Obrigado pelo link Holmes!
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Obrigado Holmes!!!
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... 201298.htm
OFJOR CIÊNCIA 98
TEORIA DA EVOLUÇÃO
Desnudando Darwin: ciência ou ideologia?
ou
A relação incestuosa da mídia
brasileira com a Nomenklatura científica
Enézio E. de Almeida Filho (*)
"Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra".
Charles Darwin, in A origem das espécies, p. 161
(Leia mais em A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, que aceitou o desafio darwinista)
"É absolutamente seguro dizer que, se você encontrar alguém que afirme não acreditar na evolução, esta pessoa é ignorante, imbecil ou insana (ou maligna, mas eu prefiro não considerá-la assim)"
Richard Dawkins, eminente zoólogo, cientista, autor e professor da Oxford University
Teoria da Evolução... por que questionar esta teoria científica? Ela não é um dos modelos científicos de maior aceitação entre biólogos e demais cientistas? Todos os leigos, apesar de a maioria desconhecê-la completamente, "confiam" nela. Por que então questionar na mídia o lugar de honra que lhe foi concedido pela Academia? "Todos os biólogos e cientistas aceitam a teoria da evolução", "Não há crise no neodarwinismo" é o que é propalado com destaque pelos cientistas. Mas será que é assim mesmo?
Há mais de 30 anos (isso mesmo - mais de 30 anos!) o paradigma neodarwinista (ou teoria sintética - combinação do Darwinismo clássico com a genética mendeliana) vem apresentando dificuldades teórico-empíricas discutidas intramuros, publicamente em alguns jornais e revistas especializados bem como em livros. O interessante é que os autores são todos cientistas evolucionistas de renome internacional.
Mas o mais interessante mesmo é a postura da mídia brasileira em relação a tão importante fato: silêncio total!
O que está ocorrendo com o neodarwinismo é o que Thomas S. Khun brilhantemente apontou no seu A estrutura das revoluções científicas (1998, São Paulo, Perspectiva): quando existem anomalias que a teoria não previu e às quais não consegue mais responder, o paradigma entra em crise, teorias ad hoc são criadas pelos cientistas na tentativa da manutenção/salvação do modelo científico. Quando isso não ocorre, um novo paradigma científico se faz necessário. Kuhn, contudo, não estipulou quantos anos de anomalias não-resolvidas seriam necessários para o surgimento de um novo modelo científico...
Os paradigmas em física são mais rapidamente modificados. Por quê? Será que os físicos sabem de ‘algo mais’ para o qual não há saída, a não ser a humilde resposta sobre as origens do Universo "Não sabemos"? A ciência não é omnicompetente...
Ao longo desses mais de 30 anos, o que se questiona pelo rigor do método científico é: qual mecanismo teria ocasionado, ao longo do tempo (bilhões de anos), o processo evolutivo da origem da vida - Elementos químicos adequados + forças naturais + tempo (bilhões de anos) + acaso (seleção natural + mutações genéticas). A abiogênese [teoria da geração espontânea], sem nenhum respaldo do método científico (Redi e Pasteur há muito inviabilizaram esta hipótese), é aceita como tendo produzido o primeiro ser vivo simples de uma base não-viva que se transformou num ser vivo mais complexo. É engraçado e até irônico: um sapo ser beijado por uma princesa e transformado em príncipe é história da carochinha. Agora, um suposto ser unicelular (inobservado) ao longo de bilhões de anos se transformar em Australopithecus e depois em Charles Darwin (inobservado), isso sim, é considerado ciência!
Ironia à parte, alô Popper, alô Kuhn, alô Feyerebend, anunciaram o fim da Ciência. Precisamos de vocês, câmbio... cambrio... cambriano... O Big Bang da Vida - o tendão de Aquiles das teorias da evolução!!!
Não há medição científica confiável além de 1 milhão de anos (Dr. Carl Swisher e Dr. Garniss Curtis, do Institute of Human Origins, Berkeley, especialistas em geocronologia, Time, March 4, 1994, pp. 33 e 33). Cheiro de metafísica...
Não são 30 dias de debates. São 38 anos. Jornalistas científicos deveriam considerar o questionamento levantado por G. A. Kerkut (evolucionista) em relação à evidência inadequada de sete importantes inferências evolucionistas [Teoria Geral da Evolução]:
1. Coisas não-vivas deram origem a organismos vivos;
2. A abiogênese ocorreu uma vez;
3. Os vírus, bactérias, plantas e animais são todos inter-relacionados;
4. Os protozoários deram origem aos metazoários;
5. Vários filos de invertebrados são inter-relacionados;
6. Os invertebrados deram origem aos vertebrados; e
7. Peixes, répteis, aves e mamíferos tiveram origem ancestral comum. in Implications of Evolution, New York, Pergamon, 1960, pp. 150-157.
Até hoje, nenhum cientista evolucionista solucionou estas dificuldades teórico-empíricas. Percebe-se, contudo, no que é veiculado nas reportagens científicas uma certa preocupação quanto ao tempos verbais: todos no condicional. Isso é bom porque não atribui como "fato" determinadas descobertas. Contudo, não é salientado para os leitores quais aspectos da teoria neodarwinista estariam sendo corroborados/questionados.
Por que essa omissão? O que se vê no jornalismo científico, supostamente objetivo, é um jornalismo ideologicamente naturalista mascarado de jornalismo científico. Pseudo-jornalismo científico a ser desmascarado. Com muito rigor científico.
Ciência fundamentalista
Onde é que fica a visão kuhniana em toda esta história? As anomalias existem, o modelo teórico não consegue mais respondê-las, a teoria entrou em crise, há debates intramuros, foram criadas teorias ad hoc (será que diferem do Deus das lacunas? - parece que não) para salvar/manter o paradigma. Estamos vivendo a transitoriedade crítica do neodarwinismo. Há outras propostas, como o Planejamento Inteligente (Michael J. Behe - A caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997), mas a Nomenklatura acadêmica nem sequer deseja ouvir o pleito dos inovadores.
Estranho paradoxo esse, mas o grande empecilho para o livre e pleno desenvolvimento da ciência são os cientistas fundamentalistas. Galileu Galilei foi condenado pela Igreja, mas com o aval do conhecimento científico da Academia que, unanimemente, acreditava ser a Terra o centro do Universo... Já acreditaram também que a Terra era quadrada. E cientistas de renome internacional daquela época. Não muito diferente dos renomados cientistas modernos. Os cientistas não são tão assépticos quanto seus aventais... Pasteur que o diga!
Nas reportagens científicas, não há uma distinção no termo teoria da evolução: Teoria Especial da Evolução (Dobzhansky) - microevoluções ocorrem intra-espécies e são observadas e empiricamente comprovadas; Teoria Geral da Evolução (Goldschmidt) - macro-evoluções ocorrendo inter-espécies, eventos inusitados, inobservados, ocorridos uma vez em passado mui distante, não têm como ser comprovados empiricamente. Por que essa distinção precípua não é feita? A Teoria Geral da Evolução é apresentada como se fosse fato inconteste.
Toda idéia ou teoria científica deve ser debatida para o bem da ciência. Esta é a máxima propalada pelos cientistas, mas pouco seguida por eles mesmos. Especialmente a Teoria da Evolução. Por quê? Porque ela permeia toda a nossa Weltanschauung cultural atual. Por que o neodarwinismo não pode ser submetido ao rigor do método científico? Por que não o debate público de suas teorias? O modelo neodarwinista deve ser trazido para este debate racional, porque como teoria não pode arrogar o status de "fato" acima de quaisquer suspeitas em contrário. Se não, temos aqui o exemplo ímpar de theoria perennis. Não fazer isso é condenar o mundo a um poço profundo de ignorância intelectual. Se o paradigma científico estiver errado, quais foram/são/serão as conseqüências para as pesquisas biológicas???
O método científico (Gewandsznajder, Fernando. O que é o método científico? São Paulo, Pioneira, 1989) ainda é o parâmetro aceito pela Academia para a aceitação de quaisquer teorias científicas. O neodarwinismo passaria pelo rigor do método científico? Parece que não. Por que este modelo teórico não é considerado pelos jornalistas científicos por este critério aceito pela própria ciência? É o medo de Darwin ser encontrado nu? De o neodarwinismo ser encontrado em falta como teoria científica? O que há por trás das reações emotivas de cientistas fundamentalistas/ultra-darwinistas como Richard Dawkins, Daniel Dennett e outros? Os limites da seleção natural não seriam uma razão muito forte para se considerar novas teorias (Stephen C. Meyer, filósofo em ciências, Cambridge University)? Qual a razão desse silêncio tumular da mídia sobre tão importante assunto?
Destruindo ídolos
Esse "silêncio" da mídia em torno das dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo é devido ao fato de Darwin ser um ícone científico. Ídolo. É, mas todo ídolo está destinado à destruição. Marx e Freud, como ídolos científicos já foram. Quem será o Finéias de Darwin? Nietzsche disse, em algum livro, "Derrubar ídolos - isso sim, já faz parte de meu ofício". Esse espírito nitzscheano está em falta no jornalismo brasileiro. Teoria Especial da Evolução - Darwin tem toda a razão. Teoria Geral da Evolução - Darwin não tem razão nenhuma, está nu e há algo de podre na Nomenklatura científica em não querer divulgar isso para os estudantes e o público leitor não-especializado.
Quando Karl Popper concluiu em 1976 que "o darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica" [Unended quest: an intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168], qual foi a reação da Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana, demonstrar o contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não "rezar" pelo cânon vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase lhe cassaram a cidadania no reino científico - este, por razões pragmáticas de sobrevivência na Academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em relação à ciência biológica. Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição. Sem fogueiras... Tratamento diferente do dispensado a Galileu? Não!
Logo em seguida, Collin Patterson, paleontólogo, evolucionista, do Museu de História Natural de Londres, no dia 5 de novembro de 1981, no Museu Americano de História Natural, diante de uma platéia formada por cientistas americanos, todos evolucionistas, perguntou:
"Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja verdade?"
A platéia ficou muda. São passados 17 anos e a pergunta de Patterson continua sem resposta. Nem Nobel em Biologia, até hoje, respondeu à sua pergunta... Collin Patterson, pressionado pela Nomenklatura científica, também cedeu um pouco nas suas críticas ao neodarwinismo e tentou, mais tarde, explicar o inexplicável de sua famosa pergunta. Por quê? Medo de perder a reputação acadêmica e o cargo no Museu de História Natural em Londres. Diferente de Galileu, que ousou ir contra a Academia do seu tempo...
Em 1985, Michael Denton, Senior Research Fellow, especialista em Genética Humana, da Universidade Otago, Nova Zelândia, escreveu o livro Evolution: a theory in crisis [inédito em português] apresentando suas objeções ao neodarwinismo: há muitos órgãos altamente complexos, bem como sistemas e estruturas que não podem ser concebidos como tendo surgido em termos de acumulação gradual de mutações ao acaso, ao longo dos anos. Como era de se esperar, a Nomenklatura reagiu e continua reagindo às objeções do Dr. Denton. Este, contudo, vem resistindo aos ataques pessoais desfechados. Escreveu outro livro: Nature’s destiny - how the laws of biology reveal purpose in the Universe [também inédito em português].
Phillip E. Johnson, professor de Direito na Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1993 escreveu um livro - Darwin on trial [a ser publicado no Brasil em meados de 1999]. Por esse e por outros livros publicados, como Defeating Darwinism by opening minds, Objections sustained e Reason in the balance, o Dr. Johnson vem sofrendo ataques virulentos da Nomenklatura científica, porque ele não dispõe de formação científica afim. Acabaram de negar o direito a Darwin de escrever o seu A origem das espécies (que lida com tudo, menos com as origens das espécies... Leia e comprove): estudou Teologia em Cambridge e foi naturalista muito mais por hobby do que por formação acadêmica...
Abrindo a caixa preta
Mas eis que surgiu Michael J. Behe, bioquímico, professor-assistente na Lehigh University, Pensilvânia, com a tese do Planejamento Inteligente e da Complexidade Irredutível bem delineados no seu livro - A caixa preta de Darwin [Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997]. Como era de se esperar, a Nomenklatura foi visceralmente contra. No neodarwinismo todos têm que ser como soldadinhos de chumbo: idênticos e uniformes. Qualquer "diversidade" é heresia. Mas entre os evolucionistas houve quem destacasse a proposição de Behe como uma que não pode deixar de ser examinada. Cum granum salis. Foram poucos os da Academia. Assim como com Galileu...
Há outros nesse crescente movimento do planejamento inteligente. Todos cientistas, biólogos, bioquímicos e filósofos de ciência de peso como Charles Thaxton, David Berlinski, Walter Bradley, William A. Dembski, Stephen C. Meyer, Jonatham Wells. Todos questionando a validade científica do paradigma neodarwinista em muitos aspectos.
Há mais de 10 anos (isso mesmo - há mais de 10 anos) venho salientando isso a diretores de redação/editores de Ciência dos maiores veículos de comunicação do Brasil: Veja, Folha de S. Paulo, e recentemente, Superinteressante, Globo Ciência (hoje Galileu) e Época.
A resposta que obtive, até de ombudsman (Caio Túlio Costa et al.) é que iriam conferir se as minhas colocações realmente procediam. Ou então a resposta automática de Veja: agradecemos o seu interesse, blá, blá, blá... Dificilmente lidaram com os aspectos científicos salientados. A resposta mais precisa que obtive foi do diretor de Redação de Veja: não avaliamos o valor científico da pesquisa/achado, somente informamos. Numa reportagem seguinte, Veja se contradisse. Seus repórteres seguiram ‘cegamente’ os enunciados neodarwinistas...
O jornalismo científico tem relevância científica? Tem, porque é o jornalista quem difunde idéias e teorias científicas para os leigos. O jornalismo científico tem relevância social? Tem, porque é um dos elos que mostram a Academia como ela é à sociedade. Infelizmente, ao difundir idéias e teorias científicas, o jornalismo científico brasileiro não tem provocado o debate, não tem "ouvido o outro lado". É preciso levantar o porquê de os cientistas evolucionistas não quererem o debate público dessas anomalias. Uma pista - os que praticam ciência normal se sentem ameaçados nos seus postos e pesquisas se passarem a questionar o modelo científico mais aceito pela Nomenklatura científica de fim de século: bolsas de estudos, fundos para pesquisas, reputação acadêmica, projeção na comunidade internacional, medo de ser tachado de louco, ignorante, crente do geocentrismo e outros epítetos desvairados usado pelos "sóbrios e elegantes senhores da Academia"... O debate em jornalismo científico deve ser a norma, e não a exceção. Scientia qua Scientia [Wissenschaft] pelo rigor cético do método científico. Nada mais, nada menos.
Quanto à sua relevância social, o jornalismo científico precisa mostrar um outro ângulo desconhecido da Nomenklatura: o conceito popular da ‘integridade intelectual’ dos cientistas, e de que a ciência atualmente praticada é feita totalmente despojada de ideologia ou isenta de um particular Weltanschauung.
O jornalismo científico perdeu uma boa oportunidade de mostrar que é um jornalismo investigativo quando, ao longo de mais de 10 anos recebendo dados sobre o assunto, deixou de tornar conhecidas do público as muitas anomalias do neodarwinismo. Isso, mais por um posicionamento ideológico atrelado à Nomenklatura do que por amor à "verdade científica". Um novo paradigma científico em Biologia está sofrendo as dores de parto, mas a KGB científica através de seus agentes deseja abortá-lo. Mas são muitos os biólogos, bioquímicos e cientistas evolucionistas que desejam ver este filho nascer. Vade retro Herodes (Dawkins, Dennett et al.)!
O jornalismo científico, ao cobrir idéias e teorias sobre a origem da vida, tem que ter interesse em formular perguntas - O que somos? De onde viemos? Ex-nihilo pode criar alguma coisa? A ciência tem competência nessa área ou ao formular essas teorias não está substituindo os "mitos religiosos" por "contos de fadas para adultos"? O Zeitgeist influenciaria a Weltanschauung dos que fazem ciência? Seriam os cientistas "objetivos", "neutros", dignos de confiança nas suas pesquisas? O que dizer das muitas fraudes ocorridas e que ainda ocorrem nos meios científicos?
Um mito refinado
À primeira vista estas perguntas podem parecer pueris, mas são fundamentais. São fundamentais porque as teorias científicas que temos sobre a origem do universo e da vida não diferem dos mitos religiosos: são inobserváveis e há um quê de onipotência naturalista. Quando Darwin elaborou sua teoria, ele o fez com velados interesses filosóficos naturalistas de sua época. Um mito refinado e bem apoiado até por um Zeitgeist onde impera o naturalismo filosófico travestido de ciência.
O jornalismo científico precisa informar ao público leitor que, ao contrário do que é veiculado na mídia, Galileu-herético enfrentou maior oposição dos luminares/pares da Academia de então. A mesma coisa Darwin. Não há mais como esconder a falência do paradigma neodarwinista - Empirica empirice tratanda! Em ciência, paradigma morto, paradigma posto. Apesar de posar como "ortodoxia científica", o neodarwinismo já morreu. Que venha o novo paradigma - Planejamento inteligente!
Há, pelo menos, cinco crises dentro do atual modelo. Mesmo as teorias ad hoc criadas não conseguiram salvar a teoria, antes, trouxeram mais problemas:
1.Não-substanciação de um mecanismo darwinista de evolução;
2. Falha total dos estudos sobre a origem da vida em produzir um modelo teórico que funcione;
3. Inabilidade do mecanismo evolucionista em explicar a origem das adaptações complexas;
4. Falência da hipótese do ‘relojoeiro cego’ (Dawkins);
5. A evidência biológica de que a regra na Natureza é a estabilidade morfológica ao longo do tempo, e não mudança constante.
Se alguém percorrer as páginas de nossas revistas e jornais, apesar da ressalva feita por alguns jornalistas científicos de que as teorias científicas são construtos próximos da verdade, a evolução das espécies - em nível macro - é mencionada como se tivesse ocorrido. Empiricamente a verdade é outra... O registro fóssil diz não desde o tempo de Darwin. A biologia molecular também. A bioquímica idem. Alguns jornalistas tiveram acesso ao questionamento de abalizados cientistas evolucionistas. Outros não. Dos que sabiam, por que não lidaram com aquelas dificuldades teórico-empíricas? Desonestidade jornalística ou a presença de "camisa de força" nas redações imposta pelo Zeitgeist e pela Nomenklatura científica?
Depois do aqui exposto, alguns órgãos da mídia brasileira vão ter que lidar com as seguintes perguntas e hipóteses: Por que as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não são apresentadas ao público leitor? (PC) Em torno dessa, as seguintes perguntas foram concebidas: havia conhecimento da parte dos jornalistas científicos das "anomalias" não respondidas pelo neodarwinismo como paradigma científico? (P1) Se havia conhecimento, por que não considerar a proposição de Kuhn (A estrutura das revoluções científicas, especialmente o cap. 8) de uma crise paradigmática demandando o surgimento de um novo paradigma? (P2) Qual o lugar específico da "filosofia naturalista" da parte dos jornalistas na manutenção de um modelo científico que, apesar de ser considerado "o mais confiável" entre os cientistas, sugere ser mais metafísica do que propriamente ciência? (P3) Por que os jornalistas científicos não fazem distinção entre Teoria Especial da Evolução (micro-evoluções, intra-espécies, empiricamente comprovadas) e a Teoria Geral da Evolução (macro-evoluções, inter-espécies, empiricamente não-comprovadas) se esta distinção é precípua para a compreensão de todo o referencial teórico evolutivo? (P4) Por que os editores de Ciência não salientaram estas "anomalias" para seus jornalistas quando da elaboração de reportagens sobre o tema? (P5)
A hipótese central que sugiro para responder à pergunta central (PC) é a seguinte: as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não foram salientadas ao público-leitor por causa da Weltanschauung totalmente influenciada pelo naturalismo filosófico mascarado de ciência, conscientemente por parte de alguns jornalistas e inconscientemente da parte de outros. (HC) As demais hipóteses oferecidas às demais perguntas são estas: Conforme correspondência desse autor com algumas editorias de Ciência, já havia conhecimento dessas anomalias, outras desconheciam-nas completamente. Desonestidade jornalística das que sabiam e falta de atualização científica de outras. (H1)
Kuhn preconiza que há relutância da parte dos que praticam Ciência Normal em aceitar uma mudança paradigmática, partindo para ou esperando a criação de teorias ad hoc visando salvar o antigo modelo científico. Isso também se aplica aos que praticam Jornalismo Normal. (H2) A "filosofia naturalista" ocupa, consciente ou inconscientemente, o "topos epistemológico" não somente no Zeitgeist e Weltanschauung dos cientistas, mas dos jornalistas científicos também, sem nenhum questionamento desse posicionamento através do método científico. (H3) Esta distinção não é feita porque alguns jornalistas científicos não conhecem devidamente a Teoria da Evolução para fazer aos leitores este tipo de diferenciação teórica. (H4) As editorias de Ciências não salientaram estas "anomalias" teórico-empíricas do paradigma neodarwinista, pelo seu "reducionismo epistemológico" totalmente embasado na "filosofia naturalista", em vez de seguir o rigor do método científico para a Teoria Geral da Evolução. (H5)
Ouvir o "outro lado"
A editoria de Ciência que publicar um sólido texto sobre as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo terá que, para "ouvir o outro lado", salientar os seguintes pontos essenciais: Ciência e Método Científico; Darwinismo: Ciência ou Filosofia (Fatos ou Fé); Origem da Vida; a Seleção Natural; o Registro Fóssil; a Explosão Cambriana e a Origem do Filo; Macro-evolução; Estase; Mutações; Homologia.
Existem artigos e livros de cientistas evolucionistas lidando com estes aspectos. Por que não "reduplicá-los"? Haveria um "filtro ideológico" sobre o que deve ser publicado ou não? Fique aqui registrado um primeiro passo da Folha de S. Paulo/Caderno Mais, que publicou reportagem, embora limitada, sobre as dificuldades desse modelo científico.
Este artigo é uma modificação de um projeto de trabalho apresentado no dia 16/11/98 à Coordenação de Pós-Graduação em Educação - Mestrado em Ciências, na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), sobre a total omissão nos livros-textos de Biologia de 2° grau dessas anomalias. Projeto rejeitado sem direito a apelação... Apliquei-o ao jornalismo científico porque foi nas correspondências enviadas às editorias de Ciências que a idéia surgiu, de verificar se os mais iluminados estariam lidando com o tema. Ledo engano.
O jornalismo científico, pro bonum publico, deve se conscientizar de que o jornalismo nessa área é um apontar de horizontes. Educação, como pensar criticamente, e não a presente situação fossilizada pelo dogma mitológico do neodarwinismo - ideologia, no que se deve pensar (somente o que pontifica a Nomenklatura acadêmica). Não fazer isso é condenar toda uma geração de estudantes e leitores não-especializados a um profundo poço de ignorância científica e ser, em alguns casos, jornalisticamente desonesto!
Darwin morreu...Viva Darwin!!!
Esperando contra a esperança o surgimento de um novo paradigma em Biologia!
(1) James A. Shapiro, James Shreeve, Robert Shapiro e outros cientistas que o espaço não me permite citar.
(*) Pesquisador em Educação em Ciências.
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... 201298.htm
OFJOR CIÊNCIA 98
TEORIA DA EVOLUÇÃO
Desnudando Darwin: ciência ou ideologia?
ou
A relação incestuosa da mídia
brasileira com a Nomenklatura científica
Enézio E. de Almeida Filho (*)
"Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra".
Charles Darwin, in A origem das espécies, p. 161
(Leia mais em A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, que aceitou o desafio darwinista)
"É absolutamente seguro dizer que, se você encontrar alguém que afirme não acreditar na evolução, esta pessoa é ignorante, imbecil ou insana (ou maligna, mas eu prefiro não considerá-la assim)"
Richard Dawkins, eminente zoólogo, cientista, autor e professor da Oxford University
Teoria da Evolução... por que questionar esta teoria científica? Ela não é um dos modelos científicos de maior aceitação entre biólogos e demais cientistas? Todos os leigos, apesar de a maioria desconhecê-la completamente, "confiam" nela. Por que então questionar na mídia o lugar de honra que lhe foi concedido pela Academia? "Todos os biólogos e cientistas aceitam a teoria da evolução", "Não há crise no neodarwinismo" é o que é propalado com destaque pelos cientistas. Mas será que é assim mesmo?
Há mais de 30 anos (isso mesmo - mais de 30 anos!) o paradigma neodarwinista (ou teoria sintética - combinação do Darwinismo clássico com a genética mendeliana) vem apresentando dificuldades teórico-empíricas discutidas intramuros, publicamente em alguns jornais e revistas especializados bem como em livros. O interessante é que os autores são todos cientistas evolucionistas de renome internacional.
Mas o mais interessante mesmo é a postura da mídia brasileira em relação a tão importante fato: silêncio total!
O que está ocorrendo com o neodarwinismo é o que Thomas S. Khun brilhantemente apontou no seu A estrutura das revoluções científicas (1998, São Paulo, Perspectiva): quando existem anomalias que a teoria não previu e às quais não consegue mais responder, o paradigma entra em crise, teorias ad hoc são criadas pelos cientistas na tentativa da manutenção/salvação do modelo científico. Quando isso não ocorre, um novo paradigma científico se faz necessário. Kuhn, contudo, não estipulou quantos anos de anomalias não-resolvidas seriam necessários para o surgimento de um novo modelo científico...
Os paradigmas em física são mais rapidamente modificados. Por quê? Será que os físicos sabem de ‘algo mais’ para o qual não há saída, a não ser a humilde resposta sobre as origens do Universo "Não sabemos"? A ciência não é omnicompetente...
Ao longo desses mais de 30 anos, o que se questiona pelo rigor do método científico é: qual mecanismo teria ocasionado, ao longo do tempo (bilhões de anos), o processo evolutivo da origem da vida - Elementos químicos adequados + forças naturais + tempo (bilhões de anos) + acaso (seleção natural + mutações genéticas). A abiogênese [teoria da geração espontânea], sem nenhum respaldo do método científico (Redi e Pasteur há muito inviabilizaram esta hipótese), é aceita como tendo produzido o primeiro ser vivo simples de uma base não-viva que se transformou num ser vivo mais complexo. É engraçado e até irônico: um sapo ser beijado por uma princesa e transformado em príncipe é história da carochinha. Agora, um suposto ser unicelular (inobservado) ao longo de bilhões de anos se transformar em Australopithecus e depois em Charles Darwin (inobservado), isso sim, é considerado ciência!
Ironia à parte, alô Popper, alô Kuhn, alô Feyerebend, anunciaram o fim da Ciência. Precisamos de vocês, câmbio... cambrio... cambriano... O Big Bang da Vida - o tendão de Aquiles das teorias da evolução!!!
Não há medição científica confiável além de 1 milhão de anos (Dr. Carl Swisher e Dr. Garniss Curtis, do Institute of Human Origins, Berkeley, especialistas em geocronologia, Time, March 4, 1994, pp. 33 e 33). Cheiro de metafísica...
Não são 30 dias de debates. São 38 anos. Jornalistas científicos deveriam considerar o questionamento levantado por G. A. Kerkut (evolucionista) em relação à evidência inadequada de sete importantes inferências evolucionistas [Teoria Geral da Evolução]:
1. Coisas não-vivas deram origem a organismos vivos;
2. A abiogênese ocorreu uma vez;
3. Os vírus, bactérias, plantas e animais são todos inter-relacionados;
4. Os protozoários deram origem aos metazoários;
5. Vários filos de invertebrados são inter-relacionados;
6. Os invertebrados deram origem aos vertebrados; e
7. Peixes, répteis, aves e mamíferos tiveram origem ancestral comum. in Implications of Evolution, New York, Pergamon, 1960, pp. 150-157.
Até hoje, nenhum cientista evolucionista solucionou estas dificuldades teórico-empíricas. Percebe-se, contudo, no que é veiculado nas reportagens científicas uma certa preocupação quanto ao tempos verbais: todos no condicional. Isso é bom porque não atribui como "fato" determinadas descobertas. Contudo, não é salientado para os leitores quais aspectos da teoria neodarwinista estariam sendo corroborados/questionados.
Por que essa omissão? O que se vê no jornalismo científico, supostamente objetivo, é um jornalismo ideologicamente naturalista mascarado de jornalismo científico. Pseudo-jornalismo científico a ser desmascarado. Com muito rigor científico.
Ciência fundamentalista
Onde é que fica a visão kuhniana em toda esta história? As anomalias existem, o modelo teórico não consegue mais respondê-las, a teoria entrou em crise, há debates intramuros, foram criadas teorias ad hoc (será que diferem do Deus das lacunas? - parece que não) para salvar/manter o paradigma. Estamos vivendo a transitoriedade crítica do neodarwinismo. Há outras propostas, como o Planejamento Inteligente (Michael J. Behe - A caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997), mas a Nomenklatura acadêmica nem sequer deseja ouvir o pleito dos inovadores.
Estranho paradoxo esse, mas o grande empecilho para o livre e pleno desenvolvimento da ciência são os cientistas fundamentalistas. Galileu Galilei foi condenado pela Igreja, mas com o aval do conhecimento científico da Academia que, unanimemente, acreditava ser a Terra o centro do Universo... Já acreditaram também que a Terra era quadrada. E cientistas de renome internacional daquela época. Não muito diferente dos renomados cientistas modernos. Os cientistas não são tão assépticos quanto seus aventais... Pasteur que o diga!
Nas reportagens científicas, não há uma distinção no termo teoria da evolução: Teoria Especial da Evolução (Dobzhansky) - microevoluções ocorrem intra-espécies e são observadas e empiricamente comprovadas; Teoria Geral da Evolução (Goldschmidt) - macro-evoluções ocorrendo inter-espécies, eventos inusitados, inobservados, ocorridos uma vez em passado mui distante, não têm como ser comprovados empiricamente. Por que essa distinção precípua não é feita? A Teoria Geral da Evolução é apresentada como se fosse fato inconteste.
Toda idéia ou teoria científica deve ser debatida para o bem da ciência. Esta é a máxima propalada pelos cientistas, mas pouco seguida por eles mesmos. Especialmente a Teoria da Evolução. Por quê? Porque ela permeia toda a nossa Weltanschauung cultural atual. Por que o neodarwinismo não pode ser submetido ao rigor do método científico? Por que não o debate público de suas teorias? O modelo neodarwinista deve ser trazido para este debate racional, porque como teoria não pode arrogar o status de "fato" acima de quaisquer suspeitas em contrário. Se não, temos aqui o exemplo ímpar de theoria perennis. Não fazer isso é condenar o mundo a um poço profundo de ignorância intelectual. Se o paradigma científico estiver errado, quais foram/são/serão as conseqüências para as pesquisas biológicas???
O método científico (Gewandsznajder, Fernando. O que é o método científico? São Paulo, Pioneira, 1989) ainda é o parâmetro aceito pela Academia para a aceitação de quaisquer teorias científicas. O neodarwinismo passaria pelo rigor do método científico? Parece que não. Por que este modelo teórico não é considerado pelos jornalistas científicos por este critério aceito pela própria ciência? É o medo de Darwin ser encontrado nu? De o neodarwinismo ser encontrado em falta como teoria científica? O que há por trás das reações emotivas de cientistas fundamentalistas/ultra-darwinistas como Richard Dawkins, Daniel Dennett e outros? Os limites da seleção natural não seriam uma razão muito forte para se considerar novas teorias (Stephen C. Meyer, filósofo em ciências, Cambridge University)? Qual a razão desse silêncio tumular da mídia sobre tão importante assunto?
Destruindo ídolos
Esse "silêncio" da mídia em torno das dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo é devido ao fato de Darwin ser um ícone científico. Ídolo. É, mas todo ídolo está destinado à destruição. Marx e Freud, como ídolos científicos já foram. Quem será o Finéias de Darwin? Nietzsche disse, em algum livro, "Derrubar ídolos - isso sim, já faz parte de meu ofício". Esse espírito nitzscheano está em falta no jornalismo brasileiro. Teoria Especial da Evolução - Darwin tem toda a razão. Teoria Geral da Evolução - Darwin não tem razão nenhuma, está nu e há algo de podre na Nomenklatura científica em não querer divulgar isso para os estudantes e o público leitor não-especializado.
Quando Karl Popper concluiu em 1976 que "o darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica" [Unended quest: an intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168], qual foi a reação da Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana, demonstrar o contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não "rezar" pelo cânon vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase lhe cassaram a cidadania no reino científico - este, por razões pragmáticas de sobrevivência na Academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em relação à ciência biológica. Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição. Sem fogueiras... Tratamento diferente do dispensado a Galileu? Não!
Logo em seguida, Collin Patterson, paleontólogo, evolucionista, do Museu de História Natural de Londres, no dia 5 de novembro de 1981, no Museu Americano de História Natural, diante de uma platéia formada por cientistas americanos, todos evolucionistas, perguntou:
"Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja verdade?"
A platéia ficou muda. São passados 17 anos e a pergunta de Patterson continua sem resposta. Nem Nobel em Biologia, até hoje, respondeu à sua pergunta... Collin Patterson, pressionado pela Nomenklatura científica, também cedeu um pouco nas suas críticas ao neodarwinismo e tentou, mais tarde, explicar o inexplicável de sua famosa pergunta. Por quê? Medo de perder a reputação acadêmica e o cargo no Museu de História Natural em Londres. Diferente de Galileu, que ousou ir contra a Academia do seu tempo...
Em 1985, Michael Denton, Senior Research Fellow, especialista em Genética Humana, da Universidade Otago, Nova Zelândia, escreveu o livro Evolution: a theory in crisis [inédito em português] apresentando suas objeções ao neodarwinismo: há muitos órgãos altamente complexos, bem como sistemas e estruturas que não podem ser concebidos como tendo surgido em termos de acumulação gradual de mutações ao acaso, ao longo dos anos. Como era de se esperar, a Nomenklatura reagiu e continua reagindo às objeções do Dr. Denton. Este, contudo, vem resistindo aos ataques pessoais desfechados. Escreveu outro livro: Nature’s destiny - how the laws of biology reveal purpose in the Universe [também inédito em português].
Phillip E. Johnson, professor de Direito na Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1993 escreveu um livro - Darwin on trial [a ser publicado no Brasil em meados de 1999]. Por esse e por outros livros publicados, como Defeating Darwinism by opening minds, Objections sustained e Reason in the balance, o Dr. Johnson vem sofrendo ataques virulentos da Nomenklatura científica, porque ele não dispõe de formação científica afim. Acabaram de negar o direito a Darwin de escrever o seu A origem das espécies (que lida com tudo, menos com as origens das espécies... Leia e comprove): estudou Teologia em Cambridge e foi naturalista muito mais por hobby do que por formação acadêmica...
Abrindo a caixa preta
Mas eis que surgiu Michael J. Behe, bioquímico, professor-assistente na Lehigh University, Pensilvânia, com a tese do Planejamento Inteligente e da Complexidade Irredutível bem delineados no seu livro - A caixa preta de Darwin [Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997]. Como era de se esperar, a Nomenklatura foi visceralmente contra. No neodarwinismo todos têm que ser como soldadinhos de chumbo: idênticos e uniformes. Qualquer "diversidade" é heresia. Mas entre os evolucionistas houve quem destacasse a proposição de Behe como uma que não pode deixar de ser examinada. Cum granum salis. Foram poucos os da Academia. Assim como com Galileu...
Há outros nesse crescente movimento do planejamento inteligente. Todos cientistas, biólogos, bioquímicos e filósofos de ciência de peso como Charles Thaxton, David Berlinski, Walter Bradley, William A. Dembski, Stephen C. Meyer, Jonatham Wells. Todos questionando a validade científica do paradigma neodarwinista em muitos aspectos.
Há mais de 10 anos (isso mesmo - há mais de 10 anos) venho salientando isso a diretores de redação/editores de Ciência dos maiores veículos de comunicação do Brasil: Veja, Folha de S. Paulo, e recentemente, Superinteressante, Globo Ciência (hoje Galileu) e Época.
A resposta que obtive, até de ombudsman (Caio Túlio Costa et al.) é que iriam conferir se as minhas colocações realmente procediam. Ou então a resposta automática de Veja: agradecemos o seu interesse, blá, blá, blá... Dificilmente lidaram com os aspectos científicos salientados. A resposta mais precisa que obtive foi do diretor de Redação de Veja: não avaliamos o valor científico da pesquisa/achado, somente informamos. Numa reportagem seguinte, Veja se contradisse. Seus repórteres seguiram ‘cegamente’ os enunciados neodarwinistas...
O jornalismo científico tem relevância científica? Tem, porque é o jornalista quem difunde idéias e teorias científicas para os leigos. O jornalismo científico tem relevância social? Tem, porque é um dos elos que mostram a Academia como ela é à sociedade. Infelizmente, ao difundir idéias e teorias científicas, o jornalismo científico brasileiro não tem provocado o debate, não tem "ouvido o outro lado". É preciso levantar o porquê de os cientistas evolucionistas não quererem o debate público dessas anomalias. Uma pista - os que praticam ciência normal se sentem ameaçados nos seus postos e pesquisas se passarem a questionar o modelo científico mais aceito pela Nomenklatura científica de fim de século: bolsas de estudos, fundos para pesquisas, reputação acadêmica, projeção na comunidade internacional, medo de ser tachado de louco, ignorante, crente do geocentrismo e outros epítetos desvairados usado pelos "sóbrios e elegantes senhores da Academia"... O debate em jornalismo científico deve ser a norma, e não a exceção. Scientia qua Scientia [Wissenschaft] pelo rigor cético do método científico. Nada mais, nada menos.
Quanto à sua relevância social, o jornalismo científico precisa mostrar um outro ângulo desconhecido da Nomenklatura: o conceito popular da ‘integridade intelectual’ dos cientistas, e de que a ciência atualmente praticada é feita totalmente despojada de ideologia ou isenta de um particular Weltanschauung.
O jornalismo científico perdeu uma boa oportunidade de mostrar que é um jornalismo investigativo quando, ao longo de mais de 10 anos recebendo dados sobre o assunto, deixou de tornar conhecidas do público as muitas anomalias do neodarwinismo. Isso, mais por um posicionamento ideológico atrelado à Nomenklatura do que por amor à "verdade científica". Um novo paradigma científico em Biologia está sofrendo as dores de parto, mas a KGB científica através de seus agentes deseja abortá-lo. Mas são muitos os biólogos, bioquímicos e cientistas evolucionistas que desejam ver este filho nascer. Vade retro Herodes (Dawkins, Dennett et al.)!
O jornalismo científico, ao cobrir idéias e teorias sobre a origem da vida, tem que ter interesse em formular perguntas - O que somos? De onde viemos? Ex-nihilo pode criar alguma coisa? A ciência tem competência nessa área ou ao formular essas teorias não está substituindo os "mitos religiosos" por "contos de fadas para adultos"? O Zeitgeist influenciaria a Weltanschauung dos que fazem ciência? Seriam os cientistas "objetivos", "neutros", dignos de confiança nas suas pesquisas? O que dizer das muitas fraudes ocorridas e que ainda ocorrem nos meios científicos?
Um mito refinado
À primeira vista estas perguntas podem parecer pueris, mas são fundamentais. São fundamentais porque as teorias científicas que temos sobre a origem do universo e da vida não diferem dos mitos religiosos: são inobserváveis e há um quê de onipotência naturalista. Quando Darwin elaborou sua teoria, ele o fez com velados interesses filosóficos naturalistas de sua época. Um mito refinado e bem apoiado até por um Zeitgeist onde impera o naturalismo filosófico travestido de ciência.
O jornalismo científico precisa informar ao público leitor que, ao contrário do que é veiculado na mídia, Galileu-herético enfrentou maior oposição dos luminares/pares da Academia de então. A mesma coisa Darwin. Não há mais como esconder a falência do paradigma neodarwinista - Empirica empirice tratanda! Em ciência, paradigma morto, paradigma posto. Apesar de posar como "ortodoxia científica", o neodarwinismo já morreu. Que venha o novo paradigma - Planejamento inteligente!
Há, pelo menos, cinco crises dentro do atual modelo. Mesmo as teorias ad hoc criadas não conseguiram salvar a teoria, antes, trouxeram mais problemas:
1.Não-substanciação de um mecanismo darwinista de evolução;
2. Falha total dos estudos sobre a origem da vida em produzir um modelo teórico que funcione;
3. Inabilidade do mecanismo evolucionista em explicar a origem das adaptações complexas;
4. Falência da hipótese do ‘relojoeiro cego’ (Dawkins);
5. A evidência biológica de que a regra na Natureza é a estabilidade morfológica ao longo do tempo, e não mudança constante.
Se alguém percorrer as páginas de nossas revistas e jornais, apesar da ressalva feita por alguns jornalistas científicos de que as teorias científicas são construtos próximos da verdade, a evolução das espécies - em nível macro - é mencionada como se tivesse ocorrido. Empiricamente a verdade é outra... O registro fóssil diz não desde o tempo de Darwin. A biologia molecular também. A bioquímica idem. Alguns jornalistas tiveram acesso ao questionamento de abalizados cientistas evolucionistas. Outros não. Dos que sabiam, por que não lidaram com aquelas dificuldades teórico-empíricas? Desonestidade jornalística ou a presença de "camisa de força" nas redações imposta pelo Zeitgeist e pela Nomenklatura científica?
Depois do aqui exposto, alguns órgãos da mídia brasileira vão ter que lidar com as seguintes perguntas e hipóteses: Por que as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não são apresentadas ao público leitor? (PC) Em torno dessa, as seguintes perguntas foram concebidas: havia conhecimento da parte dos jornalistas científicos das "anomalias" não respondidas pelo neodarwinismo como paradigma científico? (P1) Se havia conhecimento, por que não considerar a proposição de Kuhn (A estrutura das revoluções científicas, especialmente o cap. 8) de uma crise paradigmática demandando o surgimento de um novo paradigma? (P2) Qual o lugar específico da "filosofia naturalista" da parte dos jornalistas na manutenção de um modelo científico que, apesar de ser considerado "o mais confiável" entre os cientistas, sugere ser mais metafísica do que propriamente ciência? (P3) Por que os jornalistas científicos não fazem distinção entre Teoria Especial da Evolução (micro-evoluções, intra-espécies, empiricamente comprovadas) e a Teoria Geral da Evolução (macro-evoluções, inter-espécies, empiricamente não-comprovadas) se esta distinção é precípua para a compreensão de todo o referencial teórico evolutivo? (P4) Por que os editores de Ciência não salientaram estas "anomalias" para seus jornalistas quando da elaboração de reportagens sobre o tema? (P5)
A hipótese central que sugiro para responder à pergunta central (PC) é a seguinte: as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não foram salientadas ao público-leitor por causa da Weltanschauung totalmente influenciada pelo naturalismo filosófico mascarado de ciência, conscientemente por parte de alguns jornalistas e inconscientemente da parte de outros. (HC) As demais hipóteses oferecidas às demais perguntas são estas: Conforme correspondência desse autor com algumas editorias de Ciência, já havia conhecimento dessas anomalias, outras desconheciam-nas completamente. Desonestidade jornalística das que sabiam e falta de atualização científica de outras. (H1)
Kuhn preconiza que há relutância da parte dos que praticam Ciência Normal em aceitar uma mudança paradigmática, partindo para ou esperando a criação de teorias ad hoc visando salvar o antigo modelo científico. Isso também se aplica aos que praticam Jornalismo Normal. (H2) A "filosofia naturalista" ocupa, consciente ou inconscientemente, o "topos epistemológico" não somente no Zeitgeist e Weltanschauung dos cientistas, mas dos jornalistas científicos também, sem nenhum questionamento desse posicionamento através do método científico. (H3) Esta distinção não é feita porque alguns jornalistas científicos não conhecem devidamente a Teoria da Evolução para fazer aos leitores este tipo de diferenciação teórica. (H4) As editorias de Ciências não salientaram estas "anomalias" teórico-empíricas do paradigma neodarwinista, pelo seu "reducionismo epistemológico" totalmente embasado na "filosofia naturalista", em vez de seguir o rigor do método científico para a Teoria Geral da Evolução. (H5)
Ouvir o "outro lado"
A editoria de Ciência que publicar um sólido texto sobre as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo terá que, para "ouvir o outro lado", salientar os seguintes pontos essenciais: Ciência e Método Científico; Darwinismo: Ciência ou Filosofia (Fatos ou Fé); Origem da Vida; a Seleção Natural; o Registro Fóssil; a Explosão Cambriana e a Origem do Filo; Macro-evolução; Estase; Mutações; Homologia.
Existem artigos e livros de cientistas evolucionistas lidando com estes aspectos. Por que não "reduplicá-los"? Haveria um "filtro ideológico" sobre o que deve ser publicado ou não? Fique aqui registrado um primeiro passo da Folha de S. Paulo/Caderno Mais, que publicou reportagem, embora limitada, sobre as dificuldades desse modelo científico.
Este artigo é uma modificação de um projeto de trabalho apresentado no dia 16/11/98 à Coordenação de Pós-Graduação em Educação - Mestrado em Ciências, na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), sobre a total omissão nos livros-textos de Biologia de 2° grau dessas anomalias. Projeto rejeitado sem direito a apelação... Apliquei-o ao jornalismo científico porque foi nas correspondências enviadas às editorias de Ciências que a idéia surgiu, de verificar se os mais iluminados estariam lidando com o tema. Ledo engano.
O jornalismo científico, pro bonum publico, deve se conscientizar de que o jornalismo nessa área é um apontar de horizontes. Educação, como pensar criticamente, e não a presente situação fossilizada pelo dogma mitológico do neodarwinismo - ideologia, no que se deve pensar (somente o que pontifica a Nomenklatura acadêmica). Não fazer isso é condenar toda uma geração de estudantes e leitores não-especializados a um profundo poço de ignorância científica e ser, em alguns casos, jornalisticamente desonesto!
Darwin morreu...Viva Darwin!!!
Esperando contra a esperança o surgimento de um novo paradigma em Biologia!
(1) James A. Shapiro, James Shreeve, Robert Shapiro e outros cientistas que o espaço não me permite citar.
(*) Pesquisador em Educação em Ciências.
Editado pela última vez por emmmcri em 13 Nov 2005, 13:03, em um total de 1 vez.
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

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A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
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- carlo
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Re.: Obrigado pelo link Holmes!
Ow emmcri, porque vc reage de uma forma freudiana com este tema da origens das espécies?Acaso vc tem pouca fé no que vc acredita?Aliás no que vc acredita realmente sobre as origens?No conto que os judeus copiaram de uma outra civilização ou que ela ocorreu apartir de uma evolução e que esta evolução teria ocorrido apartir de um "start" de um Deus?Pois então!Eu digo isto porque é absolutamente inútil tentar convencer alguém apartir de postagens de textos neste espaço que é composto na sua maioria por céticos,posto isto, diga aí o que vc acredita ou entende como viável, sobre as origens das espécies e evitaremos chover no molhado, o que que cê acha diz ai?

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!
Re.: Obrigado pelo link Holmes!
Mas o emcretino é tão idiota, mas tão idiota que ele nem se da ao trabalho de dar uma lida no que posta... O besta simplesmente foi la no link, deu um "Selecionar tudo", copiu tudo e colou.
Dai a vinda de textos que nada tem haver com o assunto, como o segundo:
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Os Conselhos de Medicina e a
farsa diagnóstica da morte encefálica
Celso Galli Coimbra (*)
Ou o terceiro:
Transplantes e peças
de reposição em geral
José Antonio Palhano
E convenhamos, para achar 'bom' um texto do Enézio, só mesmo um panaquinha como o emmcri que não saiu do ensino fundamental...
Dai a vinda de textos que nada tem haver com o assunto, como o segundo:
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Os Conselhos de Medicina e a
farsa diagnóstica da morte encefálica
Celso Galli Coimbra (*)
Ou o terceiro:
Transplantes e peças
de reposição em geral
José Antonio Palhano
E convenhamos, para achar 'bom' um texto do Enézio, só mesmo um panaquinha como o emmcri que não saiu do ensino fundamental...
Re: Re.: Obrigado pelo link Holmes!
Perseus escreveu:Mas o emcretino é tão idiota, mas tão idiota que ele nem se da ao trabalho de dar uma lida no que posta... O besta simplesmente foi la no link, deu um "Selecionar tudo", copiu tudo e colou.
Dai a vinda de textos que nada tem haver com o assunto, como o segundo:
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Os Conselhos de Medicina e a
farsa diagnóstica da morte encefálica
Celso Galli Coimbra (*)
Ou o terceiro:
Transplantes e peças
de reposição em geral
José Antonio Palhano
E convenhamos, para achar 'bom' um texto do Enézio, só mesmo um panaquinha como o emmcri que não saiu do ensino fundamental...
Bem observado Holmes,estava com sono...
Mais uma vez obrigado pelo link.



"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
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Re: Re.: Obrigado pelo link Holmes!
carlo escreveu:Ow emmcri, porque vc reage de uma forma freudiana com este tema da origens das espécies?Acaso vc tem pouca fé no que vc acredita?Aliás no que vc acredita realmente sobre as origens?No conto que os judeus copiaram de uma outra civilização ou que ela ocorreu apartir de uma evolução e que esta evolução teria ocorrido apartir de um "start" de um Deus?Pois então!Eu digo isto porque é absolutamente inútil tentar convencer alguém apartir de postagens de textos neste espaço que é composto na sua maioria por céticos,posto isto, diga aí o que vc acredita ou entende como viável, sobre as origens das espécies e evitaremos chover no molhado, o que que cê acha diz ai?
A fé sempre supera a razão.Não tem como considerar que tenho pouca fé.
Não acredito na factualidade da evolução.
E... Gosto de brincar com a controvérsia.



Abraço.
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
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A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
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Re.: Obrigado pelo link Holmes!
Ok. Vamos por Darwin abaixo. E o que por no lugar ? O monte de excremento que chamam de bíblia?
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
O observatório da Imprensa tem ótimos artigos.Inclusive um sobre o Enézio.
Criacionismo em novo design
José Colucci Jr. (*)
O que acharia o leitor da qualidade editorial deste Observatório se um dia lesse nele um artigo afirmando que a Terra é chata? Não chata como conversa de político ou editorial do Estadão, mas chata como uma pizza, um CD ou, para os mais antigos, um disco de vitrola. Isso jamais aconteceria, pensa o leitor, pois o Observatório só publica comentários sobre o desempenho da imprensa. Verdade. Mas talvez publicasse, se o artigo usasse como gancho alguma reportagem sobre o assunto, quem sabe sobre a Terra vista do espaço. Desta forma, o defensor da teoria da Terra chata, com a desculpa de criticar a imprensa, veicularia suas idéias entre um público bem maior do que o que consegue reunir nos templos terra-chatistas. Absurdo, diz o leitor, todos sabem que a Terra é redonda. Engano, nos ensina o terra-chatista. As fotos que a mostram como uma esfera azulada flutuando no espaço são forjadas, a sombra da Terra sobre a Lua durante um eclipse lunar é causada pela borda do disco plano da Terra, os navios "afundam" no horizonte devido a uma ilusão de óptica. Além do mais, se a Terra fosse redonda os japoneses despencariam no céu.
Não preciso encompridar a história. O leitor já entendeu e provavelmente se pergunta o porquê de tal introdução. Explico. Absurdo comparável ocorreu na semana passada, quando o Observatório da Imprensa publicou propaganda criacionista disfarçada de crítica da imprensa. E publicou-a sob a rubrica "Ciência". Por Júpiter, ciência! Se criacionismo é ciência, o Olavo de Carvalho milita na ala radical do PT.
O artigo em questão – "DNA, o homem e o chimpanzé" – foi escrito por Enézio E. de Almeida Filho e, fiel aos mandamentos dos novos ativistas da cruzada anti-evolucionista, não menciona a palavra criacionismo uma vez sequer. Entende-se. O criacionismo virou nome feio não apenas no meio científico, mas também na mídia. Sua menção conjura a imagem de sectários fundamentalistas brandindo a Bíblia contra o avanço materialista da ciência.
Após uma longa série de derrotas legais, começando com o Scopes Monkey Trial, de 1925, os criacionistas mudaram de estratégia. Como a tática de insistir na inerrância bíblica desabou sob o peso esmagador dos fatos científicos acumulados a favor da evolução, uma nova estratégia precisava ser concebida, como, de fato, foi.
Alarde desproporcional
O novo criacionismo chama-se, em inglês, intelligent design. Em português seria "projeto inteligente", mas o termo foi traduzido por design inteligente – talvez em homenagem à matriz, já que o movimento começou nos EUA. Um de seus expoentes é Phillip Johnson, professor de Direito da Universidade da Califórnia em Berkeley. Segundo o professor Johnson, o ensino da evolução exerce influência perniciosa sobre a cultura contemporânea, e é responsável por muitos de seus problemas sociais e morais. O objetivo final do design inteligente é substituir as explicações materialistas da ciência pelo entendimento de que a natureza e o homem foram criados por Deus. O que diferencia os adeptos do design inteligente dos religiosos assumidamente criacionistas é a estratégia política e de marketing. Após empacotar o velho produto em embalagem de melhor design, os novos criacionistas tentam fazê-lo passar por novo no mercado das idéias.
Para chegarem a esse estágio, alguns compromissos foram aceitos. O mundo não foi criado em 23 de outubro de 4004 AC, como calculou, com base nas Escrituras, o teólogo James Ussher (1581-1656), ou mesmo há 10 mil anos, como calcularam os criacionistas de ontem – há limites até para a fantasia, quando esta procura afetar um ar de ciência. Os postulantes do design inteligente aceitam a idéia de que a idade da Terra mede-se em bilhões de anos, cerca de 4,5 deles, como acreditam os geólogos modernos. Alguns chegam mesmo a aceitar a chamada microevolução enquanto rejeitam a macroevolução – novamente, há limites para a negação do real.
A estratégia do design inteligente na luta contra o evolucionismo naturalista pode ser resumida pelo que Phillip Johnson chama de wedge (cunha). Segundo ele, é preciso aproveitar qualquer brecha – na imprensa, na argumentação dos evolucionistas, nas discussões sobre educação científica – para introduzir o conceito de design inteligente. É a ponta da cunha que abrirá caminho para o resto. Todo o artigo sobre design inteligente que se preze tem que mencionar "o acúmulo de evidências contrárias à evolução", embora não exista um biólogo de renome no planeta que acredite nisso. Não é para menos. Evolução é o fundamento da biologia moderna. Como disse o pioneiro evolucionista Theodosius Dobzhansky, "nada em biologia faz sentido, exceto à luz da evolução".
Diante da impossibilidade de ver suas idéias em publicações da qualidade da Nature, da Science ou da Evolution, os criacionistas fundam as próprias revistas especializadas; diante do magérrimo suporte conquistado nas universidades de prestígio, encorajam os integrantes de suas fileiras a obter títulos de pós-graduação; diante do desinteresse leigo pelo tema da evolução, fazem alarde na imprensa, desproporcional ao número de seus adeptos. Seus trabalhos são escritos no jargão típico da ciência, com expressões como "complexidade irredutível" (Michael Behe) e "informação complexa especificada" (William Dembski), mas não é difícil para o leitor arguto descobrir que a sua bibliografia essencial constitui-se de um único livro – que jamais é citado.
Um fato, como a gravidade
Na estratégia do design inteligente, a motivação religiosa é maquiada de busca científica. Segundo os seus ditames, não se menciona a Bíblia, não se opõe o Gênese a Darwin ou sequer se toca no nome de Deus. O artigo de Enézio Almeida Filho é mostra disso. Os novos criacionistas apenas sugerem um "designer" por trás da cena da criação, deixando a decisão de quem seria este por conta da fé do leitor.
O problema, para os adeptos do design inteligente, é que a estratégia do wedge não está funcionando. A recente derrota legal sofrida no estado americano de Ohio é um exemplo. Primeiro, os criacionistas tentaram introduzir a "ciência da criação" no currículo escolar e falharam. Uniram-se então aos proponentes do design inteligente para introduzir a ponta da cunha criacionista no currículo de Ciências das escolas públicas de Ohio. Mais uma vez falharam. Tentaram, de novo, introduzir o design inteligente no currículo de Ciências Sociais. Nova derrota legal. Nos EUA, a primeira emenda constitucional estabelece a separação entre igreja e Estado, e é graças a ela que se proíbe a doutrinação religiosa nas escolas financiadas pelo dinheiro do contribuinte. Os tribunais americanos reconheceram no design inteligente o que ele realmente é: religião.
Para boa parte dos leitores brasileiros a questão pode parecer sem importância. Afinal, a discussão evolucionismo x criacionismo só se mantém pelo zelo, digamos, religioso, de grupos americanos. De fato, até há pouco o debate era circunscrito aos EUA, sob o olhar pasmado do resto do mundo. Com a expansão das religiões protestantes fundamentalistas no Brasil, porém, o tema do criacionismo bíblico tornou-se popular também por aqui. É preciso que o público e a mídia conheçam as táticas do chamado design inteligente para que não aceitem inocentemente o retrocesso travestido de ciência.
A estratégia mais recente do design inteligente parece ser exigir tratamento igual para as duas teorias da criação: evolucionismo e design inteligente. Cabe a pergunta: por que apenas duas? Porque não três, quatro ou mesmo 15? Por que não a teoria de que a vida surge da respiração de Vishnu? Ou das pulgas dos cabelos de Phan Ku? Ou dos desejos de Iemanjá, filha de Olokum? A resposta é óbvia: porque não são científicas, isto é, não explicam os fatos observados, não podem ser testadas, não têm poder preditivo. Os proponentes do design inteligente alistam-se para lutar numa batalha que já foi perdida há muito tempo.
A evolução é "apenas uma teoria", como querem os postulantes do design inteligente, da mesma maneira que a gravitação é apenas uma teoria. Inúmeras interpretações do fenômeno da gravitação, de Newton a Einstein, não fizeram as maçãs parar de cair na cabeça de cientistas. Como a gravidade, a evolução é um fato. Os mecanismos exatos da evolução estão sujeitos a revisões, como é da natureza da ciência, mas a sua essência continua intacta há quase 150 anos. Em verdade, a teoria de Darwin-Wallace está entre as teorias científicas mais duradouras da história, e tudo indica que continuará assim por muito tempo.
Um único título
Os proponentes do design inteligente raramente apresentam suas próprias idéias, preferindo explorar as falhas reais ou imaginárias no raciocínio dos evolucionistas. O artigo da Veja criticado por Enézio E. de Almeida Filho está cheio delas, mas não a ponto de justificar as afirmações do autor. Diz Almeida Filho:
"A questão hoje em dia não é se a teoria geral da evolução de Darwin contraria os relatos religiosos da criação, mas se as evidências científicas apóiam ou não as especulações darwinistas. As evidências continuam dizendo não a Darwin et alii. E estão apontando em outra direção: design inteligente. Veja, bem como toda a mídia, continua apresentando a evolução como uma guerra cultural entre fé e razão."
Errado. Os únicos que contestam o fato de a evolução ocorrer por mecanismos naturais ou consideram o darwinismo uma mera especulação são os criacionistas, qualquer que seja o título pelo qual gostariam de ser conhecidos. Umas poucas idéias criacionistas são testáveis pelos métodos da ciência, e já foram, de fato, testadas e refutadas. Como disse Stephen Jay Gould, "seres humanos evoluíram de um ancestral comum com o macaco, seja pelo mecanismo proposto por Darwin, seja por qualquer outro ainda por ser descoberto".
A evolução natural é uma teoria científica e, como tal, nada nos diz sobre a existência ou não de Deus. Religiões majoritárias, como as correntes liberais do protestantismo, o catolicismo e o judaísmo não-ortodoxo não a julgam incompatível com a fé. Em 1996, o papa declarou que o homem é produto da evolução, apenas sua alma foi criada por Deus. Ser ateísta, no entanto, tornou-se mais fácil após Darwin, e essa é a razão do ódio que seu nome desperta entre os fundamentalistas religiosos. Antes de Darwin o argumento teleológico de Paley, que deduz a existência de Deus pela complexidade e perfeição do universo, ainda era levado a sério pelos intelectuais. Darwin puxou-lhes o tapete. Alguns ainda não se levantaram.
Para não terminar em tom negativo, precisamos reconhecer que há vantagens – pequenas, é verdade – na adoção do criacionismo. Não perderíamos tempo procurando explicações racionais, quando sabemos que tudo é fruto de um milagre; não gastaríamos recursos públicos equipando laboratórios de biologia, pois a metafísica não precisa de laboratórios; economizaríamos uma fortuna em livros, pois as bibliotecas teriam nas prateleiras um único título.
(*) José Colucci Jr. é engenheiro e vive em Boston (EUA)
Criacionismo em novo design
José Colucci Jr. (*)
O que acharia o leitor da qualidade editorial deste Observatório se um dia lesse nele um artigo afirmando que a Terra é chata? Não chata como conversa de político ou editorial do Estadão, mas chata como uma pizza, um CD ou, para os mais antigos, um disco de vitrola. Isso jamais aconteceria, pensa o leitor, pois o Observatório só publica comentários sobre o desempenho da imprensa. Verdade. Mas talvez publicasse, se o artigo usasse como gancho alguma reportagem sobre o assunto, quem sabe sobre a Terra vista do espaço. Desta forma, o defensor da teoria da Terra chata, com a desculpa de criticar a imprensa, veicularia suas idéias entre um público bem maior do que o que consegue reunir nos templos terra-chatistas. Absurdo, diz o leitor, todos sabem que a Terra é redonda. Engano, nos ensina o terra-chatista. As fotos que a mostram como uma esfera azulada flutuando no espaço são forjadas, a sombra da Terra sobre a Lua durante um eclipse lunar é causada pela borda do disco plano da Terra, os navios "afundam" no horizonte devido a uma ilusão de óptica. Além do mais, se a Terra fosse redonda os japoneses despencariam no céu.
Não preciso encompridar a história. O leitor já entendeu e provavelmente se pergunta o porquê de tal introdução. Explico. Absurdo comparável ocorreu na semana passada, quando o Observatório da Imprensa publicou propaganda criacionista disfarçada de crítica da imprensa. E publicou-a sob a rubrica "Ciência". Por Júpiter, ciência! Se criacionismo é ciência, o Olavo de Carvalho milita na ala radical do PT.
O artigo em questão – "DNA, o homem e o chimpanzé" – foi escrito por Enézio E. de Almeida Filho e, fiel aos mandamentos dos novos ativistas da cruzada anti-evolucionista, não menciona a palavra criacionismo uma vez sequer. Entende-se. O criacionismo virou nome feio não apenas no meio científico, mas também na mídia. Sua menção conjura a imagem de sectários fundamentalistas brandindo a Bíblia contra o avanço materialista da ciência.
Após uma longa série de derrotas legais, começando com o Scopes Monkey Trial, de 1925, os criacionistas mudaram de estratégia. Como a tática de insistir na inerrância bíblica desabou sob o peso esmagador dos fatos científicos acumulados a favor da evolução, uma nova estratégia precisava ser concebida, como, de fato, foi.
Alarde desproporcional
O novo criacionismo chama-se, em inglês, intelligent design. Em português seria "projeto inteligente", mas o termo foi traduzido por design inteligente – talvez em homenagem à matriz, já que o movimento começou nos EUA. Um de seus expoentes é Phillip Johnson, professor de Direito da Universidade da Califórnia em Berkeley. Segundo o professor Johnson, o ensino da evolução exerce influência perniciosa sobre a cultura contemporânea, e é responsável por muitos de seus problemas sociais e morais. O objetivo final do design inteligente é substituir as explicações materialistas da ciência pelo entendimento de que a natureza e o homem foram criados por Deus. O que diferencia os adeptos do design inteligente dos religiosos assumidamente criacionistas é a estratégia política e de marketing. Após empacotar o velho produto em embalagem de melhor design, os novos criacionistas tentam fazê-lo passar por novo no mercado das idéias.
Para chegarem a esse estágio, alguns compromissos foram aceitos. O mundo não foi criado em 23 de outubro de 4004 AC, como calculou, com base nas Escrituras, o teólogo James Ussher (1581-1656), ou mesmo há 10 mil anos, como calcularam os criacionistas de ontem – há limites até para a fantasia, quando esta procura afetar um ar de ciência. Os postulantes do design inteligente aceitam a idéia de que a idade da Terra mede-se em bilhões de anos, cerca de 4,5 deles, como acreditam os geólogos modernos. Alguns chegam mesmo a aceitar a chamada microevolução enquanto rejeitam a macroevolução – novamente, há limites para a negação do real.
A estratégia do design inteligente na luta contra o evolucionismo naturalista pode ser resumida pelo que Phillip Johnson chama de wedge (cunha). Segundo ele, é preciso aproveitar qualquer brecha – na imprensa, na argumentação dos evolucionistas, nas discussões sobre educação científica – para introduzir o conceito de design inteligente. É a ponta da cunha que abrirá caminho para o resto. Todo o artigo sobre design inteligente que se preze tem que mencionar "o acúmulo de evidências contrárias à evolução", embora não exista um biólogo de renome no planeta que acredite nisso. Não é para menos. Evolução é o fundamento da biologia moderna. Como disse o pioneiro evolucionista Theodosius Dobzhansky, "nada em biologia faz sentido, exceto à luz da evolução".
Diante da impossibilidade de ver suas idéias em publicações da qualidade da Nature, da Science ou da Evolution, os criacionistas fundam as próprias revistas especializadas; diante do magérrimo suporte conquistado nas universidades de prestígio, encorajam os integrantes de suas fileiras a obter títulos de pós-graduação; diante do desinteresse leigo pelo tema da evolução, fazem alarde na imprensa, desproporcional ao número de seus adeptos. Seus trabalhos são escritos no jargão típico da ciência, com expressões como "complexidade irredutível" (Michael Behe) e "informação complexa especificada" (William Dembski), mas não é difícil para o leitor arguto descobrir que a sua bibliografia essencial constitui-se de um único livro – que jamais é citado.
Um fato, como a gravidade
Na estratégia do design inteligente, a motivação religiosa é maquiada de busca científica. Segundo os seus ditames, não se menciona a Bíblia, não se opõe o Gênese a Darwin ou sequer se toca no nome de Deus. O artigo de Enézio Almeida Filho é mostra disso. Os novos criacionistas apenas sugerem um "designer" por trás da cena da criação, deixando a decisão de quem seria este por conta da fé do leitor.
O problema, para os adeptos do design inteligente, é que a estratégia do wedge não está funcionando. A recente derrota legal sofrida no estado americano de Ohio é um exemplo. Primeiro, os criacionistas tentaram introduzir a "ciência da criação" no currículo escolar e falharam. Uniram-se então aos proponentes do design inteligente para introduzir a ponta da cunha criacionista no currículo de Ciências das escolas públicas de Ohio. Mais uma vez falharam. Tentaram, de novo, introduzir o design inteligente no currículo de Ciências Sociais. Nova derrota legal. Nos EUA, a primeira emenda constitucional estabelece a separação entre igreja e Estado, e é graças a ela que se proíbe a doutrinação religiosa nas escolas financiadas pelo dinheiro do contribuinte. Os tribunais americanos reconheceram no design inteligente o que ele realmente é: religião.
Para boa parte dos leitores brasileiros a questão pode parecer sem importância. Afinal, a discussão evolucionismo x criacionismo só se mantém pelo zelo, digamos, religioso, de grupos americanos. De fato, até há pouco o debate era circunscrito aos EUA, sob o olhar pasmado do resto do mundo. Com a expansão das religiões protestantes fundamentalistas no Brasil, porém, o tema do criacionismo bíblico tornou-se popular também por aqui. É preciso que o público e a mídia conheçam as táticas do chamado design inteligente para que não aceitem inocentemente o retrocesso travestido de ciência.
A estratégia mais recente do design inteligente parece ser exigir tratamento igual para as duas teorias da criação: evolucionismo e design inteligente. Cabe a pergunta: por que apenas duas? Porque não três, quatro ou mesmo 15? Por que não a teoria de que a vida surge da respiração de Vishnu? Ou das pulgas dos cabelos de Phan Ku? Ou dos desejos de Iemanjá, filha de Olokum? A resposta é óbvia: porque não são científicas, isto é, não explicam os fatos observados, não podem ser testadas, não têm poder preditivo. Os proponentes do design inteligente alistam-se para lutar numa batalha que já foi perdida há muito tempo.
A evolução é "apenas uma teoria", como querem os postulantes do design inteligente, da mesma maneira que a gravitação é apenas uma teoria. Inúmeras interpretações do fenômeno da gravitação, de Newton a Einstein, não fizeram as maçãs parar de cair na cabeça de cientistas. Como a gravidade, a evolução é um fato. Os mecanismos exatos da evolução estão sujeitos a revisões, como é da natureza da ciência, mas a sua essência continua intacta há quase 150 anos. Em verdade, a teoria de Darwin-Wallace está entre as teorias científicas mais duradouras da história, e tudo indica que continuará assim por muito tempo.
Um único título
Os proponentes do design inteligente raramente apresentam suas próprias idéias, preferindo explorar as falhas reais ou imaginárias no raciocínio dos evolucionistas. O artigo da Veja criticado por Enézio E. de Almeida Filho está cheio delas, mas não a ponto de justificar as afirmações do autor. Diz Almeida Filho:
"A questão hoje em dia não é se a teoria geral da evolução de Darwin contraria os relatos religiosos da criação, mas se as evidências científicas apóiam ou não as especulações darwinistas. As evidências continuam dizendo não a Darwin et alii. E estão apontando em outra direção: design inteligente. Veja, bem como toda a mídia, continua apresentando a evolução como uma guerra cultural entre fé e razão."
Errado. Os únicos que contestam o fato de a evolução ocorrer por mecanismos naturais ou consideram o darwinismo uma mera especulação são os criacionistas, qualquer que seja o título pelo qual gostariam de ser conhecidos. Umas poucas idéias criacionistas são testáveis pelos métodos da ciência, e já foram, de fato, testadas e refutadas. Como disse Stephen Jay Gould, "seres humanos evoluíram de um ancestral comum com o macaco, seja pelo mecanismo proposto por Darwin, seja por qualquer outro ainda por ser descoberto".
A evolução natural é uma teoria científica e, como tal, nada nos diz sobre a existência ou não de Deus. Religiões majoritárias, como as correntes liberais do protestantismo, o catolicismo e o judaísmo não-ortodoxo não a julgam incompatível com a fé. Em 1996, o papa declarou que o homem é produto da evolução, apenas sua alma foi criada por Deus. Ser ateísta, no entanto, tornou-se mais fácil após Darwin, e essa é a razão do ódio que seu nome desperta entre os fundamentalistas religiosos. Antes de Darwin o argumento teleológico de Paley, que deduz a existência de Deus pela complexidade e perfeição do universo, ainda era levado a sério pelos intelectuais. Darwin puxou-lhes o tapete. Alguns ainda não se levantaram.
Para não terminar em tom negativo, precisamos reconhecer que há vantagens – pequenas, é verdade – na adoção do criacionismo. Não perderíamos tempo procurando explicações racionais, quando sabemos que tudo é fruto de um milagre; não gastaríamos recursos públicos equipando laboratórios de biologia, pois a metafísica não precisa de laboratórios; economizaríamos uma fortuna em livros, pois as bibliotecas teriam nas prateleiras um único título.
(*) José Colucci Jr. é engenheiro e vive em Boston (EUA)
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes
Re: Obrigado pelo link Holmes!
"Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra".
Charles Darwin, in A origem das espécies, p. 161
(Leia mais em A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, que aceitou o desafio darwinista)
O autor aceita a ancestralidade comum universal, só lembrando.
Há mais de 30 anos (isso mesmo - mais de 30 anos!) o paradigma neodarwinista (ou teoria sintética - combinação do Darwinismo clássico com a genética mendeliana) vem apresentando dificuldades teórico-empíricas discutidas intramuros, publicamente em alguns jornais e revistas especializados bem como em livros. O interessante é que os autores são todos cientistas evolucionistas de renome internacional.
Não vem enfrentando dificuldades que afetem a conclusão da ancestralidade comum universal. Mais questões vão sendo sempre levantadas, porque é sempre o que ocorre com teorias científicas de verdade.
Da mesma forma, vem sempre se postulando e testando hipóteses de novas partículas, de novos planetas, e etc, mas isso não significa que, existindo ou não esses planetas ou partículas, que as bases sobre as quais se está trabalhando não fosem sólidas.
Isso é obvio, mas o objetivo desse texto é só confundir e enganar, ou é o texto de alguém que já foi enganado e está confuso, e agora apenas propaga sua desinformação.
Mas o mais interessante mesmo é a postura da mídia brasileira em relação a tão importante fato: silêncio total!
A mídia volta e meia lança manchetes como "nova espécie de sapo desafia a teoria da evolução", "desafiar a teoria da evolução" ou de qualquer outra coisa é o cliché favorito dos jornalistas que trabalham em divulgação científica, e ele vem com essa de que há uma conspiração para não divulgar as falhas.
O que está ocorrendo com o neodarwinismo é o que Thomas S. Khun brilhantemente apontou no seu A estrutura das revoluções científicas (1998, São Paulo, Perspectiva): quando existem anomalias que a teoria não previu e às quais não consegue mais responder, o paradigma entra em crise, teorias ad hoc são criadas pelos cientistas na tentativa da manutenção/salvação do modelo científico.
Só que ele não deve saber dar exemplos de anomalias quanto a teoria da ancestralidade comum universal.
Seleção natural, pura e simplesmente, se fosse o único mecanismo possível, enfrentaria anomalias como no caso de evolução neutra. Não sei se o neutralismo é considerável como uma hipótese "ad hoc", mas ambos são testáveis e fazem sentido com a genética. Não é o mesmo tipo de ad hoc que se faz para tentar salvar a astrologia ou criacionismos, ad hocs que eximem da necessidade de explicação, ou que explicam as anomalias com coisas não testáveis ou inexplicáveis.
Ao longo desses mais de 30 anos, o que se questiona pelo rigor do método científico é: qual mecanismo teria ocasionado, ao longo do tempo (bilhões de anos), o processo evolutivo da origem da vida - Elementos químicos adequados + forças naturais + tempo (bilhões de anos) + acaso (seleção natural + mutações genéticas).
Putz, quanta ignorância. DEfine acaso como seleção natural mais mutações. É como se eu definisse "acaso" como "coleta de materiais diversos e separação seletiva dos metais dos demais materiais".
A abiogênese [teoria da geração espontânea], sem nenhum respaldo do método científico (Redi e Pasteur há muito inviabilizaram esta hipótese), é aceita como tendo produzido o primeiro ser vivo simples de uma base não-viva que se transformou num ser vivo mais complexo.
Mais exemplos de ignorância.
Em primeiro luar, abiogênese é necessária sempre que se assume que a vida não existiu eternamente. Tenha ela surgido por milagre do barro, ou por reações químicas naturais que originaram processualmente uma forma de vida simples, é abiogênese.
Pasteur e Redi não inviabilizaram a hipótese da abiogênese defendida atualmente pela ciência, mas de abiogêneses mais parecidas com as que os criacionismos defendem, de origem abrupta de espécies a partir de matéria não-viva. Ou seja, que da água pura não surgem bactérias, não que uma forma mais simples de vida - sem ser uma bactéria complexa existente dos dias de hoje - não possa vir a se formar de alguma forma ainda não totalmente conhecida.
É engraçado e até irônico: um sapo ser beijado por uma princesa e transformado em príncipe é história da carochinha. Agora, um suposto ser unicelular (inobservado) ao longo de bilhões de anos se transformar em Australopithecus e depois em Charles Darwin (inobservado), isso sim, é considerado ciência!
De quem mesmo que ele plagiou esse espantalho? Wells?
Não são 30 dias de debates. São 38 anos. Jornalistas científicos deveriam considerar o questionamento levantado por G. A. Kerkut (evolucionista) em relação à evidência inadequada de sete importantes inferências evolucionistas [Teoria Geral da Evolução]:
1. Coisas não-vivas deram origem a organismos vivos;
2. A abiogênese ocorreu uma vez;
3. Os vírus, bactérias, plantas e animais são todos inter-relacionados;
4. Os protozoários deram origem aos metazoários;
5. Vários filos de invertebrados são inter-relacionados;
6. Os invertebrados deram origem aos vertebrados; e
7. Peixes, répteis, aves e mamíferos tiveram origem ancestral comum. in Implications of Evolution, New York, Pergamon, 1960, pp. 150-157.
O que eu grifei não faz parte necessária de uma "teoria geral da evolução", embora seja o geralmente assumido, porque, como já expliquei, a vida precisa ter surgido abióticamente a menos que se suponha que tenha sempre existido; e é mais parcimonioso assumir que ela surgiu número mínimo de vezes do que múltiplas vezes.
Onde é que fica a visão kuhniana em toda esta história? As anomalias existem, o modelo teórico não consegue mais respondê-las, a teoria entrou em crise, há debates intramuros, foram criadas teorias ad hoc (será que diferem do Deus das lacunas? - parece que não) para salvar/manter o paradigma. Estamos vivendo a transitoriedade crítica do neodarwinismo. Há outras propostas, como o Planejamento Inteligente (Michael J. Behe - A caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997), mas a Nomenklatura acadêmica nem sequer deseja ouvir o pleito dos inovadores.
Ele não fala quais seriam as tais "dificuldades", e nem que o Behe não ataca a ancestralidade comum universal.
A diferença de eventuais "ad-hocs" científicos quanto aos deus das lacunas é que devem ser hipóteses também testáveis e que só fazem uso de explicações naturais, sem mágica, sem evocar algo misterioso e desconhecido como "explicação".
Nas reportagens científicas, não há uma distinção no termo teoria da evolução: Teoria Especial da Evolução (Dobzhansky) - microevoluções ocorrem intra-espécies e são observadas e empiricamente comprovadas; Teoria Geral da Evolução (Goldschmidt) - macro-evoluções ocorrendo inter-espécies, eventos inusitados, inobservados, ocorridos uma vez em passado mui distante, não têm como ser comprovados empiricamente. Por que essa distinção precípua não é feita? A Teoria Geral da Evolução é apresentada como se fosse fato inconteste.
Eu acho que nunca vejo não-criacionistas usando essa terminologia de "teoria geral da evolução", que nem é de Goldschimidt. Goldschimidt apenas propôs o saltacionismo, que é majoritariamente descartado hoje como forma modal de especiação. E não é a única forma de especiação.
Ele também ignora como se comprova indiretamente uma hipótese
Toda idéia ou teoria científica deve ser debatida para o bem da ciência.
Indispensavelmente por alguém que a conheça, não adianta gente que não sabe do que está falando se meter a debater o que não sabe e ficar propagando ignorância. Isso é só irresponsabilidade, vandalismo cultural e científico.
Esta é a máxima propalada pelos cientistas, mas pouco seguida por eles mesmos. Especialmente a Teoria da Evolução. Por quê? Porque ela permeia toda a nossa Weltanschauung cultural atual. Por que o neodarwinismo não pode ser submetido ao rigor do método científico?
Mentira
Por que não o debate público de suas teorias? O modelo neodarwinista deve ser trazido para este debate racional, porque como teoria não pode arrogar o status de "fato" acima de quaisquer suspeitas em contrário. Se não, temos aqui o exemplo ímpar de theoria perennis. Não fazer isso é condenar o mundo a um poço profundo de ignorância intelectual. Se o paradigma científico estiver errado, quais foram/são/serão as conseqüências para as pesquisas biológicas???
Por que os que acham que o neodarwinismo está refutado, escrevem para o OI em vez de para periódicos científicos, e ficam falando de conspirações em vez de apontar as tais falhas?
Por que nunca propõem outras "teorias" alternativas além das que vão de acordo com sua fé religiosa?
O método científico (Gewandsznajder, Fernando. O que é o método científico? São Paulo, Pioneira, 1989) ainda é o parâmetro aceito pela Academia para a aceitação de quaisquer teorias científicas. O neodarwinismo passaria pelo rigor do método científico? Parece que não.
Mas ele não demonstra isso, apenas passa sua "conclusão" e esconde o seu "raciocínio".
Por que este modelo teórico não é considerado pelos jornalistas científicos por este critério aceito pela própria ciência? É o medo de Darwin ser encontrado nu? De o neodarwinismo ser encontrado em falta como teoria científica? O que há por trás das reações emotivas de cientistas fundamentalistas/ultra-darwinistas como Richard Dawkins, Daniel Dennett e outros? Os limites da seleção natural não seriam uma razão muito forte para se considerar novas teorias (Stephen C. Meyer, filósofo em ciências, Cambridge University)? Qual a razão desse silêncio tumular da mídia sobre tão importante assunto?
Que limites da seleção natural? Não estou dizendo que é "ilimitada", mas ela se propõe por acaso a explicar algo que não dê conta?
Que teorias alternativas? Há alguma com um mecanismo não mágico?
Stephen C. Meyer é defensor do ID e da ancestralidade comum universal ao mesmo tempo.
Quando Karl Popper concluiu em 1976 que "o darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica" [Unended quest: an intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168], qual foi a reação da Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana, demonstrar o contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não "rezar" pelo cânon vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase lhe cassaram a cidadania no reino científico - este, por razões pragmáticas de sobrevivência na Academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em relação à ciência biológica. Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição. Sem fogueiras... Tratamento diferente do dispensado a Galileu? Não!
Por que ele não demonstra que o raciocínio original de Popper estava correto, em vez de só dizer que a força da conspiração o silenciou?
Talvez porque seja preciso saber do que se está falando.
Logo em seguida, Collin Patterson, paleontólogo, evolucionista, do Museu de História Natural de Londres, no dia 5 de novembro de 1981, no Museu Americano de História Natural, diante de uma platéia formada por cientistas americanos, todos evolucionistas, perguntou:
"Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja verdade?"
A platéia ficou muda. São passados 17 anos e a pergunta de Patterson continua sem resposta. Nem Nobel em Biologia, até hoje, respondeu à sua pergunta... Collin Patterson, pressionado pela Nomenklatura científica, também cedeu um pouco nas suas críticas ao neodarwinismo e tentou, mais tarde, explicar o inexplicável de sua famosa pergunta. Por quê? Medo de perder a reputação acadêmica e o cargo no Museu de História Natural em Londres. Diferente de Galileu, que ousou ir contra a Academia do seu tempo...
Clássico das citações fora de contexto para enganar os trouxas. O paleontólogo estava se referindo à algo como a utilidade de se levar em consideração a evolução para a taxonomia, não pondo a evolução em questão enquanto paradoxalemente continua a defendendo...
mas dá sempre para enganar alguns com isso...
Em 1985, Michael Denton, Senior Research Fellow, especialista em Genética Humana, da Universidade Otago, Nova Zelândia, escreveu o livro Evolution: a theory in crisis [inédito em português] apresentando suas objeções ao neodarwinismo: há muitos órgãos altamente complexos, bem como sistemas e estruturas que não podem ser concebidos como tendo surgido em termos de acumulação gradual de mutações ao acaso, ao longo dos anos. Como era de se esperar, a Nomenklatura reagiu e continua reagindo às objeções do Dr. Denton. Este, contudo, vem resistindo aos ataques pessoais desfechados. Escreveu outro livro: Nature’s destiny - how the laws of biology reveal purpose in the Universe [também inédito em português].[
No sengundo livro ele aceita a ancestralidade comum universal, não sei se a suficiência da seleção natural para a adaptação.
Mas eis que surgiu Michael J. Behe, bioquímico, professor-assistente na Lehigh University, Pensilvânia, com a tese do Planejamento Inteligente e da Complexidade Irredutível bem delineados no seu livro - A caixa preta de Darwin [Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997]. Como era de se esperar, a Nomenklatura foi visceralmente contra. No neodarwinismo todos têm que ser como soldadinhos de chumbo: idênticos e uniformes. Qualquer "diversidade" é heresia. Mas entre os evolucionistas houve quem destacasse a proposição de Behe como uma que não pode deixar de ser examinada. Cum granum salis. Foram poucos os da Academia. Assim como com Galileu...
E nada de alguém se propor a testar a criação inteligente.
Vêem falhas onde não tem, falam que a evolução é impossível de ser testada quando não é, mas não tem rigor nenhum de julgamento com qualquer coisa a favor de sua fé. "Nomenklatura fundamentalista criacionista"?
Há outros nesse crescente movimento do planejamento inteligente. Todos cientistas, biólogos, bioquímicos e filósofos de ciência de peso como Charles Thaxton, David Berlinski, Walter Bradley, William A. Dembski, Stephen C. Meyer, Jonatham Wells. Todos questionando a validade científica do paradigma neodarwinista em muitos aspectos.
Questionando sem fundamentos que realmente ponham em questão, e sem defender nada sólido como alternativa, só o que vai de acordo com a fé religiosa.
É preciso levantar o porquê de os cientistas evolucionistas não quererem o debate público dessas anomalias.
Ele está escrevendo esse texto enorme e não aborda as tais "anomalias".
Um novo paradigma científico em Biologia está sofrendo as dores de parto, mas a KGB científica através de seus agentes deseja abortá-lo.
Nem precisa, é um feto mal-formado e anencefálico, mas que cuja mãe insiste em levar adiante a gravidez e o parto, e até criar um bebê morto, totalmente esquizofrênica, sem nem desconfiar que é um defunto sem cérebro.
Apesar de posar como "ortodoxia científica", o neodarwinismo já morreu. Que venha o novo paradigma - Planejamento inteligente!
É tão irrealisticamente otimista que se esquece, vendo só o que lhe é agradável, que o planejamento inteligente de Behe e outros não nega ancestralidade comum universal.
Há, pelo menos, cinco crises dentro do atual modelo. Mesmo as teorias ad hoc criadas não conseguiram salvar a teoria, antes, trouxeram mais problemas:
1.Não-substanciação de um mecanismo darwinista de evolução;
Até que enfim os "problemas"...
bem, acho que nem tem o que comentar do primeiro, a seleção natural é bem substanciada e aceita até por alguns criacionismos, qualquer um suficientemente informado sabe disso.
2. Falha total dos estudos sobre a origem da vida em produzir um modelo teórico que funcione;
Não tem a ver com neodarwinismo, nem com ancestralidade comum universal, sao coisas totalmente independentes.
Da mesma forma, nenhum modelo de criacionismo propõe um mecanismo para origem da vida.
3. Inabilidade do mecanismo evolucionista em explicar a origem das adaptações complexas;
Ignorância dele novamente.
4. Falência da hipótese do ‘relojoeiro cego’ (Dawkins);
Além de ignorante é redundante. Relojoeiro cego é a mesma coisa que seleção natural. E o que faliu foi a analogia do relógio de Paley.
5. A evidência biológica de que a regra na Natureza é a estabilidade morfológica ao longo do tempo, e não mudança constante.
Não é incompatível com qualquer coisa da evolução, que não defende mudança mais constante do que ocorre.
Se alguém percorrer as páginas de nossas revistas e jornais, apesar da ressalva feita por alguns jornalistas científicos de que as teorias científicas são construtos próximos da verdade, a evolução das espécies - em nível macro - é mencionada como se tivesse ocorrido. Empiricamente a verdade é outra... O registro fóssil diz não desde o tempo de Darwin. A biologia molecular também. A bioquímica idem. Alguns jornalistas tiveram acesso ao questionamento de abalizados cientistas evolucionistas. Outros não. Dos que sabiam, por que não lidaram com aquelas dificuldades teórico-empíricas? Desonestidade jornalística ou a presença de "camisa de força" nas redações imposta pelo Zeitgeist e pela Nomenklatura científica?
Ele será mesmo apenas ignorante ou desonesto ao fazer essas afirmações?
No mínimo irresponsável por propagar ignorância e informação falsa.
Será que não tem nenhum criacionista que se envergonhe com esse tipo de atitude desonesta? Não podem aceitar o seu criacionismo específico apenas com fé e humildade, precisam de vitimar os outros com suas mentiras?
Sem tempo nem paciência para isso.
Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:
www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.
Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution
Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções
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