O Flush me pediu para ajudar no site dele com alguma contribuição e resolvi ir ao meu arquivo e resgatar antigos trabalhos meus em História das religiões.Essa analise de textos tinha que ser sucinta e resumida, pois foi feita com todos os textos (Coitada a professora se não fossemos sucintos).Postei o seguinte:
A cerca de 5 anos atrás eu realizei pequenas resenhas de textos que analisavam o papel da religião.Vou aos poucos postar esses textos.Eles não necessariamente refletem a totalidade de minhas opiniões atuais sobre o tema, mas são interessantes para reflexão, e tem por objeto textos clássicos.Como o de Weber.
“WEBER, Max “O espírito do capitalismo” (cap. II) In: A ética protestante e o espírito do capitalismo, 9ª ed. Livraria Pioneira Editora, São Paulo, 1994, p. 28 – 51.
O objetivo do autor é definir o “espírito do capitalismo” enquanto uma norma ética com relação à vida e discutir sua vinculação com as idéias religiosas do protestantismo, especialmente a visão que esta corrente religiosa tem da “ascese”, elevação da alma à Deus através da dedicação ao trabalho. Weber toma como ponto de partida um texto de Benjamim Franklin, que expressa um “confissão de fé do yankee” no dinheiro e na possibilidade de obtê-lo através do trabalho e do crédito alcançado graças à uma atitude que gera confiança em quem empresta.
Um outro capítulo, dedicado “a ascese e o espírito do capitalismo” (capítulo V) ajuda a compreender melhor a tese apresentada no capitulo II. Nesse capítulo (V) Weber analisa as concepções religiosas tradicionais com relação ao mercado de capital e de dinheiro, demonstrando como o protestantismo substituiu uma visão que condenava a usura como pecado e passou a considerar uma atitude moral, digna, o esforço empreendedor que leva capitalistas e empresários a dedicar sua vida a acumular bens e riquezas, construir fábricas e gerar empregos, mantendo uma vida discreta, dedicada ao trabalho e ao “futuro dos filhos e netos” .
No capítulo II, analisando o texto de Benjamim Franklin, Weber chama a atenção para que o que é preconizado não é um mero senso comercial mas sim uma ética particular, na qual se defende a idéia do “dever de um indivíduo com relação ao aumento do seu capital, que é tomado como um fim em si mesmo” (p. 31) combinando-se com o estrito afastamento do “gozo espontâneo da vida”, isto é, dos prazeres. Weber considera que a “avidez por ouro, por dinheiro” estava presente nas sociedades pré-capitalistas, mas a diferença é que na transição do feudalismo para o capitalismo, essa avidez, que era condenada pela moral vigente, principalmente pela Igreja católica, é elevada a condição de norma de vida, passando a ser valorizada, principalmente entre os protestantes, o que ajuda a explicar o extraordinário crescimento industrial de países que adotaram essa concepção religiosa e esta ética.
Exemplificando, Weber comenta sobre a facilidade com que determinados grupos sociais se adaptaram às condições de trabalho nas fábricas modernas, enquanto outros resistiam dadas às suas tradições, não apenas econômicas, mas sobretudo culturais. Comentando que “o homem não deseja por natureza ganhar mais dinheiro, mas simplesmente viver com o que estava acostumado a viver e ganhar o necessário para este fim” (p. 38). Para estimular um trabalhador a trabalhar mais não basta aumentar os salários é necessário tornar o trabalho uma “vocação” e isso só se consegue com um processo lento e árduo de educação.
Na época, esta “educação para o trabalho e para uma vida simples” era fornecida pela religião protestante, daí a sua vinculação estreita com o desenvolvimento do “espirito do capitalismo” e do próprio capitalismo. Para Weber, entretanto, o capitalismo moderno “desvencilhou-se de seus suportes” e passou a prescindir da justificativa religiosa para a dedicação ao trabalho e à busca de acumulação de capital e riquezas.
O texto analisado tem uma grande importância no estudo da História das Religiões, na medida em que coloca a religião em um ponto central da explicação sociológica, demonstrando seu vínculo com o desenvolvimento econômico e social. Nesse ponto, entretanto, divirjo da análise weberiana pois não considero que a religião seja o fator central a explicar as transformações econômicas no período de consolidação do capitalismo, embora entenda que a vinculação feita por Weber é de grande valor, e útil para analise.”
Pode tb ser visto no site dele.Ele inclusive coloca o link na assinatura.
http://webtekk.org/ateismos/
Resenhas da disciplina História das Religiões.
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Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
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