Direção”, aliás, diga-se, nem isso elle fez de novo. Na era Vargas, a propaganda política do Estado Novo foi muito utilizada. Ainda não havia TV e todo esse aparato do “markaatinga político”, mas propagava-se a criação de um “homem novo” para uma “Nação Nova” através do todo poderoso DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda que, além de cuidar da total censura das opiniões contrárias, produzia seu próprio material de propaganda como cartazes, fotos, etc. Tudo o que o povo via e ouvia eram só elogios ao ditador. Getúlio era “o cara” daquela época. O produto vendido era o ditador oligárquico na embalagem do “Pai dos Pobres”. O pobrismo comprou fácil. Getúlio governou por 15 anos, mas com o fim da segunda guerra, o mundo estava traumatizado com ditadores graças ao Adolf Hitler que era o Almadealejad da época, só que sem bomba atômica. Pressionado o Lulla de bombacha toma algumas medidas populares, entre elas, anistia geral aos condenados por crimes políticos e a abertura da imprensa. Uma entrevista publicada no jornal Correio da Manhã, concedida por José Américo de Almeida a Carlos Lacerda, simboliza o enfraquecimento do regime. É por isso que Lulla e seu PT vem, sistematicamente, tentando acabar com a imprensa livre e independente, desde que chegaram ao poder. Ditadores e populistas não resistem aos fatos.
UMA SUCESSÃO DE GOLPES
De Getúlio para frente nossa democracia foi patinando, tropeçando, caindo e levantando, alternada por diversos golpes, mas sempre e infalivelmente em prol da luta da classe pobre e trabalhadora. Note que os nossos políticos se acotovelam desde 1889, sempre em nome da luta em defesa dos menos favorecidos e de um país mais justo.
Todo o contexto dessa nefasta história política do Brasil levou o cidadão e enxergar os fatos políticos através de um binóculo desfocado. O cidadão foi amestrado para se contentar com migalhas, com esmolas, e levado a pensar que a política é um processo distante, complicado e que não faz parte do seu mundo real. São eles lá e nós aqui. Cada qual no seu quadrado. O povo não se choca com imagens de políticos enchendo meias, cuecas, bolsas, bolsos e malas de dinheiro, porque ele não tem a mínima consciência de que aquele dinheiro desviado é seu e é seu porque o dinheiro desviado vem dos mais quatro meses de trabalho a cada ano, que cada cidadão brasileiro é obrigado a pagar a título de impostos. A educação nunca teve seu dia de glória na história da república e nunca mereceu atenção e respeito de nenhum governante, porque um povo educado entende esse processo e sabe cobrar seus reais direitos. Sem a devida educação política, o povo acaba cobrando e protestando por direitos que, de fato, ele não tem. O coronelismo continua firme e forte e o eleitor, até hoje, não sabe o que fazer com o seu voto: uns vendem, outros trocam por cesta-básica ou material escolar de 5ª categoria, tem aqueles que votam no sujeito que promete um emprego para o filho, tem outros que votam no primeiro nome que lhe vem à cabeça quando ele está diante da maquininha. São raros aqueles que encaram o voto como um direito do cidadão e não como uma obrigação enfadonha que ele tem de cumprir a cada dois anos. Com grande parte do dinheiro público que deveria retornar ao cidadão em forma de benefícios como saúde, educação, segurança, saneamento básico, estradas, transportes, é desviado para cuecas e meias e outros tipos de acessórios, o governo não tem peito nem moral para fazer com que o cidadão cumpra a lei. Se engana quem pensa que atualmente o Brasil vive uma democracia plena. Com a invenção e revelação do método do “mensalão” para a aquisição dos Legislativos em geral, em prestações mensais ou parcelas pontuais, o regime que ora se sustenta nada mais é do que um regime ditatorial disfarçado. Os deputados e senadores se vendem e são bem pagos para dizer sim a tudo o que o governante da hora quer e pretende fazer.
marta
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“USDIREITO” DAQUELES QUE INVADEM MORROS E MARGENS (parte III)
HIPOCRISIA E DEMAGOGIA
Toda essa introdução foi para mostrar que vivemos num país de faz de conta, de fingimento: - No palco: O presidente finge que governa em conjunto com o Congresso e o Congresso finge que discute os projetos focados no interesse da população. Na coxia: o mensalão e o troca-troca corre solto. - No palco: Os sindicatos fingem que defendem o direito do trabalhadores e as empresas fingem que negociam. Na coxia, os sindicatos recebem uma verdadeira fortuna em repasses do governo e decretou o Lulla, que eles não são obrigados a prestar contas a ninguém. -No palco o MST finge que quer terra para assentar o pequeno agricultor e o governo finge que desapropria e assenta. Na coxia: milhões de dinheiro público vão para os cofres de Ongs ligadas ao MST, que se tornou uma industria criminosa de desapropriações e que faz terrorismos às nossas custas. Sim cidadão! Somos você, eu, nós, quem financiamos o terrorismo do MST. -No palco o governo finge que inaugura, constrói, melhora a vida das pessoas e que utiliza bem o dinheiro público. Na coxia: o povo arca com mais de quatro meses do seu suado trabalho para bancar a farra e ainda tem de pagar escola particular, plano de saúde, serviço de segurança privada, tudo isso se ele quiser ter um serviço com o mínimo de qualidade, ou seja, com os outros 8 meses de salário temos que pagar tudo de novo o que o governo seria obrigado pela Constituição a nos fornecer, NÃO DE GRAÇA, mas com os recursos pagos por nós mesmo. (Já notaram que quando o Lulla promete dar alguma coisa, parece que ele está dando do dinheiro da conta particular delle?!). - O Lulla finge que é democrático, mas vem se alinhando, cada dia mais, com ditadores da pior espécie que emergiram nesse novo milênio, entre os todos mundialmente famosos, Hugo Chavez (o presidente virtual do Brasil. É ele quem dá as cartas aqui dentro. Não sei se você já percebeu isso...) e a mais nova amizade de infância, o Almadealejad ou companhêro Manute, que chega para contrariar e afrontar todo o histórico diplomático nacional de imparcialidade e paz, prometendo conseqüências bastante graves para o nosso país que, com Lulla ou sem Lulla, com bichinha-palanqueira ou Serra, acabarão estourando no colo do povo. Eis aqui, alguns poucos exemplos. Para citar todos, precisaria de um livro, no mínimo, mas vamos combinar, gente: GOVERNOS NÃO DÃO NADA PARA NINGUÉM. ELES APENAS ADMINISTRAM O NOSSO DINHEIRO E TEM COMO OBRIGAÇÃO ADMINISTRÁ-LO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO NACIONAL E, SOBRETUDO, COM RESPEITO E DECORO PARA NOS DEVOLVER ESSE DINHEIRO EM BENEFÍCIOS.
marta
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“USDIREITO” DAQUELES QUE INVADEM MORROS E MARGENS (parte IV)
A MÁQUINA DA HIPOCRISIA E DA DEMAGOGIA
Se o governo tivesse moral para fazer cumprir a lei, quando um cidadão levantasse sua casinha à margem do rio, na sequência chegaria um fiscal da prefeitura local para informar que ele não poderia construir ali e daria um prazo de 48 horas para ele abandonar o local e deixá-lo como o encontrou. Caso isso não ocorresse, no prazo combinado, viria um trator da prefeitura para derrubar a construção irregular. Se cada qual cumprisse a lei, esse cidadão sairia dali e iria procurar um outro lote para construir sua casa, nem que fosse com prestações a pagar até a próxima encarnação, e resolveria seu problema de forma definitiva, investindo dinheiro bom em terreno legalizado. Mas quando o governo finge que cumpre a lei, o cidadão injustiçado acha que pode se apoderar de áreas públicas. Aí, o desfecho do caso é diferente. Nem bem o fiscal vira as costas, ao invés de deixar o imóvel, o cidadão liga, do seu celular, para a imprensa. No prazo estipulado, o trator chega ao local e se depara com mais de 15 emissoras de TV com suas câmeras carregadas e apontadas para ele. Os repórteres chamam atenção do espectador para a crueldade e injustiça social que está prestes a acontecer com aquela pobre família, vítima da injustiça e desigualdade. A mãe, grávida (a Globo, principalmente, adooooora uma grávida. A tragédia pode produzir centenas de vítimas, mas na hora da entrevista, eles encontram uma grávida, como se isso fosse salvo-conduto para ferir a lei) e com uma criança no colo e mais umas quatro ou cinco na barra do vestido, chora ( sem derramar lágrimas. Prestem atenção como o pobrismo tem a manha de chorar sem produzir uma lágrima, sequer); daí, corta para a criança sentada no degrau, com o nariz escorrendo, comendo uma bolacha água e sal.O trator, envergonhado, faz meia volta; as TVs voltam para editar as imagens e alavancar o Ibope, o cidadão, vitorioso, troca de roupa, vai ao banco sacar o bolsa-família, passa em uma casa de material de construção e compra tijolo, cimento e areia para levantar mais dois cômodos sobre a laje da residência. Ao lado dessa casa, surgem mais algumas dezenas de outras. Um belo dia cai um toró daqueles como não se via em 63 anos. Todo o esgoto e o lixo que o tal cidadão despejou no rio durante anos e anos, voltam e invadem a casa. A água vai subindo até alcançar a marca de dois metros. A família se desespera e chama a imprensa. Os repórteres, com galochas, vão conferir os prejuízos. A geladeira novinha, comprada com a redução do IPI do Lulla, está repleta de lama; o cartão do bolsa-família está perdido em meio ao lamaçal; a imagem do Lulla ao lado da qual a família acendia velas e rezava todas as noites antes de dormir, está aos cacos sob os escombros; a bandeira vermelha do PT que tinha no armário não serve nem para pano de chão; a foto da bichinha-palanqueira, ainda sem moldura, foi engolida pelo rio. A família perdeu tudo o que tinha. Uma pena mesmo! A vizinhança se revolta e promove um protesto. Vão queimar pneus na estrada mais próxima e bloquear o direito de ir e vir dos cidadãos que não tem nada a ver com isso. Em seguida vão para a frente da prefeitura local fazer um panelaço e exigir seus direitos. Que direitos, pergunto eu? O direito de afrontar a lei e construir casas aonde não pode? Quem constrói em área ilegal ou de risco tem de assumir o risco que está correndo. Um dia, furtaram-me uma Saveiro. O carro não possuía seguro. Perdi o carro e tive de amargar o prejuízo. Era um carro que eu usava para trabalhar, mas nem pensei em queimar pneus na rodovia para exigir que o governo me desse outro carro. Eu sabia perfeitamente, o risco que estava correndo ao não colocar o veículo no seguro. Agora, por que o cidadão que constrói em terreno que não lhe pertence, acha que não corre risco algum?! Outro exemplo: Minha família tinha um terreno de 20 mil metros quadrados na área de proteção a mananciais próximo da represa do Riacho Grande em São Bernardo. Um estudo encomendado dizia que aquela área só poderia ser desmembrada em sete lotes, nos quais poderia ser construída apenas uma residência com fossa séptica. Essa era a lei. Em função das restrições legais, a área não possuía muito valor comercial. Um dia apareceu um sujeito fazendo uma proposta para a compra da área. A proposta era boa e um pouquinho acima do valor de mercado. Topamos vendê-la e o negócio foi fechado. Tempos depois soubemos que aquele sujeito havia bolado um verdadeiro negócio-da-china. O espertalhão descobriu um jeitinho de vender a área em pequenos lotes e passar a escritura para mais de 350 co-proprietários que, ali levantaram suas casas. Soubemos disso por meio de uma reportagem em que a grávida (não a mesma da enchente; era outra), com criança no colo, estava revoltada porque seus filhos estavam todos infectados por beberem aquela água contaminada da represa. Ela estava muito revoltada e falava como se o problema não fosse dela e nem causado por ela. Na cabeça dela, eram os outros 349 vizinhos que despejavam esgoto na represa e contaminavam a água que toda São Bernardo bebe, inclusive o presidente quando lá está. Se não bebe, toma banho, pelo menos. Pedia providências urgentes do poder público. O episódio do trator já havia sido filmado naquele local tão logo as casas começaram a ser erguidas e com o mesmo demagogo, hipócrita e trágico fim. Que providências será que a cidadã em questão gostaria que o prefeito de então tomasse? A única saída que me passou pela cabeça diante da situação, era canalizar o esgoto de todas as 350 casas para um caminhão pipa e transportar, diariamente, todo o xixi e o cocô para a estação de tratamento mais próxima. Esse é um outro problema do pobrismo. Eles dão a descarga e não querem nem saber para onde vai o seu cocô. Outro problema da comunidade é que eles não tem consciência de que toda aquela dinheirama das meias, cuecas, malas e bolsas (que não é só do DEM como querem que a gente acredite, mas também das cuecas de vários partidos, entre eles o PT), é seu e que se bem aplicado fosse, poderia ser revertido também em saneamento básico. Apenas 50% da população do Brasil, conta com serviço de saneamento básico. Os outros 50% despejam seu cocô nos rios, córregos e represas ou em qualquer outro local.
marta
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“USDIREITO” DAQUELES QUE INVADEM MORROS E MARGENS (parte V)
PAC – PROGRAMA DE ALAVANCAR CANDIDATA
A moda da estação é sair protestando e exigir casas do PAC. Eles querem casas do PAC. Só o que se ouve é PAC pra lá, PAC pra cá. Interessei-me em saber quando, como e quantas casas e apartamentos o tal PAC entregou e, até o fechamento dessa edição, para minha surpresa, descobri que o PAC não passa de Programa de Alavancar Candidata ou Papo-Aranha de Campanha. (Obs: colocarei a fonte em todas elas para que o leitor mesmo possa conferir): - Em 10/12/2009 foi entregue o primeiro bloco do conjunto residencial para os moradores das margens do Rio Anil no Maranhão. Foram 288 apartamentos e um custo de R$ 9 milhões. Ficou na promessa a construção de 2.720 unidades a um custo de R$ 263 milhões. (Se eu fiz a conta certa, o custo por unidade será o de R$ 96.691. E você contribuinte, que é quem banca? Você acha razoável esse custo para um apartamento do PAC?) Fonte: http://www.cidades.gov.br/noticias/201c ... -maranhao/ - Em Alagoas, na Vila São Pedro, periferia de Maceió, foram entregues, em agosto de 2009, 36 unidades das 324 prometidas.Em um apartamento desses, alugado, a polícia estourou uma boca-de-fumo. Como?! Alugado?! Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question/in ... 751AAj932j - No Pará foram entregues 176 casas, em parceria com a COHAB para atender as famílias que viviam às margens do igarapé Pitimandeua. As residências possuem 39 m², com 2 dormitórios, sala, cozinha e banheiro. A promessa são mais de 3 mil casas. Fonte: http://www.cohab.pa.gov.br/?q=node/286 - Em abril de 2008, foi inaugurada a primeira casa decorada para exposição, do Condomínio Itaóca, no acesso ao Complexo do Alemão, no RJ. A promessa era a de 277 casas. Procurei a entrega da obra e não consegui encontrar. Se alguém tiver notícia, mantenha-me atualizada. Fonte: http://odia.terra.com.br/rio/htm/esta_p ... 164679.asp - No mesmo local acima descrito, o que realmente foi entregue, foram 3 blocos com 96 apartamentos do PAC, com a promessa de mais 192. Disse o governador Cabral, na oportunidade, que as desapropriações do PAC em favelas chegam a 4 mil. Ele só não explicou 4 mil o quê. Disse também que em novembro (passado) seriam inauguradas mais 192 residências. Também não encontrei essa inauguração. (Acho que o Google está de sacanagem com o PAC. Não é possível!) Fonte: extra.globo.com/.../cabral-inaugura-apartamentos-duplex-do-pac-no-complexo-do-alemao-767346000.asp Vale notar que todas as “inaugurações” até agora, se deram em estados e cidades dos camaradas companheiros. Outro erro de quem pretende imortalizar-se como o estadista do milênio.
NÃO SOU EU QUEM ESTÁ DIZENDO
Estou deixando isso claro, pois dizem por aí que eu tenho uma certa implicância com o Lulla e o petismo, ainda que forma reconhecidamente discreta, como todos aqui já puderam perceber (Está rindo, por que?!). Confesso que não sou chegada a engodos, especialmente quando se trata de política e políticos, e o PT se revelou o maior engodo como nuncaantesnahist... ao trair seu slogan assim que chegou ao poder. O PT cresceu e apareceu com o slogan da moralidade e da ética na política. Fazia o maior banzé quando algum político era pego com a boca na botija. Fazem ainda. Aquela turminha de “contestadores” que fica atrás das câmeras, com cartazes e faixas contra o governador Arruda do Distrito Federal, estava aonde quando estourou o mensalão do PT? Por que e em que o mensalão do DEM é diferente do mensalão do PT? Por que não jogaram esterco em frente ao Planalto ou ao Congresso? Eu gostei de ver o Arruda na cadeia, mas gostaria de ver também os 40 mensaleiros do PT. Com as enchentes é a mesma coisa. Enchente só é tragédia nas cidades governadas pelos inimigos. Naquelas administradas pelos mui amigos, ninguém abre o bico. Os repórteres da Globo não colocam galochas para conferir os estragos em Osasco, São Bernardo, Guarulhos. No poder, o PT conseguiu relativizar a criminalidade não chamando as coisas pelo devido nome. Um exemplo é o caixa 2 que virou “dinheiro não contabilizado” na visão do grande Delúbio, patrono de honra do mensalão. Duda Mendonça confessou, em rede nacional, que recebeu a campanha do PT em dinheiro depositado no exterior e ficou tudo por isso mesmo. A polícia apreendeu milhões em dinheiro vivo no episódio do Dossiê dos Aloprados e, nada aconteceu. Tenho de concordar que Lulla inventou, realmente, um novo país. Um país chamado Lorotânia. Não estou aqui defendendo ninguém, mas acho que para problemas e crimes iguais, o povo, a imprensa e a Justiça devem pensar, agir, publicar e julgar com igualdade. Simples assim. Eis aqui a máxima do marketing: Ninguém é obrigado a escrever nada em seu slogan, mas se escreveu, é obrigado a cumprir. Isso vale para tudo. Oremos, então...
Por Bruno Engert Rizzo | Lula prometeu construir 1.000.000 de moradias e criar condições de pai pra filho para que até os mais miseráveis consigam um teto para morar. Esse é obviamente um grande golpe eleitoreiro. Lula sabe que não tem capacidade de construir 1.000.000 de moradias em pouco mais de um ano. O país não tem logística, infra-estrutura nem mão de obra para tamanha empreitada num tempo tão exíguo. Assim já preparou o terreno. Anunciou seu programa habitação estelionato, mas advertiu que não lhe cobrem prazos. Essa advertência aparentemente ingênua esconde dois gigantescos golpes de má fé. Primeiro a promessa de 1.000.000 de moradias gera um impacto estrondoso e a publicidade habilmente explorará o GRANDE PROGRAMA DE 1.000.000 DE MORADIAS INÉDITO NA HISTÓRIA DO BRASIL. O fato da promessa não se cumprir é secundário. Depois o povo esquece. Como esqueceu a promessa de 10.000.000 de empregos da primeira campanha eleitoral e todas as outras que nunca foram cumpridas. O segundo aspecto é que após algumas parcas inaugurações com discursos, depoimentos comoventes dos agraciados, fanfarras e muita publicidade, virá a chantagem eleitoral. Dilma Rousseff será anunciada como grande mentora e realizadora, e única capaz de dar continuidade ao projeto. No bom português a campanha será: “vote em Dilma ou não terá casa.” OBS: Esse é só um trechinho, mas vale a pena lê-lo na íntegra. Fonte: http://ofca.com.br/artigos/2009/03/28/2 ... -eleitoral
marta
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“USDIREITO” DAQUELES QUE INVADEM MORROS E MARGENS (parte VI)
O BRASIL TEM UMA DÍVIDA COM A SOCIEDADE
De fato, pelo histórico apresentado, o Brasil tem mesmo uma dívida para com a sociedade devido ao montante de dinheiro já desviado da Nação e não devolvido em forma de benefícios como seria o correto numa sociedade democrática. Que o Brasil produziu uma desigualdade social ao longo do tempo, também é verdade. No entanto, a sociedade também tem uma dívida para com o Brasil, pois é essa mesma sociedade que coloca no poder políticos corruptos, que não dá valor ao seu voto, que se cala, que não exige uma reforma política e fiscal decente, que fecha os olhos para a grana na cueca, na meia, na mala, no porta-malas; porque a sociedade tem a memória curta e se deixa enganar, enfim. É essa sociedade que não dá bola para os assuntos políticos e acha uma chatice ter de votar ao invés de aproveitar o feriado para ir à praia. Política é como novela, só que muito mais surpreendente e eletrizante; quem acompanha todos os capítulos, acaba gostando e se envolvendo.
Como pudemos ler aqui, as casas do PAC possuem 39 m², que mais se parecem com canis, e custarão do NOSSO dinheiro, o preço de apartamento de médio padrão. É uma metragem ridícula e desprezível para se chamar “moradia digna”. Edifícios populares já foi constatado por A+B que não funcionam. Edifícios geram taxas condominiais de conservação e consumo das áreas comuns e essas taxas oneram o orçamento já exíguo da classe pobre. Com o passar do tempo, esses edifícios vão se deteriorando por falta de manutenção. A comunidade, ao invés de espernear por casas do PAC – Papo-Aranha de Campanha, deveria brigar sim para acabar com o secular sistema de “criar dificuldades para vender facilidades” quanto à aprovação de loteamentos populares. Um loteamento aprovado possui saneamento básico, água encanada, telefone e luz. Mas esse tipo de loteamento é muito bom para o povo e, como sabemos, o que é bom para o povo, é sempre péssimo para governos populistas. A sociedade precisa ter consciência que paga e, principalmente, como e quanto paga de impostos. A comunidade carente acha que porque não paga Imposto de Renda, não paga impostos. A comunidade carente não sabe que quase 40% do seu bolsa-família retorna aos cofres públicos via impostos embutidos nas compras do supermercado; a comunidade carente nem desconfia que vive em um país que cobra impostos de 1º mundo e oferece serviço 15º mundo; a comunidade carente nem faz idéia que o grande Babacallurixá contratou funcionários públicos a salários de marajá como nuncaantesnahistóriadestepaiz. A comunidade precisa saber que governos ditatoriais e populistas tratam o povo como dementes inimputáveis impondo-lhes uma tutela desnecessária que humilha e fere os legítimos direitos humanos. Alguém precisa contar para o povo que ele não é demente; não é coitado e não é inimputável. Esse conceito de povo coitadinho e indefeso é ofensivo, além de repugnante. Então, galera, é o seguinte para resumir toda essa ópera de horrores: Enquanto houver essa promiscuidade entre governo/imprensa/pobrismo, vale mudar o slogan do governo federal só para iniciarmos o treinamento de chamar as coisas pelo nome que, de fato, elas tem: Brasil, um país de tolos. Ah! E não venham falar em direitodoscarente na minha orelha, por favor. Pronto, falei.
marta
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