Filosofia ainda é curso desconhecido
- Vito Álvaro
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Filosofia ainda é curso desconhecido
Filosofia ainda é curso desconhecido
15/11/2005 - 09h40
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
Programas de televisão, livros cada vez mais palatáveis, tudo com a intenção de tirar Platão da caverna e tornar a filosofia acessível ao gosto do público. Mas quem ingressa na graduação, na aspereza da academia, muitas vezes nem sabe com o que vai lidar ou trabalhar.
"A palavra filosofia está em moda, mas nem sempre o que pensam é o que o curso significa realmente", diz o coordenador da graduação de filosofia da USP, Roberto Bolzani Filho.
Para ele, o principal engano --e um dos motivos do abandono do curso-- é imaginar que a graduação seja um espaço para discutir. "Alguns esperam expressar opiniões. Outros vêm até com uma visão terapêutica. Aqui na faculdade o aluno vai aprender a ter opinião e não só a falar."
No curso, os alunos vão encarar aulas sobre história da filosofia, além de disciplinas sobre ética, lógica, estética, teoria do conhecimento e filosofia da linguagem. E a carga de leituras é pesada.
O mercado tradicional para quem se forma ainda é seguir a carreira acadêmica e se tornar pesquisador ou comentarista. Referências de eruditos não faltam: Marilena Chaui, Renato Janine Ribeiro, José Arthur Gianotti são professores com grande espaço na mídia.
Alternativa
Formada em filosofia e com visão administrativa apurada, Viviane Horta, com dois professores da UnB (Universidade de Brasília), colocou em prática um projeto de levar a filosofia para leigos.
Criou na capital do país, em março deste ano, um espaço que simula uma casa e onde são oferecidos cursos livres de filosofia --temáticos, abordando, por exemplo, a morte-- para quem tem interesse nesses assuntos e não quer ingressar numa faculdade só para isso. A sociedade de atividades filosóficas recebeu o nome de "Sophia +". "A gente fez um lugar aconchegante, para sair do ambiente de escola, de cadeira com braço."
O sucesso de público dos pouco mais de seis meses já tem mostrado retorno financeiro, segundo ela. E até o público infantil virou alvo. "Trabalho com as crianças de sete anos, em oficinas filosóficas. Elas ficam quatro horas duas vezes por semana e têm atividade artística e discussão", explica.
Pequeno filósofo?
Nos meios acadêmicos, a profissionalização da filosofia --com mais colóquios, seminários, revistas e encontros-- chegou a tal ponto que, hoje, alguns professores questionam se isso vale a pena. Júlio Cabrera, da UnB, acha que existe um preconceito contra a nomenclatura de "filósofo".
"Quando você acredita que é filósofo, é considerado arrogante, pouco sério. Mas muitos alunos criativos vão sendo inibidos, até se tornarem bons comentadores, especialistas", diz.
Na opinião de Cabrera, na graduação, a liberdade dos alunos é pouco incentivada. "Parece-me que há uma espécie de conformismo no Brasil. E a pergunta que deve ser feita é: "O que você prefere ser: um grande comentarista ou um pequeno filósofo?'"
Folha
15/11/2005 - 09h40
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo
Programas de televisão, livros cada vez mais palatáveis, tudo com a intenção de tirar Platão da caverna e tornar a filosofia acessível ao gosto do público. Mas quem ingressa na graduação, na aspereza da academia, muitas vezes nem sabe com o que vai lidar ou trabalhar.
"A palavra filosofia está em moda, mas nem sempre o que pensam é o que o curso significa realmente", diz o coordenador da graduação de filosofia da USP, Roberto Bolzani Filho.
Para ele, o principal engano --e um dos motivos do abandono do curso-- é imaginar que a graduação seja um espaço para discutir. "Alguns esperam expressar opiniões. Outros vêm até com uma visão terapêutica. Aqui na faculdade o aluno vai aprender a ter opinião e não só a falar."
No curso, os alunos vão encarar aulas sobre história da filosofia, além de disciplinas sobre ética, lógica, estética, teoria do conhecimento e filosofia da linguagem. E a carga de leituras é pesada.
O mercado tradicional para quem se forma ainda é seguir a carreira acadêmica e se tornar pesquisador ou comentarista. Referências de eruditos não faltam: Marilena Chaui, Renato Janine Ribeiro, José Arthur Gianotti são professores com grande espaço na mídia.
Alternativa
Formada em filosofia e com visão administrativa apurada, Viviane Horta, com dois professores da UnB (Universidade de Brasília), colocou em prática um projeto de levar a filosofia para leigos.
Criou na capital do país, em março deste ano, um espaço que simula uma casa e onde são oferecidos cursos livres de filosofia --temáticos, abordando, por exemplo, a morte-- para quem tem interesse nesses assuntos e não quer ingressar numa faculdade só para isso. A sociedade de atividades filosóficas recebeu o nome de "Sophia +". "A gente fez um lugar aconchegante, para sair do ambiente de escola, de cadeira com braço."
O sucesso de público dos pouco mais de seis meses já tem mostrado retorno financeiro, segundo ela. E até o público infantil virou alvo. "Trabalho com as crianças de sete anos, em oficinas filosóficas. Elas ficam quatro horas duas vezes por semana e têm atividade artística e discussão", explica.
Pequeno filósofo?
Nos meios acadêmicos, a profissionalização da filosofia --com mais colóquios, seminários, revistas e encontros-- chegou a tal ponto que, hoje, alguns professores questionam se isso vale a pena. Júlio Cabrera, da UnB, acha que existe um preconceito contra a nomenclatura de "filósofo".
"Quando você acredita que é filósofo, é considerado arrogante, pouco sério. Mas muitos alunos criativos vão sendo inibidos, até se tornarem bons comentadores, especialistas", diz.
Na opinião de Cabrera, na graduação, a liberdade dos alunos é pouco incentivada. "Parece-me que há uma espécie de conformismo no Brasil. E a pergunta que deve ser feita é: "O que você prefere ser: um grande comentarista ou um pequeno filósofo?'"
Folha
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Status: Ocupadíssimo (Se caso queria me falar, mande MP ou Gmail)
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Pois eh. Eu acho necessário começar com o ensino de filosofia no ensino fundamental. Mesmo pq talvez isso mudaria um pouco o meio dogmático que as matérias são ensinadas.
Há sim um grande problema de trabalhar com filosofia pura com crianças, pois o assunto é muito complexo. Mas eu vejo a principal função da filosofia na tentativa de preencher as lacunas de muitos conhecimentos que ficam em aberto.
Como por exemplo o da Geometria Analítica. Poucos sabem que ela surgiu como um esforço de Descartes para banir a imaginação desta ciência (já que a geometria tradicional sempre trabalha com imagens) para transformá-la numa ciência completamente racional. Isso acontece pois a imaginação é uma faculdade da alma muito problemática. Pela imaginaçõa nós podemos conhecer tanto coisas reais como fantasias, como o pégaso ou o minotauro. E, pra ajudar, ela não nos dá o critério para discernir o que nela é falso do que é verdadeiro. Daí toda a preocupação cartesiana em torná-la estritamente racional.
Mas o projeto não para aí. Ele busca ainda dar uma fundamentação para o uso que era feito por seus atecessores que procuravam descrever o mundo de forma geométrica. Para Descartes, a geometria é uma propriedade intrínseca do espaço, e este é uma proipriedade intrínseca da matéria. Então a matéria é essencialmente geométrica. Isso nos garantiria que descrevêssemos os fenômenos através da geometria, falaríamos de como eles agem realmente. O que era a pretenção de Newton, Galileu e outros cientistas por contraposição aos escolásticos, que não pretendiam falar das coisas mesmas, mas apenas 'salvar os fenômenos' (que consiste na idéia de dar uma explicação pros fenômenos sem que esta explicação tenha o intuito de descrever a realidade).
Conhecer estas coisas, nos faria ter um conhecimento mais crítico da ciência, e nos proporcionaria maior autonomia.
Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Isso faz com que muitos terminem o curso sem sequer entender o funcionamento da filosofia, pois não apreenderam, talvez por culpa dos professores mesmo, que a filosofia sempre aparece como problema para o historiador, bem como a história sempre aparece como problema para o filósofo. E que não existe uma distinção tão nítida entre o texto filosófico e o histórico.
O bom historiador é também filósofo, pois sempre comenta o autor a partir da sua própria cosmovisão, afinal, seria possível se livrar completamente disso? E o bom filósofo sempre é historiador, na medida que sua filosofia sempre é um caerto de contas com a tradição. E como acertar as contas com a tradição sem fazer uma história da tradição, situando os erros que devem ser corrigidos?
Eu acho que o maior problema mesmo é o curriculo, que não priveligia este debate que é fundamental para qualquer um que esteja envolvido com a filosofia. Saber como esta disciplina surge e entender pq ela surge, bem como estudar as variadas escolas existentes, seria algo que contribuiria muito para o amadurecimento dos alunos, e proporcionaria a eles um maior desenvolvimento filosófico. Eu mesmo lamento só ter descoberto isso no meu penúltimo ano na faculdade.
Há sim um grande problema de trabalhar com filosofia pura com crianças, pois o assunto é muito complexo. Mas eu vejo a principal função da filosofia na tentativa de preencher as lacunas de muitos conhecimentos que ficam em aberto.
Como por exemplo o da Geometria Analítica. Poucos sabem que ela surgiu como um esforço de Descartes para banir a imaginação desta ciência (já que a geometria tradicional sempre trabalha com imagens) para transformá-la numa ciência completamente racional. Isso acontece pois a imaginação é uma faculdade da alma muito problemática. Pela imaginaçõa nós podemos conhecer tanto coisas reais como fantasias, como o pégaso ou o minotauro. E, pra ajudar, ela não nos dá o critério para discernir o que nela é falso do que é verdadeiro. Daí toda a preocupação cartesiana em torná-la estritamente racional.
Mas o projeto não para aí. Ele busca ainda dar uma fundamentação para o uso que era feito por seus atecessores que procuravam descrever o mundo de forma geométrica. Para Descartes, a geometria é uma propriedade intrínseca do espaço, e este é uma proipriedade intrínseca da matéria. Então a matéria é essencialmente geométrica. Isso nos garantiria que descrevêssemos os fenômenos através da geometria, falaríamos de como eles agem realmente. O que era a pretenção de Newton, Galileu e outros cientistas por contraposição aos escolásticos, que não pretendiam falar das coisas mesmas, mas apenas 'salvar os fenômenos' (que consiste na idéia de dar uma explicação pros fenômenos sem que esta explicação tenha o intuito de descrever a realidade).
Conhecer estas coisas, nos faria ter um conhecimento mais crítico da ciência, e nos proporcionaria maior autonomia.
Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Isso faz com que muitos terminem o curso sem sequer entender o funcionamento da filosofia, pois não apreenderam, talvez por culpa dos professores mesmo, que a filosofia sempre aparece como problema para o historiador, bem como a história sempre aparece como problema para o filósofo. E que não existe uma distinção tão nítida entre o texto filosófico e o histórico.
O bom historiador é também filósofo, pois sempre comenta o autor a partir da sua própria cosmovisão, afinal, seria possível se livrar completamente disso? E o bom filósofo sempre é historiador, na medida que sua filosofia sempre é um caerto de contas com a tradição. E como acertar as contas com a tradição sem fazer uma história da tradição, situando os erros que devem ser corrigidos?
Eu acho que o maior problema mesmo é o curriculo, que não priveligia este debate que é fundamental para qualquer um que esteja envolvido com a filosofia. Saber como esta disciplina surge e entender pq ela surge, bem como estudar as variadas escolas existentes, seria algo que contribuiria muito para o amadurecimento dos alunos, e proporcionaria a eles um maior desenvolvimento filosófico. Eu mesmo lamento só ter descoberto isso no meu penúltimo ano na faculdade.
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- Luis Dantas
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Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
Me surpreende o quanto tantos que deveriam ser considerados cientistas desconhecem de filosofia básica. Noções de Epistemologia deveriam ser parte da base de formação de qualquer mestrando, senão dos graduandos mesmo.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
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Fernando escreveu: Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Seus professores falam isto mesmo?
Nunca um professor meu falou isto (ao menos diante de mim).
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- Res Cogitans
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Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
filosofia é tão desconhecida que tem gente que pega eletiva na faculdade e acha que é filósofo.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
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Re: Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
Res Cogitans escreveu:filosofia é tão desconhecida que tem gente que pega eletiva na faculdade e acha que é filósofo.




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Dante, the Wicked escreveu:Fernando escreveu: Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Seus professores falam isto mesmo?
Nunca um professor meu falou isto (ao menos diante de mim).
Vc conhece o Franklin Leopoldo e Silva? Ele é um que diz que é historiador e se afasta cada dia mais da filosofia.
"Nada tem valor algum senão dentro do coração, e não como coisa" (Hegel)
Re: Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
Res Cogitans escreveu:filosofia é tão desconhecida que tem gente que pega eletiva na faculdade e acha que é filósofo.
É foda...
"Noite escura agora é manhã..."
Fernando escreveu:Dante, the Wicked escreveu:Fernando escreveu: Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Seus professores falam isto mesmo?
Nunca um professor meu falou isto (ao menos diante de mim).
Vc conhece o Franklin Leopoldo e Silva? Ele é um que diz que é historiador e se afasta cada dia mais da filosofia.
Mas, entendo o que querem dizer.
Um acadêmico em filosofia não é, necessariamente, um filósofo.
"Noite escura agora é manhã..."
Alter-ego escreveu:Fernando escreveu:Dante, the Wicked escreveu:Fernando escreveu: Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Seus professores falam isto mesmo?
Nunca um professor meu falou isto (ao menos diante de mim).
Vc conhece o Franklin Leopoldo e Silva? Ele é um que diz que é historiador e se afasta cada dia mais da filosofia.
Mas, entendo o que querem dizer.
Um acadêmico em filosofia não é, necessariamente, um filósofo.
Mas eu não estou falando de simples graduandos. Estou falando de doutores. Acho bem difícil que um doutor aprovado com louvor em seu doutoramento numa instituição competente não tenha um grande contato com a filosofia.
A questão é que a filosofia está diretamente ligada com sua história, assim como a história está dietamente ligada com a filosofia.
Os problemas filosóficos sempre aparecem para o mais puro historiador da filosofia, assim como os problemas da história da filosofia aparecem para os mais puros filósofos.
"Nada tem valor algum senão dentro do coração, e não como coisa" (Hegel)
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- Registrado em: 27 Out 2005, 21:18
Fernando escreveu:Alter-ego escreveu:Fernando escreveu:Dante, the Wicked escreveu:Fernando escreveu: Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Seus professores falam isto mesmo?
Nunca um professor meu falou isto (ao menos diante de mim).
Vc conhece o Franklin Leopoldo e Silva? Ele é um que diz que é historiador e se afasta cada dia mais da filosofia.
Mas, entendo o que querem dizer.
Um acadêmico em filosofia não é, necessariamente, um filósofo.
Mas eu não estou falando de simples graduandos. Estou falando de doutores. Acho bem difícil que um doutor aprovado com louvor em seu doutoramento numa instituição competente não tenha um grande contato com a filosofia.
A questão é que a filosofia está diretamente ligada com sua história, assim como a história está dietamente ligada com a filosofia.
Os problemas filosóficos sempre aparecem para o mais puro historiador da filosofia, assim como os problemas da história da filosofia aparecem para os mais puros filósofos.
Ao meu ver isto é tirar o corpo fora. Há muita coisa a ser feita na filosofia:
- Situações novas ou inéditas dão muitas questões para a ética e a filosofia política.
- A lógica está tendo um desenvolvimento extraordinário. A lógica para-consistente do Newton da Costa colocou o Brasil no mapa do estudo de lógica.
etc.
Agora, se o cara quer ficar por fora disto e se limitar ficar comentando Descartes, tem mais é que ser chamado de historiador da filosofia mesmo.
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Dante, the Wicked escreveu:Fernando escreveu:Alter-ego escreveu:Fernando escreveu:Dante, the Wicked escreveu:Fernando escreveu: Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Seus professores falam isto mesmo?
Nunca um professor meu falou isto (ao menos diante de mim).
Vc conhece o Franklin Leopoldo e Silva? Ele é um que diz que é historiador e se afasta cada dia mais da filosofia.
Mas, entendo o que querem dizer.
Um acadêmico em filosofia não é, necessariamente, um filósofo.
Mas eu não estou falando de simples graduandos. Estou falando de doutores. Acho bem difícil que um doutor aprovado com louvor em seu doutoramento numa instituição competente não tenha um grande contato com a filosofia.
A questão é que a filosofia está diretamente ligada com sua história, assim como a história está dietamente ligada com a filosofia.
Os problemas filosóficos sempre aparecem para o mais puro historiador da filosofia, assim como os problemas da história da filosofia aparecem para os mais puros filósofos.
Ao meu ver isto é tirar o corpo fora. Há muita coisa a ser feita na filosofia:
- Situações novas ou inéditas dão muitas questões para a ética e a filosofia política.
- A lógica está tendo um desenvolvimento extraordinário. A lógica para-consistente do Newton da Costa colocou o Brasil no mapa do estudo de lógica.
etc.
Agora, se o cara quer ficar por fora disto e se limitar ficar comentando Descartes, tem mais é que ser chamado de historiador da filosofia mesmo.
E quando o cara é um excelente comentador de Descartes. Será mesmo que ele não é filósofo?
"Nada tem valor algum senão dentro do coração, e não como coisa" (Hegel)
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- Registrado em: 27 Out 2005, 21:18
Fernando escreveu:Dante, the Wicked escreveu:Fernando escreveu:Alter-ego escreveu:Fernando escreveu:Dante, the Wicked escreveu:Fernando escreveu: Outro ponto interessante que o texto toca é a dificuldade que o acadêmico tem em se encontrar com a filosofia na academia. Por um lado os professores insistem em dizer que são historiadores da filosofia e não filósofos. Por outro, os alunos entraram na faculdade pq queriam lidar com a filosofia, não com a sua história.
Seus professores falam isto mesmo?
Nunca um professor meu falou isto (ao menos diante de mim).
Vc conhece o Franklin Leopoldo e Silva? Ele é um que diz que é historiador e se afasta cada dia mais da filosofia.
Mas, entendo o que querem dizer.
Um acadêmico em filosofia não é, necessariamente, um filósofo.
Mas eu não estou falando de simples graduandos. Estou falando de doutores. Acho bem difícil que um doutor aprovado com louvor em seu doutoramento numa instituição competente não tenha um grande contato com a filosofia.
A questão é que a filosofia está diretamente ligada com sua história, assim como a história está dietamente ligada com a filosofia.
Os problemas filosóficos sempre aparecem para o mais puro historiador da filosofia, assim como os problemas da história da filosofia aparecem para os mais puros filósofos.
Ao meu ver isto é tirar o corpo fora. Há muita coisa a ser feita na filosofia:
- Situações novas ou inéditas dão muitas questões para a ética e a filosofia política.
- A lógica está tendo um desenvolvimento extraordinário. A lógica para-consistente do Newton da Costa colocou o Brasil no mapa do estudo de lógica.
etc.
Agora, se o cara quer ficar por fora disto e se limitar ficar comentando Descartes, tem mais é que ser chamado de historiador da filosofia mesmo.
E quando o cara é um excelente comentador de Descartes. Será mesmo que ele não é filósofo?
Tá mais pra paleontólogo.
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Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
Então vc acha que o comentador não faz filosofia enquanto está comentando um texto?
"Nada tem valor algum senão dentro do coração, e não como coisa" (Hegel)
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- Registrado em: 27 Out 2005, 21:18
Re: Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
Fernando escreveu: Então vc acha que o comentador não faz filosofia enquanto está comentando um texto?
Fazer até que faz. Mas, sinceramente, qual o intuito de ficar comentando Descartes? É tão simples:
- Dúvidas hiperbólicas
- Ponto arquimediano
- Cogito
- Argumento ontológico
etc.
Sinceramente, não entendo verem tanto mistério nisto.
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Re: Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
Dante, the Wicked escreveu:Fazer até que faz. Mas, sinceramente, qual o intuito de ficar comentando Descartes? É tão simples:
- Dúvidas hiperbólicas
- Ponto arquimediano
- Cogito
- Argumento ontológico
etc.
Sinceramente, não entendo verem tanto mistério nisto.
É, as coisas não são tão triviais assim. Comumente a tradição entende que Descartes é o responsável pelo surgimento da individualidade e da subjetividade.
Mas saber se existe realmente este programa dentro da filosofia cartesiana já é algo que daria por si só uma ótima tese de doutoramento. E as consequências de se descobrir que o racionalismo não precisaria da crítica kantiana pois dá conta dos problemas que ela alega que ele não dá, dariam uma questão pra se preocupar pro resto da vida, pois poderíamos julgar toda a contemporaneidade pela ótica cartesiana. Isso nos poderia render uma nova filosofia, própria e original.
Se vc não acha nada de mais nisso. Então tah, né...
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- Mensagens: 4326
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Re: Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
Fernando escreveu:Dante, the Wicked escreveu:Fazer até que faz. Mas, sinceramente, qual o intuito de ficar comentando Descartes? É tão simples:
- Dúvidas hiperbólicas
- Ponto arquimediano
- Cogito
- Argumento ontológico
etc.
Sinceramente, não entendo verem tanto mistério nisto.
É, as coisas não são tão triviais assim. Comumente a tradição entende que Descartes é o responsável pelo surgimento da individualidade e da subjetividade.
Mas saber se existe realmente este programa dentro da filosofia cartesiana já é algo que daria por si só uma ótima tese de doutoramento. E as consequências de se descobrir que o racionalismo não precisaria da crítica kantiana pois dá conta dos problemas que ela alega que ele não dá, dariam uma questão pra se preocupar pro resto da vida, pois poderíamos julgar toda a contemporaneidade pela ótica cartesiana.
Já ouvi falar disto. Até de gente que interpreta Wittigenstein cartesianamente.
Cara, eu não consigo levar Descartes a sério a partir do gênio maligno. O que dizer então de quem o leva tão longe.
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- Mensagens: 4326
- Registrado em: 27 Out 2005, 21:18
Fernando, a questão é se a filosofia seria a busca da verdade ou apenas a construção de monumentos literários.
Se não formos capazes de admitir que um sistema foi superado, falhou aqui ou ali, teremos que ficar com a segunda opção. Isto tornaria a filosofia algo que - fora pela proposta estética - é totalmente despropositado.
Claro que todo sistema filosófico tem seu valor, nem que seja como ilustração dos caminhos pelos quais a cognição humana pode se embrenhar. Mas isto não nos impede de dizer "aqui foi cometida uma falácia", "aqui houve um 'enfeitiçamento pela linguagem'" ou "aqui há um erro".
Se não formos capazes de admitir que um sistema foi superado, falhou aqui ou ali, teremos que ficar com a segunda opção. Isto tornaria a filosofia algo que - fora pela proposta estética - é totalmente despropositado.
Claro que todo sistema filosófico tem seu valor, nem que seja como ilustração dos caminhos pelos quais a cognição humana pode se embrenhar. Mas isto não nos impede de dizer "aqui foi cometida uma falácia", "aqui houve um 'enfeitiçamento pela linguagem'" ou "aqui há um erro".
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- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Fernando escreveu:
"...Poucos sabem que ela surgiu como um esforço de Descartes para banir a imaginação desta ciência (já que a geometria tradicional sempre trabalha com imagens) para transformá-la numa ciência completamente racional..."
"(...)Para Descartes, a geometria é uma propriedade intrínseca do espaço, e este é uma proipriedade intrínseca da matéria. Então a matéria é essencialmente geométrica..."
"... O que era a pretenção de Newton, Galileu e outros cientistas por contraposição aos escolásticos..."
Na primeira aula de uma cadeira de cálculo, ficamos sabendo dessas historinhas.
O resto é dispensável.
Ficar de cabeça para cima, olhando para uma lampada e pensando por quê ela não é instalada no chão e sim no teto não é a kinha praia.
Acreditem. Já vi turmas do curso de filosofia fazendo esse tipo de exercicio.
Deve haver outros bem mais toscos.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Dante, the Wicked escreveu:Fernando, a questão é se a filosofia seria a busca da verdade ou apenas a construção de monumentos literários.
Se não formos capazes de admitir que um sistema foi superado, falhou aqui ou ali, teremos que ficar com a segunda opção. Isto tornaria a filosofia algo que - fora pela proposta estética - é totalmente despropositado.
Claro que todo sistema filosófico tem seu valor, nem que seja como ilustração dos caminhos pelos quais a cognição humana pode se embrenhar. Mas isto não nos impede de dizer "aqui foi cometida uma falácia", "aqui houve um 'enfeitiçamento pela linguagem'" ou "aqui há um erro".
Mas ter uma visão crítica e dizer que algum filósofo da tradição errou e pq se pode dizer que ele o fez é, justamente, fazer historia da filosofia.
A História da Filosofia foi uma disciplina sustematizada por Hegel. Mas isso não quer dizer que os próprios filósofos já não tenham se servido dela. Por exemplo, quando Nietzsche fala de Platão, é um (péssimo) historiador.
Vc não consegue levar Descartes a sério a partir do gênio maligno? Pq?
"Nada tem valor algum senão dentro do coração, e não como coisa" (Hegel)
Re.: Filosofia ainda é curso desconhecido
Eu tive 4 anos de filosofia no Secundário (antes da faculdade). No nono, décimo, décimo primeiro e décimo segundo anos. É obrigatório...
O ENCOSTO escreveu:Na primeira aula de uma cadeira de cálculo, ficamos sabendo dessas historinhas.
O resto é dispensável.
Ficar de cabeça para cima, olhando para uma lampada e pensando por quê ela não é instalada no chão e sim no teto não é a kinha praia.
Acreditem. Já vi turmas do curso de filosofia fazendo esse tipo de exercicio.
Deve haver outros bem mais toscos.
E daí que vc viu turmas de filosofia se perguntando pq a lâmpada estah no chão e não no teto? Mesmo pq esta pergunta não tem nada a ver com filosofia, tem mais a ver com engenharia.
"Nada tem valor algum senão dentro do coração, e não como coisa" (Hegel)
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Fernando escreveu:O ENCOSTO escreveu:Na primeira aula de uma cadeira de cálculo, ficamos sabendo dessas historinhas.
O resto é dispensável.
Ficar de cabeça para cima, olhando para uma lampada e pensando por quê ela não é instalada no chão e sim no teto não é a kinha praia.
Acreditem. Já vi turmas do curso de filosofia fazendo esse tipo de exercicio.
Deve haver outros bem mais toscos.
E daí que vc viu turmas de filosofia se perguntando pq a lâmpada estah no chão e não no teto? Mesmo pq esta pergunta não tem nada a ver com filosofia, tem mais a ver com engenharia.
Na verdade, pode ter mais a ver com Arquitetura e não Engenharia.
A verdade é que turmas de filosofia fazem esse tipo de exercicio.
Ou as suas aulas se resumem apenas em ler conteudo produzido pelos grandes filosofos?
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
O ENCOSTO escreveu:Fernando escreveu:O ENCOSTO escreveu:Na primeira aula de uma cadeira de cálculo, ficamos sabendo dessas historinhas.
O resto é dispensável.
Ficar de cabeça para cima, olhando para uma lampada e pensando por quê ela não é instalada no chão e sim no teto não é a kinha praia.
Acreditem. Já vi turmas do curso de filosofia fazendo esse tipo de exercicio.
Deve haver outros bem mais toscos.
E daí que vc viu turmas de filosofia se perguntando pq a lâmpada estah no chão e não no teto? Mesmo pq esta pergunta não tem nada a ver com filosofia, tem mais a ver com engenharia.
Na verdade, pode ter mais a ver com Arquitetura e não Engenharia.
A verdade é que turmas de filosofia fazem esse tipo de exercicio.
Ou as suas aulas se resumem apenas em ler conteudo produzido pelos grandes filosofos?
Bom, a turma que faz isso aí estah mais perdida na filosofia do que cebola em salada de frutas.
Aki vc pode ter alguma noção:
http://www.acs.ufpr.br/adm/templates/p_index.php?template=3&Cod=359&hierarquia=6.3.2.27
http://www.filosofia.ufpr.br/plano_ensino.htm
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Fernando escreveu:O ENCOSTO escreveu:Fernando escreveu:O ENCOSTO escreveu:Na primeira aula de uma cadeira de cálculo, ficamos sabendo dessas historinhas.
O resto é dispensável.
Ficar de cabeça para cima, olhando para uma lampada e pensando por quê ela não é instalada no chão e sim no teto não é a kinha praia.
Acreditem. Já vi turmas do curso de filosofia fazendo esse tipo de exercicio.
Deve haver outros bem mais toscos.
E daí que vc viu turmas de filosofia se perguntando pq a lâmpada estah no chão e não no teto? Mesmo pq esta pergunta não tem nada a ver com filosofia, tem mais a ver com engenharia.
Na verdade, pode ter mais a ver com Arquitetura e não Engenharia.
A verdade é que turmas de filosofia fazem esse tipo de exercicio.
Ou as suas aulas se resumem apenas em ler conteudo produzido pelos grandes filosofos?
Bom, a turma que faz isso aí estah mais perdida na filosofia do que cebola em salada de frutas.
Aki vc pode ter alguma noção:
http://www.acs.ufpr.br/adm/templates/p_index.php?template=3&Cod=359&hierarquia=6.3.2.27
http://www.filosofia.ufpr.br/plano_ensino.htm
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É..
O curriculum do curso da minha universidade é bem bacana também
Mas o pessoal faz esse exercicio que eu citei. E outros mais toscos.
Não sei como está o curso da Unisinos. Será que está entre os melhores?
O ENCOSTO
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”