GLOBO REPÓRTER - MAIO DE 2006 - CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE
Enviado: 13 Mai 2006, 16:07
GLOBO REPÓRTER - SISTEMA GLOBO DE PRODUÇÕES


Realmente a TV Globo possui inclinações para mostrar, sem nenhum preconceito religioso, o que a Ciência está descobrindo acerca de fenômenos ainda pouco esclarecidos. Muitos torcem o nariz para essa Emissora ( principalmente um certo "adorador de Padres" que aqui aparece de vez em quando ), mas fazem isso por puro preconceito Religioso.
Creio que a maioria dos Não-Teístas não vêem com bons olhos esse tipo de Reportagem, talvez porque não haja cientistas céticos que possam mostrar o outro lado da moeda, mas nesta Reportagem houve um Médico que expôs uma técnica de simulação de desprendimento do corpo.
Tenho ciência de que neste mesmo Fórum, um participante, antecipou-se em mostrar sua opinião na véspera do Programa. Infelizmente o fez com um tom de preconceito, intitulando seu tema de : "Hoje no Globo Reporter - Evidencia anedota e charlatanismo". Ora, por que não esperou para ver se realmente haveria enfoques bilaterais acerca da questão sob análise ?
Muito bem. E a Doutrina Espírita, em Especial, tem merecido destaque já há muito tempo nessa Emissora, tanto em Telenovelas como em Matérias Especias dos Programas Linha Direta, Globo Repórter e outros.
E por favor, Senhores, o que vai a seguir é uma matéria Jornalística. Todos aqui podem separar conceitos e suas convicções Religiosas ou Não-Religiosas do que a Ciência está paulatinamente descobrindo e sendo mostrado na TV. É só ter um pouco de imparcialidade.
Os Títulos de cada seção foram FIELMENTE COPIADOS DO SITE DA GLOBO.
Segue abaixo, apenas um resumo da Reportagem. Quem quiser ver a matéria completa, poderá acessar o link a seguir, onde também é disponibilizado um Vídeo.
http://globoreporter.globo.com/Globorep ... 86,00.html


Nossos repórteres acompanham um curioso teste: será que é possível sair do corpo durante o sono?
Terapia de vidas passadas. Saiba de que maneira as compulsões e angústias dos dias de hoje poderiam ser resultados de dramas vividos há muitos séculos.
E ainda: duas pessoas que tiveram experiência de quase morte revelam o que viram enquanto permaneciam em estado de coma.
VIAGEM ASTRAL

Para a maioria das pessoas, sair do corpo é um desafio impensável. Mas para a psicóloga Marina Thomaz e para a professora Ana Maria dos Santos não. Elas eram crianças quando fizeram os primeiros passeios, na chamada viagem astral.
"Eu posso sair daqui e ir até a sua casa. Posso sair daqui e ir até a casa dos meus pais, dos meus filhos, fazer uma visita. Tudo isso é factível", garante Marina.
"A palavra 'consegue' deixa uma distância muito grande. Não é uma questão de conseguir. É com que freqüência eu faço isso. Todas as noites", afirma Ana Maria.
A pedido do Globo Repórter, elas vão repetir um estudo feito há dez anos no Instituto do Sono, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os pesquisadores quiseram saber o que acontece com as funções vitais de quem diz ser capaz de se projetar e sair do corpo.
"A pergunta do Instituto do Sono era: 'Será que durante um procedimento onde há projeção existe alguma alteração do traçado eletroencefalográfico?'", diz o professor de psicobiologia da Unifesp Marco Túlio de Mello.
O interesse de cientistas pela espiritualidade tem aumentado nos últimos anos. Dois pesquisadores vasculharam 1,2 mil trabalhos científicos sobre o tema em todo o mundo. Uma hipótese: diante do desconhecido, algumas pessoas seriam geneticamente mais pré-dispostas do que outras a crer e ter fé.
"Alguns cientistas já estão começando a falar que a gente deve ter herdado circuitos biológicos associados à fé. Agora, como todos os seres humanos são bem diferentes uns dos outros, talvez um ateu não tenha herdado esses circuitos e não esteja capacitado biologicamente a crer, a transcender, a perceber o divino", diz o fisiologista Marcelo Árias, do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte).
Ana Maria não é religiosa, mas tem certeza que sai do corpo. Diz que tem uma missão a cumprir: "A gente está perto para ajudar a pessoa na hora da morte, do desespero e tudo mais na transição".
Seria um grupo de pessoas, ou consciências, que se juntam, em algum lugar do espaço para auxiliar quem está no momento de passagem desta para uma outra vida.
Os testes mostraram que o sono de quem diz sair do corpo é igual ao de qualquer pessoa. Mas, na experiência feita há dez anos, Ana Maria acertou todos os objetos que estavam escondidos numa outra sala e convenceu os pesquisadores de que a projeção é um fenômeno possível.
"Eu acho que a grande busca do cientista é desenvolver a metodologia. O fenômeno está relatado, as pessoas vêem, escrevem, mostram e nós o observamos de longe. Mas quantificar esse fenômeno é muito difícil para nós", diz o professor de psicobiologia da Unifesp Marco Túlio de Mello.
"Eu não qualifico como sucesso ou não sucesso. Eu qualifico como mais uma chance para as pessoas que têm problemas de visões, de ouvir coisas, de acordar com impressões ruins. Elas devem saber que não estão sozinhas – isso acontece com muita gente", finaliza Ana Maria.
Em 2002, um médico suíço descobriu, por acaso, que poderia fazer uma pessoa sair do corpo. Durante um teste em uma paciente com epilepsia, ele aplicou uma pequena carga elétrica na região do cérebro chamada de giro angular.
É no giro angular que o cérebro reúne toda a sensibilidade do corpo, como tato, equilíbrio e visão. É ali que o ser humano sabe se está sentado ou em pé, onde se situa no mundo. A surpresa veio quando o médico aumentou levemente a carga elétrica.
"Ele obteve o seguinte relato da paciente: 'Olha, doutor, está acontecendo uma coisa engraçada. Parece que eu estou no teto e, quando eu olho para baixo, me vejo deitada na mesa de cirurgia, vejo o anestesista, os médicos. Mas é engraçado, porque eu sei que eu estou deitada. Como eu estou me vendo lá de cima?'", revela o neurocirurgião da Unifesp Paulo Porto de Mello.
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A EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE

Luz no fim do túnel: saída ou porta de entrada para uma outra vida? As visões de quem esteve à beira da morte são impressionantes. A empresária Marisa Cruz Brillinger e o advogado Solon Michalski não esperam que alguém acredite no que eles viram do outro lado. Mas estão convencidos de que voltaram diferentes. "Eu tive a tal viagem que é muito conhecida: a viagem pelo túnel. A descrição é comum", conta Solon.
Naquela manhã, algo dizia que Marisa tinha de pedalar no Parque Ibirapuera, em São Paulo. E veio o inesperado. "Eu andei menos de 500 metros e tive uma dor alucinante no lado direito da minha cabeça. Eu me lembro da viatura, mas não do Fernando. Eu fiquei sabendo dele através de uma amiga minha", diz a empresária.
No meio de milhares de pessoas, o cabeleireiro Fernando Calçolari prestou atenção na desconhecida. "Pela expressão, eu vi que ela não estava bem. Fui avisar a viatura e quando eu voltei, ela já estava sentada na calçada. Neste momento, ela foi para a cadeira e ficou deitada. Nisso a viatura já estava se aproximando", lembra.
Marisa foi levada a um hospital. Tinha sofrido um derrame. No quarto, sua última lembrança é de uma moça oferecendo um copo d'água. "Eu tomei a água e vomitei. E saí por essa água. Não era um túnel, não era um funil – era água", descreve.
Desacordada, em coma, numa UTI. E, ao mesmo tempo, partindo para uma viagem surpreendente. "Cheguei num lugar cinza. O ar era pesado, parecia que tinha uma névoa. E tinha um homem muito grande, um guerreiro. Aí, comecei a falar com ele. Pedi perdão ao general. Mas ele não me olhava", conta Marisa.
A empresária diz ter regredido a uma outra vida, por causa de algo ruim que fez no passado. "Eu não era leal. Articulei batalhas para ele, mas eu articulei matá-lo. E a morte foi a punhaladas", acredita. Tudo teria acontecido há 4 mil anos.
"Eu sempre digo que basta olharmos no espelho, todos os dias, para sabermos o que fizemos de bom e de ruim. Ninguém precisa acusar", comenta Marisa.
O mais incrível é que depois de tanto sofrimento, ela não teve o perdão que esperava. Assim mesmo, acha que não perdeu a viagem. "Eu acredito que ele teve esta oportunidade para evoluir, mas ele não quis. É livre arbítrio dele. Mas o grande ensinamento que me passaram foi: não faça para não ter que pedir perdão".
Marisa voltou do coma cheia de histórias. E, para a surpresa dos médicos, sem nenhuma seqüela do derrame. "Quando eu cheguei no quarto para conversar, ela se encontrava sentada no sofá, e o marido estava sentado na cama. Foi uma surpresa – ela estava arrumada e bonita. E isso me surpreendeu", diz o cardiologista Rodrigo César Bazzo.
A empresária quis saber quem era o desconhecido que a salvou no parque. E ganhou um amigo. "Eu acho que a vida é isso: as pessoas passam, e a gente tem que prestar atenção", constata Marisa.
A chamada experiência de quase morte tem se tornado mais comum à medida em que a medicina avança. Técnicas de ressuscitação do coração e dos pulmões permitem o socorro de pacientes que, há algumas décadas, dificilmente, voltariam à vida.
Médicos que trabalham em UTIs ouvem histórias ricas em detalhes. Relatos de pessoas que não admitem a possibilidade de terem tido alucinações.
"Elas falam que isso foi a coisa mais real que já viveram na vida. E é isso que diferencia de uma experiência conduzida por uso de drogas, seja abusivo ou terapêutico", ressalta o neurocirurgião Paulo Porto de Mello, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Quem passa por essa experiência conta que, em algum momento da viagem, se vê diante de um filme, com um roteiro bem familiar. Um resumo da própria vida projetado numa tela imaginária. Cenas do que foi feito de bom e de ruim até aquele instante. O filme traz, em si mesmo, uma revelação: ainda não está pronto. E voltar à vida é a chance de escolher o melhor final para essa história.
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FÉ NO ESPIRITISMO

Reencarnação
Um menino com nome de anjo e uma história incomum. Seria o estudante Gabriel Falcão o espírito de um tio, que nem chegou a conhecer este mundo? Ele é filho do escritor Waldemar Falcão e neto da corretora de imóveis Nélia Campello Falcão. Quando estava para nascer, uma médium fez uma revelação intrigante: a chegada do menino seria o retorno de um filho que dona Nélia, a avó, perdeu no passado.
"Este filho que você não teve está voltando como seu neto. E preste atenção: quando ele nascer, vai ter olhos muito bonitos, para compensar os olhos que ele perdeu quando você pegou sarampo", conta Waldemar.
A médium não sabia nada da vida de dona Nélia, mas acertou em cheio. Nos anos 50, ela teve sarampo durante uma gravidez e acabou sofrendo um aborto. E o que dizer dos olhos de Gabriel?
A crença de que ele é a reencarnação do espírito daquele bebê consola e reforça os laços da família com o Espiritismo.
"Um dia por mês fazemos uma oração para nossos ancestrais, porque nós esquecemos que viemos deles", diz dona Nélia. Ela lembra o dia em que a vidente a chamou: "Foi uma euforia, porque meu filho havia voltado".
"Eu acredito nisso piamente porque sou espiritualista. Essa informação veio de uma forma completamente espontânea, sem que fôssemos especular ou buscar", conta Waldemar.
Desde pequeno, Gabriel se acostumou a ouvir que seria neto e, ao mesmo tempo, filho da avó – filho e também e irmão do próprio pai.
"Eu acredito totalmente. É extraordinário, mas é verdade. Pode acontecer, e aconteceu", comenta Gabriel.

Cura espiritual
Casos assim fazem parte da história de um lugar como o Centro Espírita Lar de Frei Luiz, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Uma impressionante quantidade de pessoas vão ao local todas as semanas.
Só nas quartas-feiras, são 4 mil. Buscam mensagens de parentes mortos, respostas para o mundo dos vivos e um pouco de conforto. Às vezes, os problemas são simples, do dia-a-dia, que uma voz amiga ajuda a resolver.
Mas o centro espírita ficou conhecido por atender casos mais graves, doentes para quem os médicos já não dão esperança. São pacientes que se apegam à possibilidade de que a cura venha de um outro mundo – do mundo espiritual.
O médium mais respeitado no centro é quem atende doentes desenganados, na maioria vítimas de câncer e Aids. Ele aceita falar, mas não quer aparecer. Diz que é apenas um intermediário, um corpo usado por outro espírito para trabalhar.
"Nós trabalhamos com o doutor Frederick, um médico alemão que faz as cirurgias sem usar absolutamente nada", diz o médium.
O dentista Alexis Lima Jr. foi atendido pelo médium há seis anos, operado por ele numa cirurgia espiritual. Ele guarda até hoje as radiografias da medula. Exames que mostram um enorme tumor que tinha se alojado na coluna. Imagem do medo de não poder mais andar.
"Eu estava sentindo um desconforto muito intenso, a ponto de tomar banho quente, bater na perna e sentir a perna gelada. Os sinais nervosos totalmente loucos de tanta compressão na medula", conta o dentista.
Alexis procurou toda a ajuda possível. Fé e ciência; medicina e cura espiritual, trabalhando juntas. O atendimento no Lar de Frei Luís aconteceu uma semana antes da operação no hospital. E Alexis ficou impressionado com o que viu no Centro Espírita.
"Um manto branco exatamente do meu lado direito e aquela mão colorida em cima do meu peito, exatamente onde estava o problema. Eu não falei nada para ninguém. E aquele colorido ficou ali, mudando de cor em cima de mim", lembra Alexis.
O médium explica que Alexis presenciou a materialização de uma entidade, o médico alemão Frederick von Stein. O colorido nas mãos do médico seria uma espécie de magnetismo usado por ele para fazer as curas.

Repórter é submetido a Tratamentos Espirituais
No meio da entrevista, o médium faz um convite inesperado: "Se ele (o repórter Sandro Dalpícolo) quiser, pode passar por uma prova. A gente não pode filmar nada. Você deitaria aqui e o Frederick faria uma retirada de carga do seu corpo físico. Não é cirurgia, não é tumor, nada disso – é uma retirada de carga do seu corpo físico".
O médium garante que não haverá nenhum corte e o repórter resolveu aceitar a proposta. A partir de então, a pedido do médium, o repórter se deitou em uma cama, tirou a camisa social e o microfone, e passou por essa experiência de um atendimento espiritual. A pedido dele, o atendimento não pôde ser filmado.
Na escuridão, não foi possível ver muita coisa. As mãos do médium passaram sobre o corpo do repórter Sandro Dalpícolo, sem tocá-lo. Até que chegaram ao coração.
"A sensação é de que o atendimento durou menos de um minuto. Quando eu voltei, a camiseta estava toda manchada. Tive a sensação de que a região do coração foi bastante pressionada, como se um bisturi passasse pelo peito, mas sem dor nenhuma. Depois, uma sensação de um líquido gelado se espalhando. E a camiseta ficou machada", conta Sandro Dalpícolo.
Depois do atendimento, o médium disse ter resolvido um pequeno problema numa válvula do coração do repórter. Segundo ele, o líquido avermelhado que manchou a camiseta não é sangue. Mas como ele apareceu? E de onde veio?
Para os espíritas, foi a materialização das energias ruins que o corpo carregava. Para a equipe do Globo Repórter, tudo ainda é um grande mistério.
Alexis tem uma certeza: o atendimento dos espíritos ajudou a medicina tradicional a livrá-lo do tumor. "Só que, depois do tratamento, a entidade mandou me avisar que foi feito em mim um tratamento para encapsular e facilitar a cirurgia no plano material. O médico espiritual, doutor Frederick, fez um pré-operatório", diz o dentista.
A operação no hospital, que seria demorada, acabou se tornando mais simples do que o médico imaginava. "A previsão do médico era de seis a oito horas de cirurgia. Ela durou três horas e meia", conta Alexis.
Ninguém paga nada pelo atendimento espiritual. É tudo de graça. Mas a cura tem o seu preço. E a moeda é uma mudança de atitude.
"Quem se cura tem que demonstrar para a espiritualidade que realmente houve uma modificação interna no seu espírito e na sua modalidade de ser, na sua vida íntima. E isso faz com que a cura seja mais rápida, senão pode haver um retrocesso grande", explica o médium do Lar Espírita Frei Luiz.
A estimativa é que espiritismo tenha perto de 30 milhões de simpatizantes no Brasil. A maioria segue outras religiões, mas encontra na doutrina espírita solidariedade e esperança.
MATÉRIA COMPLETA EM :
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