Prisioneiro processa Deus

[Deise Garcia]

Um prisioneiro romeno está processando Deus. Segundo ele, na hora do batismo foi firmado um contrato no qual consta que o Criador deveria protege-lo do mal existente na terra. Porém, ele considera que sua vida está nas mãos do diabo e acredita que, como Deus descumpriu o acordo, deve ressarci-lo de alguma forma.
“Deus sempre recebeu coisas valiosas de mim, como diversas orações em troca da promessa de uma vida melhor. Entretanto, isso não aconteceu”, reclama o prisioneiro.
Cumprindo uma sentença de vinte anos na cidade de Timiosara, região oeste da Romênia, o autor do processo acha que quem deve compensa-lo pelos “prejuízos” é a Igreja Ortodoxa, afinal ela seria a representante direta de Deus nesse mundo.
Seguindo os passos normais da lei, o processo foi submetido ao exame do tribunal. No entanto, os juristas entendem que, como o réu não é nem um indivíduo nem uma empresa, não está sujeito a jurisdição da corte.

[Aurelio Moraes]

Que se foda!

Botafogo vence o América e conquista Taça Guanabara

Globo Online


RIO - Duas torcidas tinham o sonho de voltar a gritar ''É campeão'' depois de uma longa espera. Obviamente, apenas uma conseguiria realizá-lo. E quem deixou o Maracanã comemorando neste domingo foi o torcedor alvinegro. Com uma vitória de virada, por 3 a 1, o Botafogo venceu o América e conquistou o título da Taça Guanabara, quebrando um tabu de oito anos sem levantar um troféu. Choram os americanos, que continuam numa fila de 24 anos.

Scheidt, Dodô e Zé Roberto marcaram para o Botafogo e Robert descontou para o América. Esta foi a quarta vez que o time de General Severiano conquistou a Taça Guanabara. As outras três foram em 1967, 1968 e 1997. Com o resultado deste domingo, o alvinegro se classifica para a final do Campeonato Estadual. Caso vença também a Taça Rio, que começa no próximo final de semana, o alvinegro será o campeão do estado automaticamente.

Alvinegros com os nervos à flor da pele

Uma decisão é sempre nervosa e a deste domingo no Maracanã não foi diferente. As divididas ríspidas, as faltas maldosas e os chutões ditaram o ritmo do primeiro tempo, que demorou a ter um lance de emoção. O América montou um forte bloqueio na frente de sua área e dificultou muito a vida do Botafogo, que tomou a iniciativa mas logo se viu imobilizado. A postura americana acabou se transformando em armadilha. Saindo com velocidade no contra-ataque, o time rubro conseguiu o gol logo em seu primeiro chute. Após saída de bola errada do Botafogo, Marciel chutou cruzado pela esquerda, Max não segurou e Robert, livre de marcação, rolou para a rede. Falha do goleiro alvinegro, que já havia errado na semifinal contra o Americano.

O gol simplesmente desnorteou o Botafogo. Extramente nervosos, os alvinegros exageraram na dose e apelaram para as faltas não só para impedir os contra-ataques americanos, mas para ganhar a bola no ataque, na ânsia de chegar ao empate. Encolhido, esperando para dar o segundo golpe, o América teve um pênalti a seu favor não marcado aos 20 minutos. Max saiu errado do gol, escorregou e atingiu o atacante Chrys com a perna direita. O árbitro Wilson Souza Nery considerou o lance um choque casual.

Somente depois de ouvir os primeiros gritos de sua torcida pedindo "raça", o Botafogo intensificou mais o ataque. Mas terminou o primeiro sem ter dado um chute certeiro sequer.

Virada em 20 minutos


O Botafogo voltou mais calmo para a etapa final. O América manteve a postura defensiva, aguardando o adversário em seu campo. Precisando do empate, o alvinegro partiu para o ataque na base da vontade e chegou ao gol aos 13 minutos. Após cobrança de escanteio pela esquerda, o zagueiro Scheidt se antecipou ao goleiro Everton e colocou na rede. Como Max no gol do América, Everton falhou no lance.
O empate incendiou a torcida e o Botafogo ganhou força. Assustou em chutes de Reinaldo, aos 16 e aos 20 minutos e virou o placar aos 21. Após jogada que começou com Scheidt, Dodô recebeu de Reinaldo, dominou dentro da área e mandou a bomba. A bola resvalou no zagueiro André a matou o goleiro Everton.


A situação do jogo então se inverteu. O América foi obrigado a sair de seu campo e o Botafogo passou a administrar a posse de bola, mas com posicionamento avançado, tentando o terceiro gol. A estratégia deu certo e Zé Roberto garantiu a vitória aos 35 minutos, marcando um belo gol em chute cruzado que Everton não conseguiu segurar.
Mesmo abatido o América cumpriu o seu papel de tentar empatar para levar a decisão do título para a disputa de pênaltis. Mas a tarefa, faltando apenas dez minutos para o fim do jogo parecia impossível. Com os nervos no lugar, o Botafogo soube administrar o resultado até o apito final, embalado por sua torcida, que trocou os gritos de "raça" do primeiro tempo por "Olé" e "É campeão!"

[Lúcifer]

Bem feito!
A propósito, Aurélio. Parabéns pela vitória de seu glorioso Botafogo.